Meus ídolos do rádio

José Silvério é um dos ícones da narração esportiva brasileira, os cariocas e os mais novos não se lembrarão dele, os primeiros porque o rádio paulista não é bem ouvido na capital e os segundos porque rádio é figuração e não se ouve mais como nos meus tempos de garoto, quando ainda menino, lá em Miracema, era meu fiel companheiro e minha Internet bem moderna naqueles tempos de pouca informação. 

Bem, eu dizia que José Silvério, um dos grandes noves do radialismo esportivo, me abriu a memória e me levou a mergulhar em um passado maravilhoso, quando o rádio nos oferecia as mesmas emoções que hoje nos são trazidas pela televisão, quando o assunto é futebol ou noticiário geral, ou pela Internet, quando buscamos informações quentinhas sobre o cotidiano.

José Silvério foi o convidado do programa Bola da Vez, da Espn, que foi ao ar esta semana. O locutor esportivo, nascido no interior de Minas Gerais, que começou a sua carreira no Rio, Emissora Continental, ao lado de Clóvis Filho e outras feras dos anos sessenta, fez sucesso em São Paulo, na Jovem Pan, e hoje ainda irradia, como ele gosta de dizer, jogos pela Bandeirantes, a grande emissora dos anos dourados do rádio brasileiro.

Ouvindo sua narrativa me lembro o quanto o rádio foi fundamental para nós, amantes do locução esportiva e de tudo o que o rádio pode nos proporcionar. José Silvério, como eu e muitos outros, começou a narrar nas partidas de futebol de botão e se espelhando em grandes nomes daquela época, que nos faziam sonhar e imaginar como seria um jogo de futebol ao vivo e a cores.

Ouvindo sua história eu me envolvi completamente com o passado do rádio, fui buscar na memória os gritos de gols, os bordões, as palavras de ordem de grandes narradores, e tentei fazer comparações com os narradores de hoje e, infelizmente, não encontro um que eu possa dizer que teria lugar naquelas equipes espetaculares formadas pela Continental, Nacional, Globo ou Tupi, no Rio de Janeiro, Pan-Americana, Globo, Tupi, Gazeta ou Bandeirantes, em São Paulo. 

Cresci ouvindo as resenhas esportivas da Continental, as transmissões de Clóvis Filho sempre eram as minhas preferidas, embora quando Jorge Cury, o eterno narrador brasileiro, narrava jogo do Flamengo, bem aí a história era outra. Waldir Amaral eu já contei por aqui, mas a novidade de hoje, movida com a presença de José Silvério no Bola da Vez, é minha lembrança dos grandes locutores paulistas, no meu entender um espetáculo a parte no rádio esportivo brasileiro.

Meu grande ídolo era Haroldo Fernandes, da Tupi, o cara que me inspirou as primeiras narrações, ainda no futebol de botão. Haroldo dizia: “Gol do Palmeiras, Ademir da Guia, o homem da camisa 10, tá todo mundo correndo para abraçar aquele moço”. Bonito, né mesmo? Grande narrador e que prazer eu tinha em ouvi-lo, as vezes até esquecia que tinha jogo do Flamengo, no Rio, só para escutar Haroldo Fernandes.

Um outro que me inspirou bastante também estava no rádio paulista, mais recente um pouco, mas que regula idade comigo e tem boas histórias, eu já ouvi muitas, inclusive é, como eu, amante da música e um exímio cantor após algumas cervejinhas. Osvaldo Maciel é o nome dele, e seu bordão foi clonado por mim no início de minha carreira lá na Princesinha: “De peito aberto e o coração cheio de amor pra dar”.

Osvaldo Maciel, só não era o primeiro narrador da Globo porque lá estava outro ícone, Osmar Santos, o “Pai da Matéria”, ídolo dos paulistas e que tentou fazer carreira na tevê e o sonho ficou no nascedouro, um acidente automobilístico tirou sua voz e  seus movimentos ficaram reduzidos. 

Bola pra frente, vamos sonhando com o rádio e imaginando que ele ainda é, e será por longos anos, o nosso fiel companheiro de todos os dias. 

Crônica republicada a pedidos de um dos notáveis do blog, José Luiz da Silva.

