Na fila do pão - Papo da vida e da bola

 A tarde não tenho o costume de sair para a compra do pão nosso de cada dia, às vezes prefiro um bolo ou um pão de forma, tostado, para os lanches vespertinos. Porém... tem sempre um porém, o frio me fez sair de casa para buscar um pão quentinho e aproveitar para papear um pouco com os velhos amigos matinais já que hoje pela manhã o frio de dez graus espantou a metade dos velhinhos da nossa famosa fila do pão matinal. 

Mas foi legal, revi alguns amigos que não via há algum tempo e outros, aqueles mesmos da manhã, que não perdem uma tarde na padaria. "Nossa tarde fica mais gostosa quando chegamos por aqui", diz Edu me convidando para outras visitas vespertinas e, já entrando no assunto do dia: A chamada para Fernando Diniz comandar, interinamente,  seleção da CBF. 

- E o que você achou disto, meu caro Dutra? A resposta foi rápida e parece que a turma aceitou e concordou comigo. Eu: - Quem sou eu para contestar a decisão da CBF, eu não curto seleção e não ligo para a CBF, e, pelo que me parece, a entidade também não gosta da seleção e por isto convoca um interino para dirigi-la em uma Elininatórias, que começa em setembro, para a Copa do Mundo de 2026. 

Silêncio na fila do pão, e isto me deu a certeza de que foi unânime o apoio a minha resposta, senão foi pelo menos ninguém contestou e acredito que não sou o único a não curtir a seleção e a CBF no momento. Concordam ou não?

E na saída meu velho companheiro Carlinho conversava com a menina do caixa e queria saber dela e a minha sobre comidas que gostamos. E aí, Sr Adilson, querem saber o que gosto de comer e pergunto o mesmo para o senhor. Que gostas? 

Eu até tentei fugir da pergunta, mas fui muito claro. Adoro bacalhau, quando criança não podia come-lo, sou fã de massas, como desde criança pequena em Miracema, mas o que gosto mesmo é um arroz, fresquinho, com ovo não muito passado, com gema bem soltinha. E a menina do caixa quis saber porque gosto do tal "roscovo". 

Expliquei: Nos tempos das vacas bem magras, lá pelos anos 1960 e principio dos anos 1970, a grana era muito curta e quando saíamos, eu e turma, para ver as namoradas, em Pádua, cidade vizinha a nossa Miracema, o dinheiro era contado para o ônibus de volta, se não encontrasse carona, e para um lanche no Bar Tio Patinhas, que ficava aberto 24 horas por dia, e, sempre evitei o lanche, era mais caro e comia pouco, preferia o "meio arroz com um ovo frito", era o que dava a pouca grana, e não deixei de comer este "roscovo" até hoje. 

Eles riram, mas concordaram que, realmente, é muito bom este prato "russo". Rimos juntos. 

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