Clássico dos cem anos longe de casa

E nesta quarta-feira tem Goyta x Cano, o clássico que agora é centenário, mas sabe onde será jogado? Longe de Campos e da torcida porque o mandante da partida,  Americano, é um sem teto e o adversário não aceitou emprestar a casa para que o antigo time do Parque Tamandaré mandasse seus jogos nesta segundona. 

Um clássico que tem centenas de histórias, eu, particularmente, vivi poucos momentos deste jogo, ele não foi realizado por longos anos em que o Goytacaz estava sozinho na Segunda Divisão do Rio, e os que vi não foram assim tão empolgantes como aqueles contados pelos companheiros da imprensa campista.

Pessanha Filho, Sérgio Tinoco, Eraldo Bento e, principalmente, Josélio Rocha, me enchem de causos e fatos deste clássico que me deixam triste por não ter vivenciado tantas decisões, tantos burburinhos e tanta rivalidade no Campeonato Campista e nos jogos no Estadual do Rio.

Os que assisti alguns foram decisivos, como aquele que praticamente rebaixou o Goytacaz, pela primeira vez, ou os dois da Série C do Brasileirão, que predominou a confusão e a violência dentro e fora do gramado. No mais as histórias são poucas e não são assim tão empolgantes quanto as contadas por quem vivenciou os grandes jogos das décadas 50/60 e 70.

Mas este clássico, que será jogado em Macaé, para apenas mil testemunhas, dizem até que poderão ser dois mil ingressos a venda, mas que aqui, no Arisão, poderia ser cinco mil ou até mais. Porém, tem sempre um porém, temos que conviver com a atual realidade do nosso alegre futebol e este é o retrato em preto e branco ou em azul e branco, como queiram o leitor, de Americano e Goytacaz nos anos 2000. 

Quem vencer pode dar um grande passo para classificação e um empate até que não será ruim para ambas as equipes e isto me leva a pensar que será um jogo fechado, truncado e muito mais rivalizado do que os outros que assisti.