Estranhos no ninho na vitória alvianil na Segundona


Fui para o Arisão debaixo de chuva forte e disposto a encontrar com amigos e torcedores alvianis para um reencontro, não vou aos estádios desde o ano passado e percebi que hoje, mesmo chovendo muito, seria um dia legal para voltar às arquibancadas.


Fui recebido pelo presidente do Conselho, José Roberto Crespo, que me deu atenção acima daquela que eu merecia e travamos um bom papo enquanto aguardávamos as entradas em campo de Goytacaz e Portuguesa, na reinauguração dos refletores do Estádio Ari de Oliveira e Souza.


Papo vai.... Papo vem.... E os tradicionais alvianis adentram as sociais do estádio e os abraços são contínuos. Silvio Pinheiro e Armando Zanata, ex-presidentes alvianis, Barbosa Lemos, setorista da Difusora nos bons tempos em que o clube brilhava nos gramados brasileiros, Márcinho Siqueira, professor de educação física e preparador de goleiros que por longos anos prestou serviços ao Americano.


Vou parar por aí porque daqui a pouco vira coluna social, mas foram tantos os amigos e tantos os abraços que nem vi o tempo passar e a bola começar a rolar para o jogo da segunda rodada do returno da fase classificatória da segunda divisão do Rio. E, por falar nisto, o tempo passou depressa para o gol de Jessé, logo aos cinco minutos de jogo, que colocou a galera em êxtase e a Bandinha da Pisa Show tocando mais forte.


A chuva caia forte no Arisão e as arquibancadas estavam vazias, a turma se acumulava nas sociais e nas arquibancadas cobertas. O papo ali na zona de sócios do clube estava girando em torno da boa atuação do time na noite de estreia dos novos refletores até que alguém, que não deve ter pensado nas conseqüências, abriu os portões do lugar da elite alvianil para uma bateria de escola de samba adentrar ao recinto e acabar com o sossego dos velhos torcedores.


O som estridente dos taróis, o barulho do surdo e a força das baquetas das caixas e tambores, acabaram com as conversas, calaram os gritos e xingamentos, tão normais em um jogo de futebol, dirigidos ao árbitro e seus assistentes, e enervou meia dúzia de hiper tensos, eu me incluo entre estes, que esperou apenas o apito final do juizão, encerrando o primeiro tempo, para também tirar o time de campo.


Na saída para casa, ainda no intervalo do jogo, fui parado pelo Almeida Sales, narrador nota 10 da Difusora, para um pitaco sobre o jogo. Não entendi a pergunta do companheiro, o barulho dos surdos, tambores e caixas da bateria do bloco convidado para animar a social não deixou, e aproveitei a deixa para reclamar dos responsáveis e colocar toda minha irritação prá fora.


Voltei para minha casa onde ouvi o segundo tempo na Rádio Absoluta, com a voz marcante, com licença Léo Batista,  de Cacau Borges e, daqui de minha poltrona favorita, onde esperava o início de Olímpia x Flamengo, escutava os gritos da torcida e o barulho provocado pela Banda da Pisa Show e da tal bateria em questão.


Deu tempo para ouvir o grito da galera e acertar o pitaco: “Gol do Goyta”, aumentei o volume do rádio e peguei o grito de Cacau narrando o gol de Vladimir, que botou 2x0 no placar e garantiu a vitória do Goytacaz e a entrada do time da Rua do Gás no G5 do Grupo 2 da fase primeira da Segundona.


Quando o Leandro chegou à casa, após o final do jogo ali no Arisão, fiquei sabendo que a bateria saiu das sociais no segundo tempo e que o silêncio e a tranquilidade voltou a reinar naquele pedaço, que na minha opinião, é sagrado para os sócios e beneméritos do clube.


Foi um péssima escolha de quem pensou que ali, naquele lugar, poderia ser instalada uma turma que deveria estar no novo palco, inaugurado nesta quarta-feira, que será o Sambódromo e o lugar dos grandes shows na cidade de Campos dos Goytacazes.

