VITÓRIA DA ESPANHA E DA MULHER BOLEIRA

Jorginho, auxiliar de Dunga, disse que a dupla deixou um legado para o Brasil e que o trabalho feito deixa um lastro positivo para o futebol do país. Não concordo nem um pouco com o que disse o treinador, mas tenho certeza de quem deixou um legado muito interessante foi a televisão, que mostrou a Copa como nunca e descobriu um grande filão: A mulher.

No domingo, dia de decisão de Copa do Mundo, as salas, os bares e por onde houvesse uma tevê ligada no jogo final, Espanha x Holanda, a maioria presente era do sexo feminino e, com um detalhe, discutindo jogadas, criticando arbitragem e opinando como gente grande o desenrolar da partida.

Vi a decisão na casa do Alexandre, engenheiro da Vital, e as três mulheres presentes, Camila, a anfitriã, Gisele, minha filha, e Marina, minha esposa, sabiam o que diziam e conversavam no mesmo nível com os homens da sala. Adalberto, meu genro, que não é um fanático por futebol, também se integrou nesta Copa e me parece que ganhei mais um parceiro para os jogos do Brasileiro.

Nas arquibancadas do Soccer City, o estádio da final, a beleza das mulheres holandesas e espanholas chamava a atenção, aliás, diga-se de passagem, a maioria da torcida era mesmo feminina, ou será que as câmeras só captaram as belas e deixaram as feras em segundo plano? Tenho minhas dúvidas.

Bem, e o jogo? Foi um jogo daqueles chamados de “jogo decisivo”, e jogo decisivo nem sempre é bonito ou aberto, como gostam os amantes do futebol arte. Porém, tem sempre um porém, a Espanha valorizou a posse de bola, manteve o seu padrão de jogo e soube neutralizar as investidas de Robben e Sneijder, e claro, com uma baita sorte de campeão.

Uma campanha irretocável da fúria, que fez apenas oito gols e levou dois, um na derrota para a Suíça, na grande zebra da Copa, e outro na vitória sobre o Chile, e foi só. No mata-mata passou incólume a cidadela do goleiro Casillas, o melhor da Copa, e dos zagueiros Piquet e Puyol, ambos do Barcelona e que foram brilhantes na campanha da Espanha.

Não daria meu voto para Diego Forlan, como melhor da Copa, apesar de respeitar suas grandes atuações e seus gols decisivos, a bola que Iniesta jogou merecia um destaque maior dos jornalistas, mas como Oliver Kam, o alemão, levou o prêmio em 2002 tudo é possível na votação da Fifa, que elegeu Cristiano Ronaldo, o gajo luso, melhor em campo em três oportunidades nesta Copa da África do Sul.

Como eu disse acima o jogo não foi muito interessante, pelo contrario, foi violento, por parte da Holanda, e um dos mais “amarelados” desde que o uso do cartão foi implantado. Foram ao todo 13 amarelos, oito para a Holanda e cinco para a Espanha, além da expulsão do zagueiro Heitinga, já na prorrogação.

Durante um bom tempo eu dizia aqui, neste espaço, que Cesc Fabregas tinha lugar no meio campo espanhol. Reservas de luxo da Espanha, o atacante Torres e o meia Fàbregas saíram do banco ontem para mudar o jogo. Torres, que não marcou durante este Mundial, iniciou a jogada do gol de Iniesta, que recebeu passe de Fàbregas.

No final do jogo o que veio a minha mente foi a Copa de 1982, na Espanha, quando o futebol arte do Brasil perdeu para o futebol bruto e formal da Itália. Hoje o futebol saiu vencendo, e ai sim, meu caro Jorginho, fica um grande legado para o futuro do futebol mundial. Salve o espetáculo e salve o grande futebol jogado pelo simples e bonachão Vicente Del Bosque.

