Romântico é sonhar - Parte 1



Foto: Gérson, Henrique, Dida, Joel e Babá um ataque do Flamengo nos anos 60, era de ouro do futebol carioca. 

Começa neste sábado mais um Campeonato Carioca de Futebol, agora denominado oficialmente como Campeonato Estadual do Rio de Janeiro, mas nem povão nem imprensa gosta da segunda denominação e o Campeonato Carioca ficou na memória e no coração de todos os torcedores. 

E, para começar a festa, nada melhor do que relembrar velhos clássicos entre os grandes e os grandes jogos entre os pequenos, como o clássico da Leopoldina, Bonsucesso, hoje na Segunda Divisão, e Olaria, que se mantém graças aos esforços de abnegados do bairro, ou Campo Grande, hoje longe do profissionalismo, e Bangu, que faziam o clássico da Zona Oeste Carioca. 

Tudo ficou na saudade, o futebol do Rio involuiu e está propenso a ganhar um desfiladeiro maior ainda se não for reestruturado a tempo de reverter o quadro de insolvência que vive os filiados a Federação de Futebol do Rio de Janeiro.

Alguns dizem que era romântico assistir a um jogo de futebol no Estádio da Ilha do Governador (foto atual), nos anos 60/70 chamado de Estádio dos Ventos Uivantes, que era gostoso ver um jogo no alçapão da Rua Conselheiro Galvão, onde o Madureira vendia caro qualquer resultado negativo, jogar na Bariri era um sufoco para qualquer grande, assim como era enfrentar o Americano e o Goytacaz na cidade de Campos.

Aí a Ferj entrou em cena, não sei se posso confirmar a tese de que foi a pedido da Globo, e tirou todos os mandos de campo dos pequenos e a Defesa Civil interditou todos os pequeninos estádios dos pequeninos clubes cariocas e interioranos. E o que restou? Restou o Engenhão já que nem São Januário pode ser palco dos grandes clássicos, bem incoerente não? O Vasco manda seus jogos no Brasileiro lá na Colina História e porque não os jogos do Carioca?

Sem querer ser saudosista, já sendo e mostrando isto no texto abaixo e neste que você lê neste momento, o Carioca era gostoso quando tinha dois turnos corridos e o campeão era o que somava mais pontos. Gostava também daquela outra fórmula, os campeões de turnos se enfrentavam em uma final e cada um dos grandes visitava o acanhado estádio do pequeno.

Vi vários jogos na Rua Bariri (foto), na Ilha do Governador, fui pouco a Bangu e Campo Grande, a distância era longa e o transporte complicado na hora de voltar para Tijuca, mas a Ilha do Governador era constante assim como as visitas ao estádio do Bonsucesso, na Leopoldina, onde a gente se espremia para ver Dida e seus parceiros nos gloriosos anos 60.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Fla quebra rotina

Carioca 2023 -

Eis a minha seleção