A CBF conseguiu encontrar o fundo do poço

Nem com oração forte Emerson Ávila (foto) conseguiu fazer o time Sub-20 da CBF jogar.

Ontem, durante o jogo Brasil x Peru, pelo Sul Americano Sub-20, alguém tuitou: "os caras que estão reclamando do time brasileiro,  não viu sequer um pedaço do jogo e reclamam por simples prazer de brigar com a CBF". 

Concordo plenamente, eu sou um destes, vi apenas dez ou vinte minutos de cada um dos quatro jogos e mudava de canal, não suportava a péssima qualidade do time e da falta de um esquema tático proposto pelo treinador Emerson Ávila, fraco e sem qualificação para dirigir um selecionado nacional.

Foram quatro jogos sofríveis e com um resumo nada agradável para uma entidade que se acha a "dona do circo". Quatro jogos, duas derrotas, uma vitória (gol de pênalti) e um empate contra Uruguai, Equador, Venezuela e Peru, e não é preciso explicar mais nada para o torcedor, mesmo aquele que não viu, pois é como tentar justificar o batom na cueca para sua esposa ou namorada.

Vi quinze minutos do primeiro tempo do jogo de ontem e desisti, vim para cá, para o meu laptop, jogar um buraco online para esquecer que tinha um futebol na telinha da minha televisão. Acabou a novela da Globo, que Marina assistia a meu lado, e voltei para acompanhar o sofrimento e "secar" o time da CBF, acredito que só com derrotas deste porte algo será feito para minimizar o vexame.

O que vi, em quase meia hora do segundo tempo, foi um bando de jogadores perdidos em campo, sem saber o que fazer, um treinador apavorado e sem condições de virar ou revirar o time e um narrador torcendo desesperadamente para que o Brasil encontrasse seu futebol e chegasse pelo menos ao empate em um gol para ir ao sorteio, contra o Equador.

Não vou falar o que penso da CBF e seus aliados, meus amigos e seguidores já sabem e tenho certeza de que comungam comigo neste pensamento. Estão clamando mudanças, mas isto a gente já pede há muitos anos e todos sabem que o câncer que está matando o futebol deste país está nos escritórios dos empresários gananciosos, que entram no futebol visando somente o gordo lucro das transferências destes garotos ou dos marmanjões dos profissionais.

Não vejo a novela Salve Jorge, mas sei que o tema é o tráfico de mulheres e que a autora quer mostrar para o público como anda esta triste situação, mas cá prá nós, que ninguém nos ouça, se Glória Peres escrever sobre o tráfico de meninos do futebol daria uma grande audiência, está na cara e ninguém toma providências, assim como não tomam sobre o tema da novela global.