Comentários

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS de minha parte sobre COPA DO MUNDO NA ÁFRICA: cada vez mais estou convencido que o futebol de uma COPA DO MUNDO os detalhes decidem. Ontem, um erro grosseiro do árbitro ao não conceder um escanteio a favor da Holanda, permitiu um contra-ataque da Espanha e daí o gol decisivo da COPA. Foi um detalhe, porém, DECISIVO. O futebol que vem sendo praticado há muitos anos é muito mais defensivo do que ofensivo, quem não cuida de sua defesa se complica. A campeã COMPROVA O QUE DIGO - fez poucos gols (menos do que o Brasil, a Espanha teve três jogos a mais) e levou poucos gols. Na primeira fase da COPA apresentou um futebol surpreendentemente ruim, cresceu depois, quando ganhando de um a zero suas partidas seguintes ganhou o título (essa campanha seria intolerável da parte de alguns com o Brasil, porém, nos outros isso é bonito). Título mais do que justo, porque o importante é ganhar não ficar pelo meio do caminho fazendo gracinhas, isto é: sendo engraçadinho. A Espanha fez isso, deu pontapé, jogou na retranca e soube fazer um golzinho em cada partida "DETALHE QUE LHE DEU O TÍTULO", não se preocupou nunca em dar show e não deu mesmo. Ganhou com competência indiscutivelmente, porém, sem ser engraçadinha. / OS DETALHES LEVAM AOS TÍTULOS, principalmente o DETALHE GOL O MAIOR E O MELHOR DELES. Isso vem mais uma vez confirmar minha tese, show em COPA DO MUNDO só aconteceu com o BRASIL em 1970, isso eu vi e 1958 que não vi, os vivos de 58 afirmam isso. / O jogo de ontem, como bem disse o Adilson, foi emocionante por ser uma decisão, todavia, muito abaixo do desejado, gol só depois de 115 minutos, jogadas violentíssimas da Holanda e Espanha mais da Holanda é claro, árbitro fraquíssimo, permitiu a violência o tempo todo e foi decisivo no placar que deu à Espanha o título. / Já que o Adilson acha que a conquista da Espanha faz justiça ao futebol e sita como injusta a conquista da Itália em 82( pelo menos entendi assim), pois foi a Itália que nos eliminou; confesso que até hoje não entendo o porquê de um grupo constituído de excepcionais jogadores não ter conquistado nada para o BRASIL. Nessa mesma COPA jogamos razoávelmente bem contra a RÚSSIA e Argentina, sendo ao meu ver o jogo contra a Argentina o fator mascarador que nos levou a perder da Itália, quando repetimos os mesmos erros apresentados no jogo anterior. Então, qual a lógica dessa fantasia de um grande time? Grandes jogadores sim, grande time? Nunca foi. / Parabéns Espanha, o importante é ganhar mesmo com ajuda do árbitro, como já aconteceu com o Brasil, Inglaterra, Argentina e outros mais. Agora, ganhar dando show, isso é só com o Brasil, só duas vezes é verdade, mas, só o BRASIL PODE. / Exclarecimento: quando aqui emito opiniões contrárias as do meu amigo ADILSON DUTRA "O BOLA DE OURO", não significa desrespeito, pelo menos espero assim ser compreendido pelos companheiros do blog, aliás, excelentes. Sei muito bem que o blog é dele e como diz o meu amigo DR SOUTO - "quem tem blog tem opinião é parcial muitas vezes, pois blog é assim, o dono aceita ou veta". / Tudo bem, tudo bem, tudo bem! / Abrçs, só não vale chingar à mãe, pois aí tem p...

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  2. Não deu tempo de pesquisar mas me parece que o correto é xingar ou será chigar? Estou sem tempo agora para consultar o pai dos burros.

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  3. Fala amigos,
    Fim de copa!!! Venceu quem mereceu.

    Adilson,
    Teria como vc nos mandar a seleção que vc escolheu para a sportv?
    abraços!!

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  4. Claro, com prazer:
    Casillas (Espanha), Lahn (Alemanha), Piquet (Espanha),Mertesacker (Alemanha) e Salcido (México), Xavi (Espanha), Iniesta (Espanha) e Sneijder (Holanda), Robbin (Holanda) Tomaz Muller (Alemanha) e Forlan (Uruguai).

    Foi a definição, enviada ontem, com correção que eles aceitariam até o jogo final. Antes eu tinha Lúcio, na zaga, e Eduardo (Portugal), no gol, e Messi como terceiro atacante, que troquei pelo Forlan.
    Robbin está por aí por ter chegado até a final, eu preferia um outro, como Gian, de Gana, que saiu só porque perdeu aquele pênalti contra o Uruguai.
    Abraço e espero ter sido a melhor seleção possível, bem ao meu gosto, ofensiva e só com craques.

