A HORA DA VERDADE: ESPANHA OU HOLANDA?

Fim de festa. Foram 30 dias passados em frente ao televisor e sentado à poltrona da sala, claro que no maior conforto possível e cercado de todas as mordomias normais para um apaixonado pela vida e pelo futebol.

Exceto nos jogos do Brasil, quando o retardo da imagem da minha TV por assinatura fazia confusão aos meus ouvidos, nos demais jogos foram tranqüilos e serenos. Deu até para torcer um pouco para meu time favorito, que já afirmei por aqui ser a Espanha, e curtir as zebras, que foram poucas, sem ser incomodado pelos vizinhos fogueteiros, é claro que na goleada da Alemanha, sobre a Argentina, algum burburinho chegou à minha sala antes do momento fatal.

Chegamos ao fim com o jogo que a coluna previu desde o inicio e o colunista torceu para que acontecesse. Espanha x Holanda é o jogo que salva o futebol espetáculo e anuncia novos ares para o esporte mais popular do planeta. Estamos salvos da retranca, dos esquemas fechados e covardes impostos por treinadores incompetentes ou desinteressados em desenvolver o futebol.

Os esquemas táticos de Holanda e da Espanha é tudo aquilo que Dunga e Domenech deveriam gravar e aprender, caso queiram seguir suas carreiras de treinador de futebol. Joachim Löw, o alemão, sabia que teria pela frente um time de toque de bola infernal e evitou repetir o que deu certo contra a Argentina, naquela goleada fantástica, e com isto perdeu o jogo e viu seu prestígio cair em pouco menos do que uma semana.

Vicente Del Bosque não era uma unanimidade entre os torcedores espanhóis, alguns o crucificam por não escalar Cesc Fábregas e insistir com Xabi Alonso no meio campo ao lado de Iniesta e Xavi, porém, tem sempre um porém, o craque do Arsenal não anda bem das pernas e Del Bosque, mesmo contrariando a maioria, insistiu com o volante do Real Madrid.

Vice em 1974 e 1978 a Holanda, de Bert Van Marwijk, não tem grandes talentos como Gullit, Cruyff, Van Bastem, Seedorf ou o artilheiro Nistelrooy, mas possui craques como Robben ou Sneijder, que podem muito bem desequilibrar uma partida e fazer a diferença no momento decisivo.

Dispensado pelo Real Madrid e adotado pela Internazionale, de Milão, Sneijder tem sido o craque da Copa e rivaliza com Iniesta, do Barcelona, na zona de raciocínio.

Desde a Olimpíada de Barcelona, em 1992, a Espanha vem ganhando quase tudo a que se dedica, nos mais variados esportes, verdadeira potência mundial.

Desnecessário lembrar a armada espanhola no tênis, mulheres e homens, hoje já na segunda geração, tão bem representada pela força de Rafael Nadal. Até na F-1 os espanhóis fabricaram um bicampeão mundial, aliás, o mais jovem de todos os tempos, Fernando Alonso, que ganhou o campeonato pela primeira vez em 2005, com 24 anos.

A Holanda, com 100% de aproveitamento, terá nova chance em finais. Decidirá contra uma seleção que não é do país-sede ou campeã mundial -perdeu a decisão de 1974 para a Alemanha, na Alemanha, e a de 1978 para a Argentina, na Argentina.

"A Holanda tem bom futebol, já esteve e está perto do título. São duas seleções que vão se enfrentar com ânsia de ser campeã do mundo", disse o treinador da Espanha, Vicente del Bosque.

A Europa voltará a ficar na frente da América do Sul em títulos. Serão dez conquistas do velho continente contra nove dos sul-americanos.

Comentários

  1. No globo.com, está a informação de que a transferencia de Kléber do Cruzeiro para o Palmeiras complicou devido a uma sentença da justiça do Rio de Janeiro proibindo, devido a transferencia de Jussie do Goitacaz para o Cruzeiro. De repente pinta uma grana para eles pagaram as dívidas e formarem um elenco para disputarem a terceirona em 2011...

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