Páscoa em Viena: Um sono realizado


A Imperatriz Elizabeteh da Áustria e o filme “Noviça Rebelde” sempre foram fontes de inspiração para nós, eu e Marina, e Viena foi a principal responsável pela escolha do roteiro, Leste Europeu, para a viagem deste ano. Mas cá prá nós, jamais acreditávamos que fossemos realizar um sonho de juventude e de dois jovens de uma classe não prestigiada financeiramente, parecia, como era aquele de ir a Itália ver o Coliseu e o Vaticano, daqueles impossíveis.


Porém, tem sempre um porém, como em um sonho, da mesma forma que em 2008 visitamos o Estado dos Papas e a arena dos leões e gladiadores romanos, o Domingo de Páscoa foi especial e o objetivo foi cumprido, chegados a Viena para ver os castelos, o luxo da nobreza e aquelas imagens só vistas em filmes ou conhecidas através de relatos dos livros culturais ou romances.


Além do Castelo de Schonbrunn, onde viveu a Princesa Sissi, com seu Imperador Francisco José, que é indescritível e somente indo até lá para saber de sua imponência e vivenciar momentos de emoções fortes com o que está preservado, tive o prazer de olhar, tocar, sentar e visitar os camarins e palcos da famosa Ópera de Viena, lugar mítico onde se apresentaram, e ainda se apresentam, os maiores nomes da música e da arte do mundo.

Ver Viena já era um sonho realizado, observar a cidade imperial do alto de uma torre com 175 metros de altura, saboreando um vinho, em boa companhia e com um clima tipicamente europeu não tem preço. Ver Viena com neve e em uma torre giratória passando os olhos na beleza do Rio Danúbio, das grandes avenidas e dos castelos tradicionais só vistos nas telas do cinema, é algo que orgulha um menino saído dos balcões de um bar da pequena e pacata cidade de Miracema, no noroeste do Estado do Rio.

Orgulho maior foi passear, mesmo com chuva, frio e neve, sob as calçadas vienenses, ouvir os campanários das igrejas famosas, construídas no tempo do luxo e da prosperidade austríaca, foi ter caminhado pela Rua Graben e sentar à mesa de um dos cafés mais tradicionais dos tempos do império mesmo sentindo um frio que queimava a orelha mas fazia bem ao coração. 

Viena nos ofereceu a tradição e foi vista de uma forma diferente da idealizada por Marina, que gostaria de ter visto os mesmos campos verdes da primavera austríaca, como no filme citado acima, A Noviça Rebelde, que nos ensinou as canções tradicionais daquele belo país, que foram ouvidas à noite, em um cantinho qualquer na região vinícola da Áustria, onde ouvimos um violino e um acordeão, nas mãos de dois exímios músicos, a tocar as canções que mexeram com nossa alma e nos fizeram viajar pelo tempo e nos imaginar sentado ao lado dos barões, duques ou frequentadores da Corte de Viena. 

Se peguei um ovo da páscoa? Não, apenas saboreei o que a Áustria oferece de melhor, cultura, tradição e muita história para ser vista e contada, mesmo quem em poucas e modestas linhas como esta que deixo por aqui. 

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