Uma torcida diferente




Parece mesmo que virou moda o jovem campista torcer pelo Goytacaz FC. As redes sociais estão repletas de grupos, formados por rapazes e moças, entre quinze e vinte anos, universitários ou colegiais, que fazem a festa nas arquibancadas e nas páginas do Okurt, Facebook ou Twitter, veículos de mensagens de otimismo e de congraçamento dos torcedores do Azul da Rua do Gás.


No meio de semana, naquele jogo dramático em São João da Barra, diversos ônibus saíram de Campos entupidos de jovens torcedores e nas arquibancadas do Estádio Manoel Sá fizeram a diferença e deixaram os torcedores locais até um pouco sem graça, afinal eram maioria em todos os setores do estádio.


No sábado, contra o Sampaio Correia, no Arisão, mais uma demonstração de força e amor ao clube. Os jovens torcedores não só incentivaram o time de Mário Marques, adorado por eles, como também foram responsáveis pela correria durante os noventa minutos e foram premiados com um gol no apagar das luzes, que contribuiu para que a fé na classificação voltasse a morar na mente de todos.


Ainda é cedo para dizer se o Goytacaz vai o não conseguir seu objetivo, faltam dezesseis  rodadas e muita coisa ainda vai acontecer nesta Segunda Divisão do Rio, mas que a gente vê, cá de fora, uma áurea diferente daquilo visto em outros anos posso afirmar com muita certeza, o ambiente dentro e fora dos gramados está saudável e já não se ouve, nos corredores e esquinas, campanhas para derrubar dirigente ou mandar treinador ou jogador embora.


Amanhã é mais uma rodada decisiva, como foi a primeira, a segunda a terceira e serão a décima, décima quinta e décima oitava ou todas outras que virão pela frente. Na quarta-feira, contra o Ceres, na Rua da Chita, em Bangu, o Goytacaz sabe que será um jogo chato, daqueles complicados e que pode fazer a diferença na tábua de classificação, sabe que se vencer e o Quissamã tropeçar na Ilha do Governador, contra a Portuguesa, a liderança pode cair no colo do time alvianil.


No Estádio Manoel Sá o São João da Barra, outro real candidato ao acesso, recebe o Rio Branco e sabe o que tem que fazer para manter vivo o objetivo de subir. Conversei longamente com Daniel Machado, presidente do clube, e tive a certeza de que o São João da Barra não faz figuração ou compete por competir. “Queremos subir e não medimos esforços para isto”, me disse Daniel confiante e sincero.


Dizem por aí que o Quissamã será mais uma vez o “Cavalo Paraguaio” do campeonato, aquele que corre sempre em primeiro, nos primeiros metros, para abrir o caminho de quem vem por trás com interesse maior. Já entramos na rodada número sete da fase final e o alvianil quissamaense ainda lidera, como liderou toda a primeira fase, com perspectivas de que este ano está tudo diferente no quartel general do técnico Paulo Henrique.


Quem é quem nesta segundona? A pergunta ainda não tem resposta, porém, tem sempre um porém, o Norte Fluminense está em destaque, tem três líderes, todos com treze pontos ganhos, separados apenas pelo saldo de gols, e são perseguidos por emergentes, como Audax, Barra Mansa e Sampaio Correia, com a tradicional Portuguesa correndo por fora  e pedindo passagem para chegar mais uma vez entre os grandes da Elite do futebol do Rio.


A rodada de amanhã, quarta-feira, vai ser mesmo daquelas que nos mostrará mesmo quem é quem na competição. Tem Audax x Barra Mansa, em Austin, Sampaio x Serra, em Saquarema, além dos já citados acima, cujos vencedores podem começar a fazer planos diferentes para o resto do campeonato.

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