Público ausente: Falta dinheiro ou motivação?


Por que o público carioca, ou brasileiro sei lá, está fugindo das arquibancadas dos estádios? Esta pergunta eu venho fazendo há algum tempo e a cada ano que passa a média de pagantes nos estádios diminui ainda mais. 

Neste final de semana, na primeira rodada da Taça Guanabara, fiquei atento as informações sobre público e renda para tentar encontrar parâmetros com os anos anteriores e, para confirmação de minha tese, vi esta média cair em relação a 2012.

Claro que as autoridades irão dizer que Flamengo e Fluminense não jogaram com a força máxima e que os pequenos não atraem tanta gente para os estádios. Certo, estamos cientes disto e por este motivo sempre pedimos para que haja uma redução drástica no número de participantes e assim, enxugando as datas, os grandes poderão entrar de corpo e alma no campeonato estadual.

O Flamengo, sem seus principais jogadores, levou um público pagante de 7.600 torcedores ao Engenhão para o jogo de estreia contra o Quissamã, foi a maior presença de público do final de semana, que teve um total de 17.774 pagantes nos jogos dos quatro grandes da capital.

Isto dá uma média de 4.450 pagantes para assistirem jogos de Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense e, pasmem os amigos, a arrecadação não daria para pagar nem mesmo o salário mensal de um grande astro destes quatro clubes. 

Estou esperando os borderôs da Ferj para confirmar o público nos outros quatro jogos, envolvendo os pequenos, para confirmar minha tese de que o Estadual do Rio é mesmo um grande déficit nas contas dos clubes fluminenses e os caras da Ferj ainda insistem em manter dezesseis times em cada temporada e ainda falam em aumentar o número de participantes e, consequentemente, o prejuízo no final da competição.

O campeão Brasileiro levou apenas 1.631 torcedores a São Januário o que prova que o torcedor não é trouxa e não vai botar fora R$ 40,00 de seu suado salário para ver reservas do Fluminense contra o “poderoso” Nova Iguaçu, que deve ter participado com a trinta e um torcedores no estádio, sendo muito otimista.

Comentários

  1. Há alguns anos atrás eu já comentava com o saudoso João Areosa sobre o público carioca nos estádios. Não tem nada mais tranquilo do que ir ao Maracanã. Acesso por Ônibus, Carro, Trem e Metrô. Só não vai quem não quer.
    O carioca acostumou a ir somente ao Maracanã.
    O Flamengo estreou o Carioca de 2009 no Maraca contra o Friburguense com 36.000 torcedores.
    Quanto aos pequenos clubes do Rio eles não estão empolgando o torcedor em geral.
    O Maracanã foi e é a alma do futebol carioca.

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  2. Queridíssimo Adílson, várias são as razões para isso, tudo somado. Vamos lá, por etapas. Primeiramente, é já por demais sabido que, somente se uma grande catástrofe ocorrer, os quatro grandes farão sempre os jogos decisivos de cada turno, não importando em nada os jogos preliminares. Em segundo lugar, os ingressos são caros demais para a média dos nossos torcedores comuns. Em terceiro lugar, a concorrência com o Premiere ou Sky é lesiva à afluência de público. Você nem precisa pagar pelo Premiére ou Sky, basta ir a qualquer restaurante ou bar que lá você verá o jogo, talvez pagando um café ou dois guaranás, somente. Distância dos atuais estádios, difícil acesso dos mesmos, estacionamento caro, possibilidade concreta de ser assaltado nas imediações, violência entre as torcidas, falta de grandes craques nos grandes clubes, fraqueza das equipes adversárias, some tudo e verá que não tem como ter público maior do que o que verificamos. Um abraço, Ricardo Pohlmann

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  3. Agora estou com o ano ganho, meu amigo Ricardo Pohlmann deu-me a alegria de seu texto aqui no nosso cantinho. Espero que seja eterno enquanto dure, já dizia o poeta Vinícius, pois aí completo um quinteto de respeito na turma de comentaristas por aqui. O seu pitaco completa o que o Gilberto colocou, aguardo os Josés e o Tadeu. Abraço e ainda estamos nos devendo aquele encontro, certo?

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  4. Sim, estamos em dívida contigo, eu e Alice, o fato é que realmente não temos saído muito à noite, a grana anda meio curta nesses tempos cada vez mais bicudos. Excetuando algumas vezes em que saímos com a(s) filha(s) para o McDonald's, para o Boca do Luar, para o Nélson e para o Seu Santo, ficamos em casa mesmo. Aprecio muito a consideração que você tem comigo e com meus pitacos. Se Deus quiser, estarei hoje, às 15:00, na apresentação do nosso Matador. Não poderei ficar muito tempo, pois estou ainda me recuperando de um problema de cálculo renal, duas pedras que cruzaram o meu caminho e que me trouxeram muito sofrimento e dor. Um abraço, Ricardo Pohlmann

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  5. Tenho médico às 14h e se der tempo ainda passo por lá. Até já então.

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  6. De repente, companheiro, o torcedor gosta mais da festa que ele mesmo proporciona, ou dela participa, o que só ocorre com os jogos no Maracanã, como bem e sempre lembra o Gilberto, mais do que ver a camisa de seu time do coração ser envergada por uns pernas tortas que não são um novo Garrincha...Pagar caro para ver verdadeiras peladas é pior do que ter de elogiar o arroz queimado da futura sogra...As opções oferecidas ao torcedor hoje são muitas e todo mundo tem seu carrinho para fugir da cidade nos domingos de sol. Os canais pagos não são os vilões, mas a solução. Pelo menos a financeira dos clubes. Que, por interesses outros, continuam, cada vez mais, pagando além do que podem e deviam. Já imaginou os clubes hoje sem a grana da tv? Sabe quantos dias por ano "dá praia" ne Espanha, Inglaterra etc? A praia aqui é de graça - mas já tem safado querendo cobrar pedágio. rrss Abração

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  7. E o pior, meu caro Zé Maria, que estão mostrando borderôs com os prejuízos desde quando o Brasileiro passou a ser por pontos corridos e o Estadual do Rio ficou imprensado entre o final das férias e o início do Brasileirão, mas passaram de 12 para 14, de 14 para 16 e ainda pensam em ter 20, como em São Paulo.
    O que tira público não é a TV e nem praia, é a falta de ídolos e motivação do torcedor.

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  8. Só me resta bater palmas para todos os comentários feitos aqui, desde o Gilberto, passando pelo Ricardo, pelo gloriosos ZMA e o nosso também glorioso Adilson (tanto glorioso que estou parecendo torcedor do Americano). Portanto, nada a acrescentar. Parabéns a todos vocês.
    Ah, esqueci-me de dizer que foi bom demais reencontrar o Ricardo Pohlmann no blog. Outra coisa: não consigo mais ler o ZMA. Antigamente ele tinha um passarinho que cantava muito em seu quintal, aí em SP, será que voltou? / Abrs.

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  9. O Zé mudou de endereço agora é http://jmaquino.blog.terra.com.br/

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