Comentários

  1. Excelente Adilson, você lembrou do Haroldo Fernandes. Mas havia muitos bons locutores no rádio esportivo do Brasil.

    Vou inserir um comentário feito pelo Laércio, com certeza das antigas em 2011: A dupla Pedro Luiz e Mário Moraes fez história na Rádio Panamericana (hoje Jovem Pan). Geraldo José de Almeida na narração e Ari Silva nos comentários formaram, também, uma grande dupla na Rádio Record.

    Edson Leite foi outro famoso locutor da Rádio Bandeirantes de São Paulo, o famoso Escrete do Rádio.

    Jorge Cury e Luis Alberto eram os locutores preferidos no Rio de Janeiro, onde também havia Antônio Cordeiro outro excelente narrador. Todos da Rádio Nacional.

    Na Rádio Globo do Rio tinha o fabuloso narrador Waldir Amaral e nos comentários Benjamim Wright. Na Rádio Guanabara havia o Doalcei Bueno de Camargo, com Vitorino Vieira e também João Saldanha.

    Doalcei ainda atuou na Rádio Tupi formando dupla com o comentarista Ruy Porto. Na Rádio Tupi Doalcei ainda criaria a figura do comentarista de arbitragem, lançando o ex arbitro Mario Vianna (aquele da frase “Gol Legal”) nessa função.

    Enfim, havia muita gente preparada para o papel de locutor e de comentarista esportivo. Pessoas que deixaram muita saudade em muitos daqueles que viveram nessa época.


    Em Campinas tínhamos o Jolumá Brito, na PRC-9, Rádio educadora de Campinas. Mais tarde surgiram o Mário Pontes Melilo, com a Rádio Brasil apareceram o Sérgio José Salvucci e o Salvador Lombardi Neto.

    Washington Luiz de Andrade na Rádio Cultura foi um grande narrador (ele falava mais ou ou menos assim: " Eu acho que não vai dar (nome do goleiro).....)".

    Nas rádios de São Paulo muitas revelações apareceram na locução esportiva como Fiori Gigliotti, Haroldo Fernandes, Joseval Peixoto, Ênio Rodrigues, Flávio Araújo, Borghi Junior e Osmar Santos.

    Mas toda vez que escrevermos ou falarmos sobre o futebol, não poderemos esquecer de mencionar Ari Barroso, flamenguista doente.

    Quando o Flamengo fazia gols ele tocava sua gaitinha de boca. Pelo seu grande talento foi compositor, animador de programas e também locutor esportivo. Um dos grandes homens do rádio.

    Antes da chegada da televisão, o rádio predominava nas transmissões esportivas. E mesmo após a chegada da TV, muitos desportistas ainda preferiam assistir aos jogos televisionados ouvindo a voz de seus locutores preferidos do rádio.

    Eu, desde criança, ouvi muitos jogos de futebol pelo rádio. Alguns, ou muitos, dos locutores daquela época já não estão mais entre nós.
    Certa vez, ai por volta de 1947, com o Palmeiras dominando o Campeonato paulista fui com o meu pai (o Sr. Ettore), à casa do Sr. Bruno Girardi, amigo de meu pai, que o havia convidado para ouvir o jogo entre o Palmeiras e a Portuguesa Santista (o alviverde venceu por 4 x 2).

    O Sr. Bruno havia convidado vários colegas que, como o meu pai, trabalhavam na Cia Mogiana de Estradas de Ferro para irem ouvir o jogo. Isso era coisa muito normal naquele tempo, pois muito poucos tinham aparelho de rádio em casa. Todo rádio era elétrico. Os modelos portáteis não existiam até então.

    Mas voltando ao jogo, a Lusa santista tinha um bom time. O Palmeiras martelava, mas o goleiro Andú fechava o gol. O locutor que narrava a partida era Rabelo Júnior, que no pensamento dos torcedores palmeirenses que ali estavam, era o mais simpático ao alviverde.

    O jogo continuava um 0 x 0 dolorido quando Arturzinho, meia direita do Palmeiras, pegou uma bola no meio de campo, entrou na área e chutou, mas o zagueiro piloto da Portuguesa cortou o lance com a mão. Tudo isto dito pelo locutor. Foi uma festa só, na casa do Sr. Girardi, pois todos achavam que cortar com a mão dentro da área seria pênalti. E que o árbitro o marcaria.