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  5. Mostrou que entende de futebol meu caro.
    Parabéns!!!

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  6. Seria a Salvação do Goyta?

    ""Pendência judicial com Goytacaz impede Cruzeiro de transferir e registrar atletas

    Uma pendência judicial com o Goytacaz, clube de Campos-RJ, relativa à venda do atacante Jussiê, ao Lens, da França, em 2005, ainda atormenta o Cruzeiro. Depois de ter as contas bloqueadas em abril, o clube mineiro agora está impedido de negociar legalmente jogadores e, da mesma forma, de registrar novos reforços.

    O clube fluminense pleiteia R$ 6 milhões de indenização do Cruzeiro por danos materiais e morais pelo fato de não ter firmado o primeiro contrato profissional com o atacante Jussiê, vendido ao Lens, em 2005, e que hoje está no Bordeaux, também da França.

    Jussiê foi revelado pelo Goytacaz em 2000 e, meses depois, teria desistido do futebol e voltado para casa, no Espírito Santo. No ano seguinte, o jogador reapareceu nas categorias de base do Cruzeiro e acabou vendido em 2005 ao Lens por 3,35 milhões de euros.

    O Goytacaz acionou a Justiça em 2003 por entender que a Lei Pelé, em seu artigo 29, garante ao clube formador o primeiro contrato profissional. Mas como Jussiê teria simulado o fim da carreira para assinar com o Cruzeiro, o clube fluminense perdeu esse direito e ainda deixou de receber um percentual sobre a venda do jogador.

    Em abril, o juiz Sebastião Bolelli, da 2ª Vara Cível de Campos dos Goytacazes-RJ, determinou o bloqueio de todas as contas do Cruzeiro para cumprimento de execução provisória da ação movida pelo Goytacaz, clube que revelou o atacante Jussiê.

    A execução provisória é uma espécie de garantia obtida pelo Goytacaz de que, ao fim do processo, o clube receberá a indenização. No entanto, durante o bloqueio das contas do Cruzeiro, apenas R$ 900 mil foram encontrados. Posteriormente, outra determinação judicial impediu o clube mineiro de transferir e registrar novos jogadores.

    O Cruzeiro contesta a determinação judicial, uma vez que o caso ainda não transitou em julgado. O clube recorreu ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília.

    Dos reforços contratados recentemente pelo Cruzeiro, apenas o atacante Robert foi registrado no Boletim Informativo Diário da CBF. O lateral-direito Rômulo e o volante Everton não poderão ser registrados até que a pendência seja revertida na Justiça. O argentino Montillo ainda pertence ao Universidad de Chile e só será transferido para o Cruzeiro após a Copa Libertadores.

    Por conta do impasse, o atacante Kléber, vendido ao Palmeiras no mês passado, ainda não foi regularizado na CBF como jogador do Verdão. O jogador esteve na Toca da Raposa II na manhã desta segunda-feira, provavelmente para ficar a par do caso.

    Ordem dos fatos:

    2000 – Jussiê é inscrito pelo Goytacaz na Federação do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) como jogador amador.
    2001 – Jussiê reaparece no Cruzeiro
    2003 – Goytacaz aciona Justiça pedindo indenização por danos materiais e morais por não ter firmado o primeiro contrato com Jussiê, como lhe assegurava a Lei Pelé.
    2005 – Jussiê é vendido ao Lens por 3,35 milhões de euros
    2006 – Em 1ª instância, Justiça julga ação improcedente.
    2007 – Em 2ª instância, Justiça condena Cruzeiro a pagar R$ 1,8 milhão por danos materiais e R$ 100 mil por danos morais.
    2010 – Dívida é corrigida e indenização alcança R$ 6 milhões. Execução provisória bloqueia as contas do Cruzeiro e encontra R$ 900 mil. Posteriormente, clube mineiro é impedido de transferir e registrar jogadores na CBF.""

    www.carlosferreirajf.blogspot.com

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  7. Será que dá prá pagar as dívidas?
    Marinho Freitas

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