Sexta-feira é dia de... papear com o "Cumprido".
Éramos Seis, não é novela da Globo, isto mesmo, éramos seis, mas o tempo passou e nos tirou três, não temos mais ao nosso lado o Paulinho, o Canário e o Fernandinho, estamos eu, Marco e Zé Mário, este agora é presença mensal, e, no tal de sextou só eu e Marco sobrevivemos para ouvir nossas canções na "caixinha do demônio", onde os jovens guardas ainda cantam para nós, e o Lenilson curte adoidado e fica até um pouco mais tarde do que o normal dos dias de "feiras" da semana.
Nossa mesa era na calçada, de onde víamos o passar dos carros e ouvíamos os gritos dos amigos que passavam, as vezes em velocidade e outras com a lentidão suficiente para a troca de um dedo de prosa rapidinha ou a espera de um convite para descer e participar da conversa que tinha de tudo, exceto a maldita política que, aliás, nunca fez parte do nosso cardápio de assunto, hoje adentramos ao recinto do "armazém", o frio deixa um vento gelado na calçada e os velhos não aguentam ficar por lá.
E, por falar em cardápio, este é o único boteco que não tem tira gosto, não tem belisquete, exceto o queijo ou a muçarela que Lenílson corta e tráz para o Marco, que não fica cinco minutos sem mastigar, diferente deste que vos escreve, que prefere bebericar sem um sal para atrapalhar o gosto da cerva ou do vinho. Sou diferente, né mesmo?
O detalhe é que a música, de nossa sexta-feira, no "armazém", se repete e não nos incomoda, é colocada em uma altura que não atrapalha a conversa, sempre tendo o Flamengo como tema principal, e, de vez em quando aparecem os "convidados" como Evaldo de Andrade, Leandro Gomes, o Henrique... Os filhos são como o Zé Mário, aparecem de mês em mês ou até com espaço maior, este é o nosso cantinho dos finais de semana, meu e de Marco Aurélio Motta, meu amigo, o irmão que ganhei nesta Campos dos Goytacazes, o velho e bom "Cumprido".
E daqui a pouco ele pergunta: "Hoje tem espetáculo?" E a resposta é rápida: "Tem sim, senhor!"
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