A festa da alvinegra Bilu

Estava demorando a ligação de Dona Bilu, a minha quase centenária amiga e campeã do Rio de Janeiro em 2013. A tijucana não apareceu na área após o jogo e somente lá pelas onze da noite, quando eu já estava quase "apagado" pela ressaca da festa de Miracema, é que o celular deu aquela vibrada no canto da minha cama e na tela aparecia: Dona Bilu.

O sono foi para o espaço e fui obrigado a ouvir a festa da campeã e ouvir o bisneto da senhorinha cantar, ou melhor, tentar cantar, o hino do Glorioso de General Severiano. "Escute aí, Dutra, o menino tem apenas seis meses e já canta o nosso hino". Tá legal, ouvi atentamente a quase centenária amiga declamar juras de amor ao Fogão e o menino, cujo nome não me foi revelado, "cantar" o hino do Botafogo FR.

Se fiquei aborrecido? Nada disto, Dona Bilu merece todo o meu carinho e é daquelas amigas sinceras e com quem gosto de conversar as coisas do futebol. E não é que a danada, contrariando ordens médicas, foi a Volta Redonda ver ao vivo e a cores o clássico contra o Fluminense?

- Dutra, não tem nada melhor do que uma vitória do meu Glorioso, diz ela com a voz embargada pela emoção e rouca de tanto gritar o nome de seu novo amor, Seedorf, que parece estar tomando o lugar de Heleno de Freitas no coração da senhorinha.

Quanto pergunto quem é o mais importante para o time, se Jéferson ou Seedorf, ela nem respira para responder. - Cada um no seu cada um, o goleirão da seleção evita os gols e o "deus' de ébano prepara os gols e são importantes para o menino Osvaldinho, que arrumou nossa casa.

Parabéns Dona Bilu e a todos os botafoguenses, como meu cunhado Arthur e meu sobrinho Rafael, que hoje também devem estar com uma gostosa ressaca pós título. Se meu amigo Nenenzinho estivesse entre nós eu garanto que hoje a mulinha dele estaria fantasiada de preto e branco.

- Abraço, Dona Bilu, e Boa Noite.

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