Botafogo fica sem seu presidente
- Alô! Dutra?
- Claro, pode falar Dona Bilu, estou lendo neste momento a matéria que faz a senhora me ligar, está preocupada, certo?
- Certo, meu filho. A situação estava tão tranquila e não era hora do nosso querido mandatário nos deixar. Sabe o que aconteceu?
Voltei a matéria e fico sabendo que o pai do presidente Assunção está gravemente enfermo e que precisa da atenção do filho, mas a hora não é boa para o clube e a saída dele pode desencadear uma crise nas finanças alvinegras.
- Dutra, que me perdoa a família do Maurício, mas que hora danada de ruim foi acontecer esta doença do genitor do presidente, né mesmo? A dívida do nosso clube é grande e está sendo renegociada, apesar do Sérgio Landau, diretor executivo, terá que assumir a responsabilidade ao lado do vice-presidente Paulo Mendes.
Não insisti no assunto dívidas, Dona Bilu sabe melhor do que eu que se o Botafogo não saldar das dívidas com os jogadores, este negócio de direito de imagem, muitos poderão deixar o clube com o passe livre, como aconteceu recentemente no Vasco da Gama, mas a minha quase centenária amiga sabe muito bem que a situação é tão grave quando a doença do pai de Maurício Assunção.
Com problemas estruturais o Engenhão está fechado e não se sabe quando será reaberto, o governo do Estado do Rio diz que será preciso três ou quatro meses para terminar as obras e assim, somados aos problemas financeiros, o clube está vivendo um inferno astral no lado administrativo e em alto astral no campo esportivo.
- Imagine se o Botafogo estivesse em crise no campo, hem Dutra? Seria o caos total, mas felizmente no campo as coisas estão andando muito bem e aquele empate de ontem não vai atrapalhar nada, encerra o papo a tijucana velha de guerra.
Boa noite, dona Bilu, fique com Deus.
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