Seleção: Um monte de perguntas sem respostas

A chuva me fez ficar em casa curtindo minha neta e deixar de lado a ideia de ir ao Arisão ver Goytacaz x Santa Cruz pela Terceirinha. E, como o tempo ajudava, abri um vinho e aceitei o convite da turma para ver Brasil x Holanda pela TV, a imagem em alta definição me deu um motivação e lá fui eu prá minha poltrona favorita assistir a partida do Serra Dourada.

Cá prá nós, bem baixinho, que ninguém nos ouça. Me arrependi amargamente e optei por ficar twitando no meu novo celular e deixei de lado o compromisso de ver, com olhos de analista, a pelada em HD lá em Goiania. Jogo da seleção da CBF realmente ainda não me dá prazer e a convocação do comprometido Mano Menezes é a repetição dos erros de Dunga.

Fiquei me perguntando: Por que Fred? Por que André Santos? Por que Lúcio? O zagueiro teve seus ótimos momentos e hoje não pode tomar o lugar de Davi Luis. Mas tudo é válido para o torcedor brasileiro, saudoso de seu time e fez uma bela festa no Serra Dourada, cheguei a comentar que a torcida estava tal qual um jogo de estudantes no interior, que aplaudia os jovens da cidade quando entravam em quadra para uma partida intercolegial de basquete ou vôlei.

O jogo? Será que tivemos jogo para dar pitacos por aqui? Na minha ótica não, mas como vi pouco e o que vi não foi o suficiente, fico com o meu lado crítico e continuo perguntando e querendo respostas.

Por que Adriano, terceira opção no Barcelona? Por que Elias? Por que Damião? Três goleiros no bando* de reservas, como na escolinha de bairro. Tiago Neves no banco, sem ser usado, e o Flamengo amanhã joga sem ele contra o Corinthians. Jéferson, no banco, e o Botafogo não pode usa-lo no jogo contra o Ceará. Fábio no banco e não joga contra o Fluminense.

Tudo isto foi reconhecido pela torcida goiana e as vaias no estádio ecoaram, tenho certeza, por todo território brasileiro e Galvão Bueno achou que tudo foi muito bom, tudo foi muito bem e que a seleção da CBF cumpriu o seu papel em campo e nós, aqui na torcida, cumprimos o papel de bobos.


* é bando mesmo e não banco.

Comentários

  1. Quando o Mano Menezes estreiou no comando da Seleçã Brasileira a mídia nacional fez a maior festa e dizia: "felizmente a era Dunga passou, que o verdadeiro futebol brasileiro tinha renascido, isso e aquilo, cá com os meus botões, - o bom era o DUNGA. Querem o futebol brasileiro jogando o futebol do passado, isto é: como se ainda tivéssemos onze fenômenos como antigamente (pelo menos onze), na verdade hoje temos um ou dois extraordinários jogadores no máximo, portanto, até que novos fenômenos apareçam, será sempre assim, um joguinho bom de quando em vez e o resto, bem, o resto é o resto. / Ao meu ver o problema não é Mano, Dunga, Vanderlei etc, o negócio é a falta de bons fenômenos. / Resumindo: NA COPA DA ALEMANHÃ, UM CERTO JORNALISTA INGLÊS DEFINIU BEM O NOSSO FUTEBOL CONTEMPORÂNEO, SEGUINTE: "O FUTEBOL DA SELEÇÃO BRASILEIRA ESTÁ MUITO CHATO". Abrs.

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  2. Matou a charada com a categoria de sempre. Hoje, pela manhã, eu e Leandro discutíamos exatamente isto. Seria Dunda, Mano ou Muricy, se assumisse, os culpados do péssimo futebol de nossa seleção?
    Pronto: O Categoria definiu tudo neste pitaco. Parabéns.

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