PASSEANDO PELA CIDADE

Os dias de folga, a Copa parou por dois dias, nos dá a chance de ir à rua e observar a movimentação dos torcedores e as manifestações dos transeuntes, que vestidos de verde/amarelo, desfilam orgulhosamente com o manto sagrado brasileiro.

Hortifruti logo pela manhã, para que a sexta-feira seja livre de compromissos, e por lá encontro meu amigo Lúcio, mineiro, de Belo Horizonte, que desfila um rosário de elogios para o ex-estrelado Ramires, um carioca criado nas Minas Gerais, mais precisamente na Toca da Raposa, que fará falta no jogo contra a Holanda, pelas quartas de finais. “O Ramires caiu certinho no time de Dunga e irá fazer falta no nosso meio campo”, comentou o ex-jogador da Raposa Mineira.

Uma visita a Caixa, para as devidas atualizações bancárias, outra no Itaú, para saber se o “patrão” mandou o dinheiro corretamente, e lá vamos nós para mais um compromisso com a reposição da geladeira e dos armários da casa.

Porém, tem sempre um porém, na saída bato de frente com um amigo de longa data, paduano como Marina, e que há tempos a gente não se cruza, Dr. Paulo, um médico que por muito tempo dividiu a churrasqueira com o Célio Gabri, outro paduano, em boas jornadas cervejeiras.

Bola que vai papo que vem e o assunto principal é o jogo contra a Holanda: “O que vai acontecer amanhã, meu caro Dutra?” É a pergunta do Luciano Ventura, amigo dos tempos de Banerj, querendo saber se houve melhora no time e mudança em minha opinião sobre Dunga.

Este assunto Dunga já está descartado da minha agenda, meu caro Ventura, deixo correr o barco e vejo melhora no time, principalmente sem Felipe Melo (isolo na madeira quando ouço falar de sua volta) e, aí no caso infelizmente, a saída do Elano deu a chance do treinador fazer a mudança mais esperada, Daniel Alves improvisado no meio campo, e neste jogo eu torço para que dê certo e que não fiquemos esperando a bola passeando no bom toque de bola dos holandeses.

- Cruyff mandou bala na nossa seleção, o que você acha? Insiste Ventura.
- Acho que ele tem razão, mas devia olhar para o seu pé, a Holanda também já não é aquela de 74/78, quando encantou o mundo. Mudaram eles e mudamos nós, mas ainda temos Robinho e Kaká para enfrentar Robben e Sneijder, é lá e cá, malandro.

O clima de Copa está no ar e de decisão nos nervos de cada um destes torcedores que circulam pela cidade vestidos ou não com as cores de nossa seleção.

Comentários

  1. Aí vai, caro Adilson, o que disse Cruyff sobre a nossa Seleção.

    Maior ídolo da Holanda, Cruyff não poupou a Seleção Brasileira e criticou a forma como ela tem jogado na Copa do Mundo. O ex-jogador da Laranja Mecânica de 1974 pergunta onde está a magia do futebol brasileiro com os comandados de Dunga.

    - Não pagaria ingresso para ver a Seleção jogar. Onde está o Brasil? Quando via jogar e pensava em Gerson, Tostão, Falcão, Zico, Sócrates... E em troca só vejo Gilberto (Silva), (Felipe) Melo, (Michel) Bastos, (Júlio)Baptista. Onde está a magia? - criticou Cruyff em sua coluna no jornal catalão "El periodico".

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