Seria uma zebra o empate em Madureira?

Depois de oito anos o Flamengo voltou a Rua Conselheiro Galvão e viveu o mesmo drama dos jogos por lá disputados nos anos dourados, de chumbo ou amargos da centenária história rubro-negra, o Madureira sempre foi um osso duro de roer jogando em casa ou no Maracanã, a história conta que sempre foi um adversário duro a ser batido pelo Flamengo mesmo nos anos da turma de Zico. 

O Estádio Aniceto Moscoso é um caldeirão, mas antes que reclamem alguma coisa o tal caldeirão é formado pela própria torcida do Flamengo, e nem mesmo o gramado, antes horrível e impraticável, não pode ser o responsável direto pelo mal futebol apresentado pelos comandados de Dorival Júnior.

Tudo bem, o gramado é pequeno, quatro centímetros abaixo do exigido pela Fifa, porém a largura é a oficial, 68 metros, e nem assim os laterais e falsos pontas conseguiram chegar a linha de fundo e fazer jogadas típicas para furar um possível ferrolho armado pelo Madureira.

Quando Ibson fez o gol, que abriu o placar no Aniceto Moscoso, li várias mensagens otimistas na rede social (Facebook e Twitter) dizendo que o volante reencontrou seu futebol e que agora iria mostrar o seu talento escondido desde quando saiu da Gávea para o futebol português.

Durou pouco este amor renovado, após o gol de empate, pênalti do garoto Felipe Dias, lateral que jogou no lugar de Ramon, e logo depois substituído por Renato Abreu, improvisado mais uma vez naquele lado do campo.

Calor, campo pequeno, retranca, nada disto pode ser considerado responsável pelo mal futebol do Flamengo, a temperatura estava em torno dos 28 graus, o campo, eu já disse, não é tão pequeno assim, e não houve retranca alguma por parte do tricolor suburbano, o que faltou foi mesmo um jogador que definisse o jogo e levasse o Flamengo a uma vitória convincente contra mais um dos pequenos que sonham ser uma zebra neste primeiro turno.

Hernane, o salvador da pátria contra o Quissamã, não rendeu e saiu como vilão porque não marcou e nem incomodou a defesa do Madureira. A defesa rubro-negra não conseguiu ser forte o suficiente para impedir um predomínio do ataque suburbano em grande parte do jogo e o meio campo, pobre meio campo que um dia teve Andrade, Adílio e Zico, e é melhor não fazer comparações porque será covardia com estes meninos que estão começando suas carreiras.

E o pior de tudo foi a arrecadação da partida, um público pagante de 2.100 torcedores e uma renda que não dá para pagar as despesas com concentração do Flamengo, R$ 59 mil, o que mostra que o profissionalismo passa muito longe da Ferj e dos seus filiados.

Ouvi logo depois do jogo: "Se o Flamengo não contratar ninguém é candidato ao rebaixamento no Brasileirão". Eu completei: Só no Brasileirão?

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