E Sollon não gostou do empate


Antes de terminar o primeiro tempo no Engenhão, com o Flamengo perdendo por 1x0, gol de Marcelo Moreno, o celular toca e do outro lado Ermê Sollon já começava a destilar seu veneno e soltar sua raiva pelo que via do seu time na televisão. 

- Isto não é Flamengo, meu caro Dutra. Isto é um arremedo de time e você, com muita precisão, disse há algumas semanas atrás, que é o pior Flamengo de todos os tempos. E ainda botam a culpa no treinador que saiu e querem sacrificar o que chegou.

Quando eu pedia calma ao veterano amigo ouvi que o Sport fazia o segundo gol diante do Internacional, lá em Porto Alegre, e aí, meu caro blogueiro, foi um festival de palavrões, coisa anormal partindo do Ermenegildo Sollon, jornalista do tempo em que palavrão não era assim tão usado como hoje, mas perdoei o velho flamenguista e respeitei sua bronca e seus xingamentos.

- Todo mundo erra quando o Flamengo precisa.Todo mundo vence quando o Flamengo precisa de um resultado. Veja só este Atlético Goianiense, lanterna e sem time de qualidade, vem a Volta Redonda e manda o Fluminense para o espaço. Veja este Náutico, com seus ex-jogadores em atividade, pega o Galo e tira três penas do time de Cuca. Meu Deus, todo mundo vence e só o Flamengo que não ganha de ninguém?

É verdade. Intervalo de jogo e o time de Patrícia Amorim vai acumulando a quinta derrota consecutiva e chegando próximo da zona da degola. Um ponto apenas separa, neste momento, Flamengo do Sport Recife, quatro do Figueirense e sete de Palmeiras e Atlético Goianiense.

Quando comecei a fazer as contas meu amigo Sollon desligou o celular sem sequer se despedir. A coisa tá feia mesmo, o educado jornalista perdeu as estribeiras e já não tem mais paciência nem mesmo para reclamar.

Vou até o Twitter para ler as postagens dos parceiros e encontro várias reclamações e algumas tiradas interessantes, inclusive citações de alvinegros, tricolores e vascaínos, todos que um dia conheceram de perto as amarguras da Segunda Divisão, fazendo figa e “secando” o adversário na boa nas frases colocadas naquele espaço da Rede Social. 

E revendo os rebaixamentos anteriores fui achar o do Palmeiras, que quando desceu levou um carioca junto, o Botafogo, e a profecia do tuiteiro está prestes a se concretizar: Se o Verdão descer vai levar um carioca, é de praxe.

E aí veio o segundo tempo e com ele o grito de “raça” por parte da torcida, que estava no Engenhão. Eu, cá de longe, me perguntava: Antigamente pediam jogadores com bom nível técnico e hoje pedem raça? Algo está errado.

Mas o Luxemburgo é rubro-negro de coração e resolveu dar uma mãozinha ao seu amigo Dorival Júnior, tirou Marcelo Moreno e botou um zagueiro para fechar a o meio e o resultado foi  gol de empate, em bela cobrança de falta de Adryan, e o jogo ficou com cara de que o time carioca fosse virar o jogo.

E teve gente comemorando o empate do Internacional, lá no Beira Rio, que permaneceu a diferença de quatro pontos do Flamengo com a zona da degola e no estádio ainda pode-se ouvir aplausos para o empate do time contra os gaúchos.

Tentei ligar para o Sollon, no final da partida, mas o velho jornalista parece que desistiu de ver o jogo ou foi procurar um outro programa para o final do domingo. E não é que o tal de Ricardo Marques, o apitador de fraco nível, resolveu complicar os nervos dos flamenguistas no final do jogo? Ele deu quatro minutos e a torcida aqui perto de casa, nos dois bares que tem TV passando o jogo, gritou desesperada.

Comentários

  1. Assisti o jogo inteiro. O Flamengo melhorou quando colocaram o Adrian no meio de campo. Acho que ele é o meia de criatividade que tanto procuram. E está bem perto ....

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  2. Só não vê quem não quer, meu caro Gilberto, os garotos são o que há de melhor neste grupo e tem gente que ainda acredita que serão "queimados" se jogarem. Coisa de quem não sabe nada de bola.

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