Futebol do Noroeste tem futuro incerto

Ainda estou por Miracema e andando pela região sinto que o futebol daqui está vivendo o pior momento de todos os tempos. Não vejo florescer ideias para tentar recuperar o União ou o Nacioal, em Itaocara, o Aperibeense sentiu o impacto da desclassificação da Segundona Rio e está em estado de choque. O Floresta, inerte desde 2009, não vê como uma boa o retorno ao profissionalismo.

Então sobra o Paduano velho de guerra e de tantas glórias conquistadas em sua longa trajetória pelo futebol. Engano seu, a turma de Santo Antonio de Pádua reclama que a atual diretoria só pensa em sauna, festas e a parte social do PEC, futebol que é bom e move o clube, nem sonhar. Seria isto definitivo? Sei não.

Em Miracema um papo rápido com o presidente da Liga Desportiva, o Paulo Sérgio "Brecoco", que reclama da falta de incentivo das autoridades e da inércia dos times filiados a sua liga. "Não dá prá fazer futebol sem recursos, a gente está tentando, mas está mesmo muito difícil de fazer algo sem política".

Brecoco está certo, fazer futebol no interior é complicado. A turma pede dinheiro aos governantes e em troca têm que dar votos e respaldo político, quem não quer se enfiar no ramo sai de mãos vazias e o pior, colocam pessoas sem nenhuma qualificação esportiva para gerenciar o setor e as vezes o tiro sai pela culatra.

Falei com alguns companheiros sobre a possibilidade de ver por aqui os torneios regionais, mas não encontrei eco e pelo visto é possível que teremos, muito em breve, o enterro de um futebol vibrante e que sempre moveu a juventude do noroeste fluminense. Estamos perto do fim.

Comentários

  1. Quando eu, mesmo cá de longe, digo que o Gérsio, o Nésio e o Polaca - esqueço o nome do fundador do Bandeirante -, fazem falta e não dão a eles o valor que tinham, você parece não me ouvir...Pior é que, pelo jeito, faltam outros como eles nas demais cidades. Uma pena. Abraço no pessoal que encoantrar por aí..

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  2. Verdade, Zé Maria, os baluartes da região se foram, literalmente, e não deixaram substitutos. O Bandeirantes foi fundado pelo Luis Linhares, e após sua morte o Milton Padilha assumiu, e agora, sem o velho e obstinado desportista, que também partiu para vida eterna, acabaram nossos pilares.
    Acho que agora o ciclo se encerrou.

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  3. A decadência do futebol da nossa região, outrora de grandes times e boas revelações, teve início quando alguns clubes, sem estrutura e recursos, partiram para o "profissionalismo" totalmente despreparados e contando com a ajuda das prefeituras. O resultado final é que o amadorismo foi atropelado e as chances de recuperação são mínimas.

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  4. Estive com o Jobinha e fizemos o rascunho de um possível passeio, daqueles citados, para degustação de vinhos e queijos. Ele disse que topa sentar à beira do Tejo comigo ou até mesmo subir os Andes. Quems sabe eu tenha este privilégio de dividir um bom vinho do Porto ou um Concha Y Toro com o amigo?

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  5. Pois é, sempre que entra dinheiro público, de prefeituras no futebol, a bola rola por uns tempos mas logo fura. Se o político ganha, acha que não precisa mais da bola, se perde, pior ainda. Nos velhos tempos alguns ganhavam um troco - Zé Toquinho, Parafuso, França, os que vinham de fora. Mas a grande maioria, de craques da cidade, jogava mesmo pelo prazer, o que era ótimo.
    Adílson, vou aguardar a viagem dos casais. E se der irei ao aeroporto no embarque e no desembarque, com a bandinha para dar as boas viagens e as boas vindas. rrss

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