Papo de Bola - Esquecer é permitido

E mais uma vez o futebol brasileiro nos prega uma peça, daquelas de deixar cronista, torcedor ou até mesmo um leigo de "saia justa". Basta alguém tentar fazer uma enquete ou uma entrevista, querendo saber qual a sua seleção favorita, para que um punhado de gente boa fique corado de vergonha no final da conversa. 

Veja o que aconteceu ontem, sábado, durante o programa do Carlos Fera, na Rádio Princesinha, lá na minha Miracema: O apresentador perguntou aos seus entrevistados, os "Notáveis" José Luis e Ademir Tadeu, e a este que vos fala, qual seria a nossa seleção favorita a contar dos jogadores da equipe campeã de 1970. 

Zé Luiz iniciou a escolha, e de cara descartou Zico por ter perdido duas copas do mundo, mas escalou alguns outros que sequer chegaram a se destaques em copa, eu entendo, seu coração vascaíno as vezes o trai, escalou um bom time, daqueles que qualquer torcedor aplaudiria, mas depois, no papo informou no BDF, onde nos reunimos para uma cerva e uma carne, ambos de primeira qualidade, servidos pela turna do Sebastião, disse: "Escalei o Dunga e me esqueci do Clodoaldo", e aí é que Ademir Tadeu também olhou, pensou e concluiu: "Eu também esqueci do Gérson e poderia ter dito outro time para o Fera".

Então, dá para escalar um time sem errar algum nome ou deixar de fora gênios como Gérson? Pois é, eu também me esqueci do Canhotinha e escalei Pelé no meio campo para poder incluir Tostão no meu ataque, como o fez Zagalo em 1970 escalando todos os gênios lado a lado e por isto conquistou o título mundial no México. 

Muito complicado este tipo de resposta, como disse o Ademir Tadeu, na bucha, não dá para pensar e escolher rapidamente gera esta confusão e estas "injustiças" para nossos ídolos eternos. E uma outra questão, também colocada no ar no programa do Carlos Fera, na Princesinha, o futebol de hoje está em decadência? Aí nem precisa de resposta, certo? Passou batido por lá e passa batido por aqui, afinal todos nós sabemos que a falência só não chegou, na totalidade, porque os estatutos dos clubes brasileiros ainda abre chance dos dirigentes saírem na boa e o governo permite este festival de dívidas que assola o futebol brasileiro. 

Mas quando o assunto de seleção chegou até o futebol doméstico a coisa desandou, não houve escolhas e nenhum de nós se aventurou a escalar um time favorito, aí sim, a tal injustiça seria em dobro, mas eu me arrisquei a responde um dos melhores times de todos os tempos na cidade, que foi o nosso Vasquinho/Associação/TG 217, que tinha Navalha, David (Luis), Teco (Gilson) Piazza e Gilson (Vilmar), Geraldinho, Tininho e Júlio, Thiara, Cacá e Adilson e deixei de fora alguns craques, que vieram depois, porque este era a base de um time que pouco conheceu a derrota e fazia a festa de gols no Estádio Municipal Plínio Bastos de Barros. Tá lembrado? 

E quanto entramos no quesito dirigentes a injustiça e o esquecimento ainda foi bem maior, citamos Maninho, Polaca, Jair do Operário, Milton Padilha e nos esquecemos do Gérson Coimbra, dos irmãos Moreira (Dalton e Nilson) e outros que se ficar aqui contando serei cobrado ainda muito mais por esta heresia, mas e nossos técnicos, será que vamos um dia fazer grandes homenagens a eles, que hoje são apenas uma saudade em nossos corações. 

Comentários

  1. Em qualquer seleção dos melhores que possamos fazer, sempre haverá discordâncias de nomes e vamos esquecer de escalar esse ou aquele que também poderiam fazer parte da lista. Toda unanimidade é burra, por isso que é muito gostoso e divertido esse tema específico.

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  2. Sem saber dos "escalados", apenas me baseando no seu texto e também sem querer ser "entrão" segue a minha que na verdade, dependendo do teor etílico e da mesa da resenha poderá ser reformulada sem o menor pudor: Tafarel, Carlos Alberto Torres(esse em respeito ao Categoria, mas poderia ser facilmente ser o Leandro), Aldair, Marinho Perez e Junior, Cerezzo, Gerson e Rivelino, Zico, Romário e Pelé. Se a cerveja for aquele que desce redonda o lateral direito seria o Josimar e o centro avante o Fred ou Luis Fabiano. Aldair e M.Perez jogavam do mesmo lado, mas no meu time eles se arrumariam.

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  3. Categoria escolheu Jorginho. E meu time, o Fera pediu os que estiveram na seleção, não teve Romário e Zico, que perderam lugar para Pelé e Tostão. Meu goleiro foi Marcos, defesa do Flamengo, Leandro, Mozer, Aldair e Júnior, meio campo com Clodoaldo, Gerson (esqueci dele) e Rivelino, Jair, Tostão e Pelé. Sem dúvida alguma, se esta defesa estivesse em 1970, com este ataque e meio campo, era covardia.

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  4. Melhor defesa e melhor ataque, simples assim.

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