Título está pertinho das Laranjeiras


Este clássico de hoje (domingo) não pode ser descrito de uma forma qualquer, ele tem história dentro e fora do gramado, tem história entre torcedores e história de decisões polêmicas e espetaculares. Fluminense e Botafogo não é um jogo para dar um pitaco qualquer, tem que ser opinião abalizada e com muita propriedade.


Pela manhã, ainda em Miracema, ouvi alguns torcedores dos dois lados e fui anotando palpites e pitacos sobre placar e andamento da partida. No Restaurante Snob’s, reduto tricolor da cidade, onde almocei com Marina antes de partir em retorno para Campos, ouvi o Gustavo, um dos irmãos proprietários, comentar que seria difícil para o seu Fluminense. 


Ainda no restaurante ouvi do Matheus, botafoguense já paramentado para o encontro da turma lá no Bar do Cabeção, uma frase confiante: “Hoje vai dar nós, em 71 eu não era nascido, mas meu pai me contou que o Fogão foi melhor e perdeu”.


Na viagem de volta trouxe meu afilhado Charles Esteves, paduano radicado em Miracema, também tricolor e no caminho ele perguntou se tinha uma preferência para o jogo da tarde. Respondi que não, como já havia dito nos meus comentários da semana no rádio e no blog, mas que gostaria que tivesse muitos gols e um empate em 4x4 seria fantástico para quem está neutro e gosta do futebol bem jogado e com artilheiros em tarde de gala.


Faltava conversar com Dona Bilu, minha quase centenária amiga, carioca da gema e fanática pelo Botafogo FR, mas que está adoentada e não iria ao Engenhão ver Loco Abreu e seus comparsas, como ela gosta de dizer. Liguei para a senhorinha mas seu neto me disse que ela estava dormindo, com a televisão ligada no Canal Premiere, em HD, para acordar já ligadona no jogo.


E lá fui eu, preparado para ver um bom jogo de bola, afinal todos os clássicos do Estadual desta temporada foram bem jogados e com ótimos espetáculos para quem gosta de um jogo bem jogado. Bola rolando e dou o primeiro pitaco no Twitter: Botafogo joga melhor e merece um gol. Pimba! Renato 1x0.


O tempo passava e lá pelos trinta eu dizia: Botafogo dominou quinze minutos e o Fluminense outros trinta, o alvinegro marcou e o tricolor já merece o empate. Pimba! Fred faz um golaço e o jogo fica igual.


Parecia que eu estava inspirado nos comentários e aproveitei e postei mais um lá no Twitter: Se Osvaldo deixar Lucas em campo está arriscado a ficar com um a menos. Eita! Eu estava mesmo afinado, o lateral fez falta feia levou o segundo amarelo e em seguida o vermelho.


Aí desandou e até Dona Bilu, adoentada e debilitada, parou para me dar uma ligada para reclamar da zaga botafoguense e de Osvaldo Oliveira, que sacou Loco Abreu para botar Herrena. “Ele tinha que colocar os dois gringos e não tirar meu queridinho”, vai ser goleada meu caro Dutra.


Neste momento o Fluminense já mandava no jogo e alinhava uma goleada história. O placar ia subindo e eu pensava no Arthur Emílio, meu cunhado, que estava confiante no seu Botafogo e no Gustavo, lá do Snob’s, que a partir do quarto gol tricolor já estaria nas ruas com bandeirão aberto em cima do seu carro.


Algum torcedor deve discordar de mim, como meu editor Cássio Peixoto, alvinegro de quatro costados, que o jogo é jogado e não está nada definido, mas cá prá nós, bem baixinho, que nenhum botafoguense me ouça: Será que teremos virada histórica no próximo domingo? 

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