Eternos e lendários treinadores da terrinha

Na telinha da tevê aparece o lendário treinador do Arsenal, vinte anos a frente do clube londrino, e me vem a cabeça: Este é um dos personagens mais importantes do futebol da Europa, é referência para todos os iniciantes e respeitado pelos veteranos, até José Mourinho o admira e sabe que o francês é um dos maiores estrategista do futebol. 

Enquanto assistia Arsenal x Liverpool, fazendo meu exercício diário no simulador de caminhada, estratégicamente colocado em frente a tevê, meu pensamento voava lá para terrinha e buscava, no chip da memória quem foi a lenda como treinador, além de Jair Polaca, o Mito, que eu pudesse dar ênfase em uma coluna? 

E o meu google particular foi buscar Chiquinho Maracanã, o criador do melhor time de minha infância, o fabuloso e famoso Rink EC, que venceu todas as partidas e revelou craques que estarão eternamente na galeria dos maiores da cidade. Buscou José do Carmo, o Carminho, apaixonado pelos futebol infanto/juvenil e um dos expoentes do nosso futebol. 

Voltei ao tempo e encontrei o craque Bitico, cultuado em seus tempos de jogadores e foi o primeiro a me ensinar o jeito certo de jogar futebol, o Time do Bitico fez sucesso na região e, como o Rink, também revelou muita gente boa e que normalmente são citados neste espaço como craques de minha geração. 

Jacy Lopes, treinador bonachão e amigo da garotada , era também um abnegado, deixava seu trabalho e subia a Rua da Laje para treinar os garotos e os rapazes do Vasquinho,  Esportivo e depois Associação, mas antes dele, comandando os garotos do juvenil, o ainda goleiro em atividade, um dos melhores de todos os tempos, Adailton Pimenta, o Bizuca, que insistia em treinar, treinar e fazer a garotada se aperfeiçoar nos seus principais defeitos, eu, por exemplo, aprendi a chutar de perna esquerda após ser proibido de usar a direita em alguns treinamentos, por imposição do Bizuca. 

Juvenal Poeys, o Parente, pode não ter sido um treinador, não joguei sob seu comando, mas era um dos grandes formadores de jogadores e um incentivador, como fora Clarindo Chiapini, Edson Barros, Gerson Coimbra, que viam no futebol um jeito de tirar os garotos da farra e leva-los a disputa sadia dos campeonatos da Liga. 

E, por falar em Liga, claro que me vem a lembrança o mais completo treinador do nosso futebol, homem que sabia como treinar um time, tinha comando forte apesar da voz mansa e educada, e estrategista de qualidade indiscutível, claro que o amigo já lembrou também do Alcir Fernandes de Oliveira, o Maninho, um professor de alto nível que deixou seu nome escrito em um capitulo especial do futebol de Miracema. 

Saio um pouco da cidade, falando em Maninho a lembrança de Amâncio Marques, de Laje do Muriaé, baluarte e super campeão com o Laje EC, cujo trabalho até hoje é lembrado na cidade e anualmente seu nome é saudado com homenagens nas festas do rubro-negro lajense, aliás no dia 12 de setembro podemos comprovar de perto esta doce lembrança daquele que levou o nome do futebol de Laje a ser destaque regional. 

Sei que vou esquecer de muitos, mas aos poucos vou resgatar esta injustiça, Miracema é uma cidade sem memória, e lembrando de muitos abnegados, como Altino Monteiro, que formou um belo time na sua Usina Santa Rosa e escreveu com letras elegantes seu nome no livro do nosso futebol. 

E fechando o papo uma saudação especial ao Jairzinho, do Operário, que como José do Carmo, Chiquinho e tantos outros, terá que ser sempre homenageado pelos desportistas da cidade em prosa e verso, ele, Jairzinho, é ainda a história viva desta turma que um dia fez a alegria de quem gosta de futebol na nossa Miracema. 

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