    Ai o locutor disse: “ A Portuguesa está formando a sua barreira a dois metros fora da linha da grande área..”. Todos podem imaginar a quantidades de elogios direcionados à santa mãezinha do locutor Rabelo Junior, após essa sua intervenção. Isso às vezes acontecia com alguns locutores da época.

    Gilberto Maluf

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  2. Me perdoe, Gilberto, tive que republicar seu belo comentário, a página saiu truncada e com fundo branco, mas não alterei em nada o texto e obrigado pela complementação, lindo mesmo.

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  3. Estes artigos do Adilson e Gilberto, demonstram bem a importância que foi o rádio esportivo para os brasileiros até o início da década de 90, essa época foi chamada a "ERÁ DO RÁDIO", depois, aos poucos, sua importância foi diminuindo com a força da TV e principalmente com o advento da INTERNET, embora, é bom citar que, a internet ajuda muito também, pois passamos a ouvir rádio por ela, Eu, ouço muito a JBFM através da internet.
    Nos anos 60/70, eu e meus irmãos, ficávamos ouvindo rádio até altas horas, na frequência das ondas curtas ouvíamos: Rádio Canadá, Rádio Europa Livre, Rádio Moscou, Rádio BBC, Rádio Suécia, Rádio A Vós da América etc, inclusive enviávamos cartas e recebíamos presentes e informações desses países, era gostoso demais! Então Adilson e Gilberto, estes seus artigos, se muito importante, pois não deixam no esquecimento nomes de grandes locutores esportivos do passado, quase todos não vivendo fisicamente entre nós, porém em nossas memórias continuam vivinhos da Silva.
    Recentemente abri o You Tube e ouvi a última transmissão esportiva do Jorge Cury pela Rádio Globo, foi em um jogo Vasco x Botafogo no Maracanã, ele sendo flamenguista fanático disse; “MINHA VIDA PROFISSIONAL SEMPRE ESTEVE DIRETAMENTE LIGADA AO VASCO DA GAMA. FIZ A PRIMEIRA TRANSMISSÃO DE UM JOGO DO VASCO QUANDO CHEGUEI AO RIO E AGORA AO DEIXAR A RÁDIO GLOBO ENCERRO MINHA CARREIRA NESTA EMISSORA NARRANDO UM JOGO DO VASCO, ERA PARA EU SER VASCO, PORÉM, QUIS O DESTINO QUE EU SEJA FLAMENGO”.
    Abrs.

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  4. Gilberto, se não estou equivocado Rui Porto, Mário Vianna e João Saldanha eram da Rádio Globo. Inicialmente João Saldanha era da Rádio Nacional, por favor, confirma para mim.
    Quis dizer também que, seus artigos são muito importantes, e não como saiu: se muito importante. Falha do revisor.

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    1. José Luiz eu morava em São Paulo e não sei em que época eles atuaram em cada rádio. Mas vou pesquisar mais tarde acho que dá para confirmar . O que ficava mais gravado eram os bordões.

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  5. Certa vez acho que já postei aqui um artigo que fiz para o Blog História do Futebol em 2008 e peço licença para relembrar:

    Bordões/Jargões – O estilo incomparável nas narrações esportivas
    07. Artigos Gilberto Maluf, Blog Historia do Futebol Add comments
    fev 252008


    Ah, os bordões… Cada locutor cria os seus ou melhora outros.
    Assim, temos narrações do lugar comum ao criativo, que se consagra junto a torcida.
    Afinal, a falta de imagem obriga ao preenchimento da imaginação com a fala, o que não é para qualquer um. Assim, um bom locutor radiofônico tem que ser, também, bom de papo, criativo e rápido de raciocínio, recursos indispensáveis para manter a assistência ligada, sobretudo quando o jogo está entediante. Aí vale prosa, poesia, anedota..
    Os jargões criativos, foram capazes de ditar moda entre os amantes do
    futebol e deixaram inúmeros discípulos. Abaixo alguns radialistas famosos do Rio e de São Paulo e seus bordões:

    VALDIR AMARAL – O relóóógio maarcaaa….
    Quando alguém ia bater uma falta, o Waldir narrava assim: o
    visual é bom! Tem bala na agulha o Roberto Dinamite! Apontou atirou e é gol. Depois que saía o gol, ele continuava: choveu na horta do Vascão, Roberto! Dez é a camisa dele! Indivíduo competente o Roberto! Tem peixe na rede do São Cristóvão.
    JORGE CURI – teeeeeempo e placaaaarr no maaaiooorrr do muuuuundoooo!!!
    MARIO VIANNA – o comentarista de arbitragem que, por sua vez, dizia:
    gooooool legal. Sou Mário Vianna com dois enes.
    Quando o Juiz invertia uma marcação e Mário Vianna era solicitado pelo
    narrador para opinar, ele urrava pelo microfone da rádio Globo:
    Errrrrrrroooooooouuuu!Errrrrrrroooooooouuuu!
    Se algum árbitro apitasse mal uma partida, Mário Vianna
    dizia: “hoje este juiz vai comer carne de pescoço”. Sem esquecer que,
    quando havia um impedimento, Vianna gritava na cabine da Globo: banheira!.
    Fora do contexto, uma história sobre Mário Vianna. Ele era forte como um touro e pertencia a Polícia Especial, que foi extinta e era conhecida pela violência. Quando atuava como Juiz ao terminar uma arbitragem desastrosa, favorecendo ao Botafogo (diziam que era o clube para quem torcia) alguém foi avisá-lo: Mário não saia agora do vestiário, a torcida está enfurecida aí fora a sua espera, no que Mário respondeu: Pois bem, avise a torcida que ela é que tem de se preocupar porque daqui a pouco eu vou sair!
    DOALCEI CAMARGO – Lá vem Zico, disparooooooouuu… É gooolll!!!!
    ODUVALDO COZZI – para o então reporter que ficava atrás do gol:Fala ô Valdir.
    CELSO GARCIA -com o seu famoso bordão: atenção garoto do placar do
    Maracanã coloque um para o Vasco, zero para o São Cristovão. continua com os locutores paulistas.

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  6. Certa vez publiquei aqui os bordões, artigo que fiz para o blog História do Futebol que peço licença para relembrar:

    Bordões/Jargões – O estilo incomparável nas narrações esportivas



    Ah, os bordões… Cada locutor cria os seus ou melhora outros.
    Assim, temos narrações do lugar comum ao criativo, que se consagra junto a torcida.
    Afinal, a falta de imagem obriga ao preenchimento da imaginação com a fala, o que não é para qualquer um. Assim, um bom locutor radiofônico tem que ser, também, bom de papo, criativo e rápido de raciocínio, recursos indispensáveis para manter a assistência ligada, sobretudo quando o jogo está entediante. Aí vale prosa, poesia, anedota..
    Os jargões criativos, foram capazes de ditar moda entre os amantes do
    futebol e deixaram inúmeros discípulos. Abaixo alguns radialistas famosos do Rio e de São Paulo e seus bordões:

    VALDIR AMARAL – O relóóógio maarcaaa….
    Quando alguém ia bater uma falta, o Waldir narrava assim: o
    visual é bom! Tem bala na agulha o Roberto Dinamite! Apontou atirou e é gol. Depois que saía o gol, ele continuava: choveu na horta do Vascão, Roberto! Dez é a camisa dele! Indivíduo competente o Roberto! Tem peixe na rede do São Cristóvão.
    JORGE CURI – teeeeeempo e placaaaarr no maaaiooorrr do muuuuundoooo!!!
    MARIO VIANNA – o comentarista de arbitragem que, por sua vez, dizia:
    gooooool legal. Sou Mário Vianna com dois enes.
    Quando o Juiz invertia uma marcação e Mário Vianna era solicitado pelo
    narrador para opinar, ele urrava pelo microfone da rádio Globo:
    Errrrrrrroooooooouuuu!Errrrrrrroooooooouuuu!
    Se algum árbitro apitasse mal uma partida, Mário Vianna
    dizia: “hoje este juiz vai comer carne de pescoço”. Sem esquecer que,
    quando havia um impedimento, Vianna gritava na cabine da Globo: banheira!.
    Fora do contexto, uma história sobre Mário Vianna. Ele era forte como um touro e pertencia a Polícia Especial, que foi extinta e era conhecida pela violência. Quando atuava como Juiz ao terminar uma arbitragem desastrosa, favorecendo ao Botafogo (diziam que era o clube para quem torcia) alguém foi avisá-lo: Mário não saia agora do vestiário, a torcida está enfurecida aí fora a sua espera, no que Mário respondeu: Pois bem, avise a torcida que ela é que tem de se preocupar porque daqui a pouco eu vou sair!
    DOALCEI CAMARGO – Lá vem Zico, disparooooooouuu… É gooolll!!!!
    ODUVALDO COZZI – para o então reporter que ficava atrás do gol:Fala ô Valdir.
    CELSO GARCIA -com o seu famoso bordão: atenção garoto do placar do
    Maracanã coloque um para o Vasco, zero para o São Cristovão. ( a seguir os locutores paulistas )

