Dia do Treinador: Eu e os professores


Hoje é Dia do Treinador e seria interessante eu chegar por aqui e escrever dois ou três tópicos sobre os Irmãos Moreira (Aymoré, Zezé e Airton), meus conterrâneos e vitoriosos em suas carreiras. 

Porém, tem sempre um porém, prefiro deixar o papo sobre os irmãos de lado e falar dos amigos que fiz por estes longos anos correndo atrás dos “professores” na passagem com os microfones e as canetas que marcaram minha carreira de repórter esportivo.

A melhor impressão de um treinador ficará gravada para sempre, e digo de passagem,  o personagem em questão não é e nunca foi meu amigo pessoal, foi uma entrevista apenas, que abriu as portas para um repórter iniciante na Rádio Campos Difusora. 

Obrigado Joubert Meira, que dirigindo o América, em jogo contra o Americano, me proporcionou o primeiro ótimo momento na carreira, o Luiz Cândido Tinoco gostou de nosso papo e abriu as portas da emissora para o jovem chegado de Miracema.

O primeiro amigo foi Antonio Leone, um carioca, campeão brasileiro com o Bahia, que viveu um ótimo momento no Goytacaz. Leone me ouvia e trocava bons pitacos dentro e fora do Arisão. Tivemos um bom relacionamento de amizade, pena que perdi o contato com ele assim que saiu de Campos, coisa da bola, fato que se repetiu com José Maria Pena, hoje no Atlético Mineiro como um dos homens da base do Galo, e Paulo Massa, que andou pelo Equador e não sei por onde anda.

Denilson, o Rei Zulu, substituiu Antonio Leone no Goytacaz e nas mesas de bares da Pelinca. O treinador, ex-craque do Fluminense e Seleção Brasileira, gostava de contar seus casos e “causos” e tinha em mim seu grande ouvinte e fornecedor de material para novas conversas. Por anda Denilson?

Bons amigos foram forjados em poucas conversas, como Toninho Andrade, que não conviveu comigo em momento algum, não dividimos nem mesmo um copo de cerveja em qualquer mesa de bar, mas o respeito mútuo e o reconhecimento de nossos trabalhos, nos uniu e sempre que temos oportunidade trocamos um dedo de prosa. 

Amizade que dura até hoje, entre os treinadores que convivi à beira do gramado, são com os campistas Carlos Barreto, Paulo Marcos e João Luiz, os dois últimos ainda encontrei dentro das quatro linhas defendendo Americano, Goytacaz ou Rio Branco, e até hoje temos nossos momentos de prosa e troca de ideias.

A nova safra, como Branco e Mauro Rodrigues, também me foi apresentada como jogadores e artilheiros por onde passaram, e, por falar nisto, onde anda Índio, o Cacique do Parque, figura carismática e querida por todos os repórteres dentro e fora das canchas esportivas?

Entreveros diversos, um destes um pouco mais sério e envolveu Luis Antonio Zaluar, que hoje retorna ao Goytacaz, mas sanado com sabedoria e deixado de lado, afinal a vida é curta e a bola rola mansinha e redonda, mas estes fatos isolados não atrapalharam e não deixaram marcas e nem mesmo as ofensas de um treinador nervoso e obscuro, que prefiro não citar o seu nome, afinal ele não venceu e nem mesmo prosseguiu a carreira, mancharam o bom relacionamento deste que vos fala com todos os mestres da bola que hoje são homenageados.

Sei que esqueci de um punhado de treinadores e que seria muita pretensão minha dizer que a melhor entrevista foi com Mário Jorge Lobo Zagallo, à beira do túnel do visitante, no Arisão, que já contei em prosa e verso, mas o grande amigo, sem dúvida alguma, foi formado também no Arisão e hoje está longe da bola, meu companheiro de comentários Carlos Lírio Barreto, hoje na Rádio Absoluta.

Comentários

  1. Achei interessante que você entrevistou Joubert e Denilson, que me lembro vagamente quando jogavam. Joubert só me lembro que jogava atrás, acho que na lateral direita.
    Sobre Denilson, lembro-me do meio de campo Denilson e Gerson na seleção.
    Denilson, que jogou antes do Clodoaldo, se preocupava em tocar bem a bola.
    Como curiosidade veja o que li: Perfeito no desarme, incansável em seu constante “vai e vem”, o ótimo volante parecia ter mil pernas. Alertado por Telê Santana, ainda um novato na carreira de treinador, Denilson começou a se preocupar em aprimorar também o fundamento da distribuição de bola.
    Graças a Telê, Denilson foi acabando com a incômoda fama de “ tomador de bola aqui, para entregar para o adversário logo ali”

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  2. Dos antigos técnicos de futebol, seus conterrâneos, eu gostava muito do Zezé Moreira.

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  3. Adilson, não sei vc já sabe, mas o Antonio Leone, um dos citados na bela crônica, faleceu em 14 de junho de 2011, em Vespasiano, interior de Minas, vitimado por um câncer. Quando estive fazendo um teste no Goytacaz, em 1987, ele era o técnico do time principal e uma pessoa muito educada e atenciosa. abrs

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  4. Gilberto, o Denilson é o mesmo fora de campo, educado, fino no trato com as pessoas e me falava maravilhas do Zezé Moreira, acho que foi por isto que a gente se identificou bastante. Quanto ao Joubert, lateral direito do Flamengo, eu só tenho carinho mesmo não tendo nunca mais encontrado com ele.
    Tadeu, recebi na época uma comunicação da família, chegou tarde porque seguiu para o endereço que eles tinham por lá e veio por carta. Legal a atenção deles para comigo. Foi um bom amigo.

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