O Papa e a Virgem Negra na Polônia

Uma das emoções mais fortes que vivi foi em Fátima, em 2008, quando me vi em frente a imagem de Nossa Senhora, no local de suas aparições para os irmãos portugueses. São momentos que ficam em seu chip de memória por longos e longos anos e jamais será apagado.

Este ano, neste giro pelo Leste Europeu, vivi duas sensações gostosas e duas emoções também digna de ficar no chip da memória. A primeira em Wadowice, onde nasceu o papa mais carismático do mundo moderno, onde embaixo de neve e com um pouco de chuva fomos entronizados na igreja onde ele, ainda Karol Jòsef Woitjla, iniciou na vida religiosa.

O tempo era curto, apenas uma passagem rápida para uma visita de uma hora, por sinal tempo suficiente para andar na pequena cidade polonesa, entrar e conhecer a igreja e tirar algumas fotos no busto erguido em sua homenagem, muito parecido com o que existe em Fátima, e comprar umas lembranças da passagem por Wadowice.

Se alguém no ônibus, eu e Marina inclusive, imaginava que a emoção tinha ficado na neve da praça da igreja, em Wadowice, estava enganado. No caminho para Cracóvia, segunda maior cidade da Polônia, ainda tinha algo muito especial a nossa espera, a visita a Basílica de Czetochowa para ver de perto, muito perto mesmo, a Virgem Negra, padroeira da Polônia.

Não fosse a nossa guia, Irmã Francisca, uma espanhola residente no Santuário Monte Carlo, em Czetochowa, que foi prolixa demais em suas explicações, a turma do ônibus 1, da Abreu Turismo, teria visto muito mais do que nos foi oferecido, mas valeu a pena andar por cerca de duas horas pela basílica e conhecer o santuário da Virgem Negra da Polônia, que apareceu em agosto de 1382 para o Principe Ladislau, que manou erguer o Santuário em sua homenagem.

Para quem passou pelo inferno de Auschwitz, pela manhã, nada melhor do que uma hora e pouca de oração ou visita a algo que te faz muito bem como olhar para imagem da Virgem e agradecer tudo de bom que acontecia na nossa viagem.