GOYTACAZ É DA TERCEIRA

O Goytacaz não caiu no sábado, quando venceu e não conseguiu os gols necessários para suplantar a Portuguesa, que jogava na Ilha do Governador e passeava em campo contra o Angra dos Reis. Aqui um magro 3x2, lá uma goleada prá chamar a atenção 5x0, já que a Lusa Carioca em momento algum da competição apresentou futebol para tantos gols e para uma vitória tão tranqüila.

O Goytacaz caiu em janeiro, quando o presidente Zander Pereira anunciou que iria jogar a Segunda Divisão mesmo com as finanças arrasadas por erros nos campeonatos anteriores. Isto mesmo, o Goytacaz caiu ao resolver jogar uma competição sem a mínimo de condição financeira ou técnica, haja visto que até punição, por falta de pagamento aos árbitros, o clube recebeu nesta temporada.

O Goytacaz começou a armar sua queda no ano passado, quando não aceitou ter o apoio financeiro do Deputado Geraldo Pudim e o auxilio técnico de Célio Silva. A dupla começou a trabalhar pensando na temporada seguinte, ou seja, em 2010, quando teria uma base razoável e um time já trabalhado durante todo o campeonato de 2009. Ali começou a contagem regressiva para o descenso.

No sábado eram preciso três resultados para que o alvianil da Rua do Gás permanecesse na Segunda Divisão, três jogos e três interesses iguais. O primeiro seria vencer, em casa, o desmontado São Cristóvão, que veio com um time de garotos para o último compromisso; o segundo uma vitória magra, menos gols do que os feito por ele, Goytacaz, da Lusa Carioca contra o Angra e, finalmente, um empate ou derrota do Profute contra o Mesquita.

Aos 30’ do segundo tempo alguma coisa favorecia ao Goytacaz, mas o seu placar não era o previsto no contexto e a torcida ficou em estado de choque. O Mesquita empatava o jogo e era preciso vencer no Arisão. Gol do Goytacaz!!! Festa total nas arquibancadas, como sempre recheadas de apaixonados alvianis. Gol do Profute! O grito veio abafado, como se uma bomba explodisse no peito do torcedor, que naquela altura já não acreditava em goleada.

O serviço de informação da Ferj, que por sinal está excelente, deu pane por alguns minutos e todos nós ficamos sem informações dos jogos que interessavam ao Goytacaz e sua imensa torcida. - Qual o placar de Profute x Mesquita, me liga um torcedor. Por enquanto esta 3x2, respondo.

Foram alguns minutos de apreensão. Será que o Angra fez algum gol? E o Mesquita, o que está fazendo em Itaboraí? Fim de jogo no Arisão e a vitória, magra (3x2) não foi suficiente para ultrapassar o saldo da Portuguesa, que acabara de golear o Angra por 5x0, e nem para chegar ao número de pontos do Profute, que terminou o jogo com o mesmo placar do Arisão (3x2) a seu favor.

Fim de festa na Rua do Gás. Torcedores irados tentavam achar um culpado e só encontravam a figura de Zander Pereira para crucificar. De quem é a culpa? Me pergunta o Debréia no domingo, logo pela manhã. Não há culpados, eu respondo, existem responsáveis pelo fracasso, aliás apenas um pode responder pelos atos, o presidente Zander, que segurou este “pepino” só e abandonado por todos aqueles que há pouco tempo atrás sentavam à sua mesa para o ajudar a montar o time.

Onde estão os empresários que prometeram ajuda? Saíram pela porta dos fundos antes mesmo do barco “fazer água”. Zander ficou só e assim continuou com a esperança de botar o barco alvianil no rumo certo. Não deu sorte. Faltou dinheiro, planejamento e um pouco de responsabilidade para chegar com sucesso até o final da temporada.

Caiu o Goytacaz, que há cerca de três meses comemorava no entorno do Arisão a possível queda de seu grande rival, o Americano, para a Segunda Divisão. Na temporada de praia, no Farol, Grussaí ou Atafona, o que se ouvia pela orla era o possível clássico Goyta x Cano na segundona. Agora nem mesmo Goytacaz x Rio Branco ou Goytacaz x São João da Barra, este último está com as malas prontas para seguir rumo a segundona na próxima temporada.

Agora é juntar os cacos, eleger um novo presidente e escolher a dedo os patrocinadores, os dirigentes, os atletas e a comissão técnica, que foi entregue a aventureiros e desconhecidos que pediam uma chance para aparecer na mídia, como se o Goytacaz fosse a porta para o sucesso.

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