Por que não vou ao Maracanã neste domingo?

Até pensei em ir conhecer o novo Maracanã neste domingo, os veteranos amigos Ermê Sollon e Dona Bilu, quase centenários e cheios de disposição, sairão ao lado de filhos e netos, de Niterói e da Tijuca, rumo ao estádio para ver o clássico Botafogo x Flamengo, às seis e meia, porém, tem sempre um porém, creio que não seja um bom momento para este primeiro contato com meu velho companheiro de longas jornadas e agora totalmente repaginado.

Gostaria muito de ter a companhia agradável dos meus caros personagens constantes de minhas colunas, mas ao ver as escalações de alvinegros e rubro-negros e vislumbrar um clima ainda hostil entre as torcidas rivais, me vejo impelido a não comparecer a nova arena dos cariocas e ficar na minha poltrona favorita, diante de minha tevê em alta definição, assistindo no Premiere mesmo que a narração seja de Luis Carlos Júnior e os comentários de Roger Flores. 

Sou do tempo em que a geral  do Maraca era um lugar sagrado, de onde víamos Garrincha, Didi, Dida, Henrique, Jairzinho, Paulo César, Zico, Adílio, Manga, Marcial, Nilton Santos ou Leandro, além de Júnior, Roberto Miranda e outros fantásticos craques que envergaram os mantos sagrados do Botafogo FR e CR Flamengo.

Cá pra nós, bem baixinho, que ninguém nos ouça: Sair de Campos, enfrentar quatro ou cindo horas o trânsito da BR 101, violenta e cruel, pegar engarrafamento nas ruas do Rio de Janeiro e fugir dos bandidos e marginais das torcidas ou fora dela, para ver este clássico sem estrelas, perdão Seedorf, você é a única luz a clarear o novo Maraca, mas, como diz meu velho amigo Motta, viajar até o Rio, ir ao Maraca, para ver o craque adversário? Me inclua fora desta.


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