O drible do Neymar


A bola, com a permissão mestre Armando Nogueira, já esta chamando Neymar de amigo e companheiro fiel, quanto aqueles zagueiros brucutus e violentos, até que alguns estão apenas admirando o craque e seu malabarismo, ficam na saudade e chamando a bola de Sua Majestade ou simplesmente de Rainha.

Meu caro e dileto amigo José Luiz da Silva, o Categoria, ficou deslumbrado com o drible desconcertante e espetacular que Neymar ofereceu, de bandeja, para o público presente na Vila Belmiro e para os milhões de assinantes dos canais Premiere, nem era um jogo de casa cheia ou de grande apelo popular, apenas um jogo do Paulistão, cotra o Botafogo, de Ribeirão Preto, mas o nome, ah ! O nome tem muito a ver com outro gênio que vestia a camisa alva do Santos FC, ele, Sua Majestade, o Rei Pelé.

Pelé, quando enfrentava o Botafogo, o original, de Nilton Santos, Garrincha e Didi, fazia de tudo para ser o protagonista principal, coisa que Neymar está aprendendo e se conseguir parceiros, como tinha o Rei Pelé, no estilo de Dorval, Mengalvio, Coutinho e Pepe, será tão ou quase tão genial quanto o ídolo maior do futebol mundial.

Voltando ao papo com o Categoria, que me pedia para descrever o lance do gênio sobre Nunes, aquele drible ao contrário, diferente, que nem Garrincha, Messi, Pelé ou Maradona ainda tinham me mostrado como se faz. Contar aqui como foi? Não dá, é aquele drible que o cara só tenta na pelada e acerta um em um milhão, só mesmo quem conversa com a bola sabe como é que pode fazer.

E aí, alguém me disse, meu caro Categoria, que foi sem querer, ele quis bater na bola com o peito do pé e errou. Acredita nisto? Sai dessa, os grandes matutinos da Europa se renderam, o Marca, da Espanha, disse: “Neymar fez o impossível”;  e Nunes, o driblado, chegou a pensar em quebrar o craque: “Pensei dez vezes antes de tentar quebrar o Neymar”.

Bobagem, Nunes, foi muito mais bonito ver o gênio dar uma gargalhada no final e dizer que tentou um drible diferente, a bola e a turma que gosta de futebol agradece por você ter contado até dez antes de tal bobagem, mas cá prá nós, e se você errasse? Ficaria muito mais feio, né mesmo, Nunes?

Bah! Não me venham com comparações sobre o futebol de Messi, Maradona, Pelé e Neymar, cada um na sua. Eu sou fã de todos, boto o Zico neste pacote, com certeza, e aquele drible do Rivelino? O famoso elástico sobre Alcir, que não pensou em momento algum em bater no Riva e aplaudiu o craque após o golaço no Maracanã, é outro nível o Portela.

Não comparem, por favor, ninguém com ninguém, todos são gênios e viveram seus momentos lindos. O que eu gostaria de ver era Messi e Neymar jogando juntos, “a vera”, pode ser no Barcelona mesmo, para que o mundo pare todos os dias em que estes dois entrarem em campo para mais uma conversa informal com a sua amiga BOLA. 

Tem gente que não gosta, fazer o que, certo José Luiz da Silva?

Comentários

  1. Neymar tem um repertório de dribles sem limites. E eu jamais imaginaria que dar um toque com a sola do pé como ele deu encobriria seu marcador num inusitado chapéu.

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  2. Meu caríssimo amigo ADILSON DUTRA, estou selecionando e armazenando em meus especiais essa sua crônica, uma belezura! Só Armando Nogueira, Carlos Drummond de Andrade e Sandro Moreira, conseguiriam fazer uma crônica como essa. Muito obrigado companheiro. Parabéns! / Abrs.

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  3. Nem tanto, mestre. Olha que eu fico mascarado e depois você vai reclamar. Obrigado, amigo.

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    1. Acrescento a lista dos grandes cronistas o nosso conterrâneo JOSÉ MARIA DE AQUINO. / Abrs.

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