Festa dos quarentões no Arisão

Ontem, um domingo com sol aberto, temperatura beirando aos 30 graus logo pela manhã, fui ao Arisão, aqui bem pertinho de casa, para ver a decisão do Campeonato Campista de Veteranos, chamado de "Quarentão" pois só aceita inscrições de jogadores acima dos quarenta anos e que encerrou a décima temporada em grande estilo, na Rua do Gás, em jogo entre os melhores do ano na categoria, Limite e Leopoldinense, que fizeram um jogo cheio de lances de alto nível e bem interessante.

Festa no campo, festa nas arquibancadas, festa no entorno do estádio e alegria dos ambulantes, que devido ao calor e ao horário de verão, que começou neste domingo, deitaram e rolaram na venda de cervejas, água mineral, refrigerantes e churrasquinhos, que por sinal o preço estava decente e não vi a chamada "roubalheira" tradicional nos jogos de Americano e Goytacaz nos últimos anos.

Bom papo com amigos que não via há alguns meses, como o Luis Ávila, que foi ao Arisão torcer pelo time de seu bairro, o Leopoldinense, e me contou histórias bem legais do jogo do alvirrubro nos campeonatos que participou e ficou, como todos no setor onde estava a torcida do seu time, totalmente decepcionado quando o goleiro Vitor levou um frango histórico e que, praticamente, abriu o caminho da vitória do Limite.

Grande público presente ao estádio do Goytacaz FC, calcula-se em três mil torcedores presentes na manhã de domingo, grande jogo enquanto os quarentões tiveram fôlego suficiente para uma corrida aqui, outra ali, uma carregada de bola ou um chute mais poderoso visando o gol adversário. Se faltou gás não faltou categoria, entre os vinte e seis ou vinte e sete jogadores, que estiveram em campo, noventa por cento é atleta desconhecido por mim e que não tiveram passagem marcante por um dos clubes da cidade, exceto Pelica, "importado" pelo Limite, que ditou o ritmo do time até o final da partida.

Bons momentos do jogo me fizeram esquecer que ali estavam jogadores bem veteranos, como Valério, também do Limite, Fernando Cruz e Edu, ambos do Leopoldinense, que como Pelica jogaram por Americano e Goytacaz, davam um toque especial na partida e botavam um pouco de luz na face do torcedor ávido por um bom jogo, coisa rara atualmente entre os frequentadores do Brasileirão, campeonato maior do país que um dia foi chamado país do futebol.

Final de jogo uma festa do Limite, que conquistou mais um título do máster quarentão e o placar, 3x2, espelha o que foi o jogo, equilibrado e decidido apenas nos pequenos detalhes, ou seja, falhas naturais de quem deu tudo de si para a vitória e foi traído pela idade ou, literalmente, pelo peso do corpo. 

Para encerrar é necessário que seja elogiada a disciplina dos atletas e da torcida que se comportaram como verdadeiros amantes do bom futebol e da amizade. 

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