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    1. FIORI GIGLIOTTI – Uma das lendas do rádio esportivo brasileiro, abria
      suas
      transmissões com o bordão: ‘Abrem-se as cortinas do espetáculo. ’Fiori pode ter sido o maior narrador de gols de Pelé, e a narração característica era: Atenção, desce Pelé , é fogo……goooool, uma beleeeeeza de goooool torcida brasileira.
      PEDRO LUIS – fez sucesso narrando na Copa do Mundo: “É fabuloso este futebol brasileiro. Quantas vitórias consegue pelos gramados do mundo.” Conseguia com poucas palavras vislumbrar o panorama da jogada. Pedro Luiz, foi altivo, narrou normalmente a derrota do Brasil na copa de 1950 sem deixar transparecer nada. Elogiou os uruguaios legítimos campeões.
      OSMAR SANTOS – Extremamente ágil e tecnicamente perfeito nas narrações, ganhou notoriedade pelos jargões que caíam facilmente na boca do povo, tais como ‘ripa na chulipa e pimba na gorduchinha’, ‘é lá que a menina mora’, ‘é fogo no boné do guarda’, ‘pisou no tomate’ e ‘bambeou mas não caiu’. Sem falar, é claro, do inesquecível ‘iiiiiiii que golllllllllllllllll’, a cada vez que a bola balançava as redes. No auge, chegava a pronunciar 100 palavras por minuto sem engasgar nenhuma vez. A dramaticidade que impunha a cada lance era capaz de prender o ouvinte durante a partida inteira.
      EDSON LEITE – O meu cronômetro marrrrrca….1o tempo..1 x 0…o Palmeiras vence.
      Bola com Dorval, que passa para Pelé que atira para o
      arrrrrco….seguuuuura Valdir.
      Os famosos Jose Carlos Araujo e Jose Silverio não estão aqui relacionados porque estão em evidência.

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  7. SENSACIONAL. Um show de saudosismo. Acho que já contei a vocês que a primeira vez que vi um jogo num estádio de futebol foi Bangu X Flamengo em 1967 no Maracanã, assisti o jogo na cabine da Rádio Nacional sentado entre Jorge Cury e João Saldanha, perdemos de 4 a 1. Os repórteres de campo eram Denis Menezes e Washington Rodrigues, mais tarde na Globo eram chamados de "os trepidantes".

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  8. José Cabral: "A maricota entrou no alto do gol de Marcelo". Clóvis Filho: "No canto.... é gol", a bola podia entrar pelo alto, mas sempre era no canto. Haroldo Fernandes: "Tá todo mundo correndo para abraçar aquele moço, o homem da camisa???". Osvaldo Maciel: "Bate daí meu filho..." e por aí vai. Adilson Dutra também tem seus bordões, claro, alguns clonados dos paulistas, pouco ouvidos na época lá na terrinha, mas que marcaram também por aqui. "Alô meu povo do esporte". e como diria Osvaldo Maciel, de peito aberto e o coração cheio de amor pra dar.

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  9. Do Adilson ainda teve um que, a criançada no Clube XV procurava entender o que significava "O CAROÇO DO ABACATE".
    Quem dizia isso aqui? Haja coração para tanta emoção! Meus amigos do Esporte...! Que coisa Rui! Bola pro mato que o jogo é de campeonato!
    Bonito também eram as vinhetas de chamadas para os locutores dizerem os tempos decorrido das partidas, cada emissora tinha a sua. Tinha também as vinhetas de chamada dos locutores e repórteres. Eu gostava muito de uma que chamava o Luis Carlos Silva da Rádio Globo.
    Olha, era muita coisa bonita!

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  10. Nada mais a escrever depois de tudo que foi dito acima. Parabéns a todos! Peguei uma boa parte dessa turma. Só mais uma pra completar: a vinheta quando chamavam no plantão o Jairo de Souza "tiriri-tiriri-tiriri Jairo de Souza".

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