A triste realidade do futebol carioca
Texto de Ademir Tadeu
Os árbitros continuam cometendo erros e os torcedores cada vez mais se afastam dos estádios. Digo os torcedores de bem, pois falta coragem até para levar seus familiares em determinados jogos que são considerados de alto risco, principalmente os clássicos.
Os baderneiros, que denomino de marginais, saem de casa com o único propósito de brigar e até matar, em nome de uma causa que esses malucos dizem ser o "futebol".
Um
dos campeonatos regionais mais charmosos do Brasil está no fundo do poço,
agonizando, e parece sem forças para reagir, pois aqueles que deveriam
socorrê-lo são os primeiros a denegrir a própria competição. Refiro-me a certos
dirigentes que não estão nem aí pro campeonato, só pensam em tirar proveitos e
vantagens pessoais, deixando os torcedores, que também são parte do espetáculo,
à mercê de suas decisões sem o mínimo de bom senso.
A
falta de estádios não é o nosso único problema.
O grande mal que atinge o nosso futebol, num contexto geral, são os
gestores despreparados, que colocam a paixão por seu clube acima da razão e do
bem comum. A organização tem que partir de cima para baixo, pois o que acontece
dentro das quatro linhas, que é o resultado final, demonstra o quanto o seu
clube é bem ou mal administrado. Vasco e Botafogo, para citar dois exemplos na
prática, resumem o meu comentário. Como em toda regra há exceções, o futebol
não fica fora dela.
Dentro
de campo, a crise técnica é mais do que alarmante, pois alguns jogadores
não têm a mínima condição de ser um atleta profissional, mas ao contrário,
fazem parte do elenco dos quatro grandes e, em algumas oportunidades, são até
chamados de "craques", ou seria "crak"?
Os árbitros continuam cometendo erros e os torcedores cada vez mais se afastam dos estádios. Digo os torcedores de bem, pois falta coragem até para levar seus familiares em determinados jogos que são considerados de alto risco, principalmente os clássicos.
Os baderneiros, que denomino de marginais, saem de casa com o único propósito de brigar e até matar, em nome de uma causa que esses malucos dizem ser o "futebol".
O esporte que aprendi a gostar é o de estádios cheios, com as
lindas bandeiras tremulando, os gritos de incentivo ao seu time, craques aos
montes dentro de campo, ídolos que se respeitavam e jogos e decisões de tirar o
fôlego. Reconheço que nem tudo era perfeito, cometiam-se erros, mas era muito
mais gostoso em todos os sentidos de curtir e torcer pelo seu time.
O futebol era tão mais
bonito e saudável que reverenciávamos até o ídolo adversário, não importando a
camisa que vestia. A rivalidade é sadia e necessária para qualquer esporte,
pois sem ela tudo seria muito sem graça, mas falo da rivalidade dentro de
campo, pois o que vemos fora são somente ódio e rancor.
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