Sexta-feira é dia de... papear com o "Cumprido".

 

Pois é... hoje é sexta-feira, para muitos "dia internacional da cerveja" e, para outros punhados, o dia de jogar conversa fora num boteco da rua ou em um bar elitizado, em algum ponto nobre da cidade. Eu, por exemplo, gosto do meu cantinho, aqui na Rua Formosa, na intrépida Campos, onde posso me sentar, sem algum compromisso, no nosso "armazém", comandado com maestria pelo Lenílson, que tem sempre uma cerveja bem gelada. Aposto que hoje ele não se esqueceu do Cabernet Sauvignon, chileno claro, para esquentar a noite, que promete ser das mais frias, deste julho, que já passou da metade. 

Éramos Seis, não é novela da Globo, isto mesmo, éramos seis,  mas o tempo passou e nos tirou três, não temos mais ao nosso lado o Paulinho, o Canário e o Fernandinho, estamos eu, Marco e Zé Mário, este agora é presença mensal, e, no tal de sextou só eu e Marco sobrevivemos para ouvir nossas canções na "caixinha do demônio", onde os jovens guardas ainda cantam para  nós, e o Lenilson curte adoidado e fica até um pouco mais tarde do que o normal dos dias de "feiras" da semana. 

Nossa mesa era na calçada, de onde víamos o passar dos carros e ouvíamos os gritos dos amigos que passavam, as vezes em velocidade e outras com a lentidão suficiente para a troca de um dedo de prosa rapidinha ou a espera de um convite para descer e participar da conversa que tinha de tudo, exceto a maldita política que, aliás, nunca fez parte do nosso cardápio de assunto, hoje adentramos ao recinto do "armazém", o frio deixa um vento gelado na calçada e os velhos não aguentam ficar por lá. 

E, por falar em cardápio, este é o único boteco que não tem tira gosto, não tem belisquete, exceto o queijo ou a muçarela que Lenílson corta e tráz para o Marco, que não fica cinco minutos sem mastigar, diferente deste que vos escreve, que prefere bebericar sem um sal para atrapalhar o gosto da cerva ou do vinho. Sou diferente, né mesmo? 

O detalhe é que a música, de nossa sexta-feira, no "armazém", se repete e não nos incomoda, é colocada em uma altura que não atrapalha a conversa, sempre tendo o Flamengo como tema principal, e, de vez em quando aparecem os "convidados" como Evaldo de Andrade, Leandro Gomes, o Henrique... Os filhos são como o Zé Mário, aparecem de mês em mês ou até com espaço maior, este é o  nosso cantinho dos finais de semana, meu e de Marco Aurélio Motta, meu amigo, o  irmão que ganhei nesta Campos dos Goytacazes, o velho e bom "Cumprido". 

E daqui a pouco ele pergunta: "Hoje tem espetáculo?" E a resposta é rápida: "Tem sim, senhor!"

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