Comentários

  1. O GOYTA NÃO SABE USAR SEU ALÇAPÃO.

    ADILSON VÊJA SE CONCORDA COMIGO E AJUDA NUMA CAMPANHA:
    o GOYTA E DOS TIMES DO INT DO RIO O DE MAIOR TORCIDA TEM UM ESTADIO COM EXCELENTE CARACTERÍSTICA PARA FAZER VALER O MANDO DE CAMPO (ALÇAPÃO), UMA BOMBONEIRA CAMPISTA, MAS E IMPOSSÍVEL USAR ESTE FATOR A FAVOR DO TIME POR CAUSA DA "BENDITA" BANDINHA DO PISA SHOW QUE TOCA O TEMPO TODO A PLENOS PULMOES, COM ISSO O TIME EM CAMPO NAO SENTE A TORCIDA, A PRESSÃO DA TORCIDA TAMBÉM NÃO FAZ NEM "COCEGAS" NOS ADVERSÁRIOS E JUÍZES, ABAFADOS PELA BENDITA BANDA, TRANSFORMANDO O QUE ERA PARA SER UM CALDEIRÃO EM UM SALÃO DE BAILE DECADENTE, NÃO DA PARA EMPOLGAR OUVINDO ESSA BANDINHA TOCANDO XUXA, CAI CAI BALAO, PINGA EM MIM, ROBERTO CARLOS ... ASSIM NÃO DA, CONCORDO QUE E UMA TRADIÇÃO MAS ELA NÃO PRECISA TOCAR O TEMPO TODO, E SÓ ALGUÉM DE BOM SENSO CONVECE-LOS A TOCAR APENAS EM ALGUNS MOMENTOS E DEIXAR A TORCIDA PRESSIONAR E EMPURRAR O TIME, PARA QUE UM ESTADIO ALÇAPÃO, TER A MAIOR TORCIDA DO INTERIOR E ESSA BANDINHA FICAR TRANSFORMANDO NUM FUNEBRE BAILE DECADENTE DOS ANTIGOS CARNAVAIS, NÃO E O INDICADO PARA INFLAMAR UM TIME!!! POR FAVOR AJUDE A CONCERTAR ISTO, CASO CONCORDE.

    ASS. LUCAS BELEM

    lucasfbf@hotmail.com

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  2. Lucas, permita discordar em partes do amigo. Esse ano mesmo já fui a vários jogos do Goytacaz sem a presença da Pisa Show (ela voltou no ultimo jogo contra o Audax)e fica um silencio enorme dentro do estádio (mesmo com a presença da torcida). A nossa torcida não tem o costume de gritar os 90 minutos dos jogos. Na minha opinião e bandinha anima a nossa torcida a incentivar o time. Concordo com você que ela poderia não tocar o tempo todo. Outra questão também é que nossa torcida é impaciente,se o time não fizer 1 gol até os 25 min, começam a vaiar os jogadores.

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  3. Adilson, membros da diretoria dos Psicodélicos procuraram a diretoria do Goytacaz e propuseram fazer a apresentação do samba do bloco para a torcida. Eles se reuniram com membros das torcidas organizadas e acordaram que a bateria iria tocar e o puxador iria cantar o samba enredo no intervalo para que os torcedores começassem a se familiarizar com o samba, uma vez que o bloco está homenageando o Goytacaz pelo seu Centenário.Até aí não se vê nada de mal nisso! No que se refere a ocupação das sociais, certamente foi uma medida contigencial devido as fortes chuvas que caíram ao longo de todo o jogo, uma vez que a arquibancada coberta estava toda tomada de torcedores e possivelmente haveria um enorme transtorno podendo até acabar em confusão.O barulho como disse não te agradou assim como provavelmente não agradou a outros que ao redor estiveram mas temos que ser compreensivos e entender que aquela situação foi atípica uma vez que não se previa que ia chover tanto.

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