Um velho assunto em pauta: Futebol regionalizado

Mais um final de semana sem jogos da Segundona e, segundo meu amigo Eraldo Bento, baluarte do Americano nos velhos tempos em que o futebol campista era respeitado na região, no estado e no país, me diz que não faz falta nenhuma no momento os joguinhos chinfrins da Série  B.

As vezes a gente pensa que o desabafo do alvinegro veterano vem devido ao rebaixamento, outras vezes entendemos que o pensamento é correto e cheio de razões, afinal nem mesmo a Primeira Divisão está empolgando e nem mesmo as semifinais do segundo turno chamam a atenção do torcedor do Estado do Rio.

Quem está ligado em Fluminense x Volta Redonda ou Botafogo x Resende? Se me responderem que alvinegros e tricolores estão entusiasmados eu vou discordar, mas se me disserem que a turma do Sul Fluminense está motivada eu concordo plenamente, os dois representantes interioranos tem tudo para festejar e os dois da capital apenas cumprem tabela e são obrigados a  vencer a qualquer preço.

Com mais um fracasso de público os estaduais, primeira e segunda divisões, são massacrados nas ruas, nos bares e nas imediações das bancas de jornais, antes um ponto de encontro dos torcedores e hoje apenas um ponto de venda de ingressos para shows ou outros eventos realizados na cidade.

- Discutir futebol doméstico ou regional perdeu o sentido, diz Eraldo Bento e tem o meu apoio, ainda é hora de fazer a regionalização e que façam enquanto existe a chama do futebol queimando nas cidades interioranas, se deixarmos para decidir dentro de mais alguns anos será capaz de não encontrarmos nem testemunhas do que foi o futebol na terra fluminense, completa o ex-radialista.

Há anos venho batendo que um campeonato interiorano, dividido em regiões (Noroeste, Norte, Lagos, Serrana, Sul, Baixada e Metropolitana) seria o mais interessante no momento atual do nosso futebol e movimentaria as cidades durante o ano inteiro e você, torcedor de qualquer destas cidades envolvidas, poderia voltar a gritar "É Campeão" com todo seu entusiasmo.

Do jeito em que estamos jamais um time do nosso interior botará uma faixa ou deixará seu torcedor com o peito aberto e o coração cheio de amor para dar.

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