Domingo de luto no jornalismo e no esporte brasileiro

Queria muito comentar sobre a rodada de hoje, pelo Brasileirão, mas não ando muito bem da cabeça e nem do coração neste final de semana trágico para o jornalismo e o futebol deste país, que vai, dentro de poucos dias, sediar uma Copa do Mundo de Futebol.

Ontem, apesar de ser um sábado bem alegre, que passei na companhia de amigos vascaínos, aliás nem o jogo contra a Portuguesa eles assistiram, o que fizeram muito bem, o jogo foi uma droga, como sempre são os jogos desta Série B do Brasil e como foi, pelo menos o primeiro tempo, de São Paulo x Atlético  Mineiro, no início da noite.

Mas o final da noite foi triste. Ao chegar à casa, por volta da meia noite, ligo a tevê e vejo estampada a foto de Maurício Torres com sinal de luto. Me espantei, o cara vai embora com 43 anos, me parecendo estar na melhor forma possível e nos deixa assim sem mandar qualquer recado? Tudo bem, Luciano do Valle foi um choque, mas sabíamos que ele não andava muito bem e nem bem recuperamos de um susto, a morte do companheiro/amigo José Augusto, aqui na cidade, vem mais outra pancada.

E não foi só esta triste notícia do final de semana, quando me sento aqui, no laptop, para comentar a rodada e falar um pouco do nosso outrora alegre futebol, leio mais uma trágica informação: Morre Marinho, o Bruxa, ex-lateral do Botafogo, Seleção Brasileira e Fluminense, além de São Paulo e outros clubes brasileiros.

Marinho Chagas, aquele que na estreia, no Botafogo, deu um chapéu em Pelé e saiu com o peito estufado e cheio de graça. Marinho Bruxa, aquele que brigou com Leão, na Copa de 74, porque foi ao ataque,contra a Polônia, e deixou o corredor aberto para Lato marcar e criar jogadas que deram a vitória aos poloneses na semifinal.

E então, falar o que do futebol? Mais um dia de luto para o jornalismo e o esporte brasileiro e por isto é melhor o silêncio, e, como disse o Bicudo: "Luto mesmo vai ser logo mais, em Minas Gerais". Bom domingo. 

Comentários

  1. Em 2001 estive com um amigo para participar das perguntas esportivas que o Sportv estava fazendo para os assinantes. Fui ao Projac e lembro-me do Mauricio Torres. Ele chegou a brincar comigo chamando-me de "francês". Foi embora muito cedo mesmo. Quanto ao Marinho Chagas também causou surpresa. Parece que o Pedrão está chamando mais gente por esses tempos.

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  2. Como vc bem detalhou, duas perdas irreparáveis e muito sentida para aqueles que gostam do esporte. O Maurício foi mais rápido, pois adoeceu no princípio de Maio e logo morreu. Marinho estava adoentado há tempos e aguardava na fila para um transplante de fígado.

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  3. Com certeza ficamos muito entristecidos quando somos surpreendidos com essas notícias.
    A morte é uma coisa muito triste. Sabemos que é inevitável, porém é triste, mesmo quando dizem que não existe morte, só vida, apenas mudados de lado, não conforta. Preocupa sempre.
    Recentemente fiz a seguinte pergunta a um amigo espírita: na teoria dos ensinos espíritas existem muitos espíritos querendo reencarnar e nós aqui não estamos a fim de desencarnar, então, estou chegando a conclusão que lá no outro plano as coisas não são tão boas assim, estou certo ou errado?
    Explicou-me o porquê disto, mas não fiquei convencido. Então, fiz um resumo que entendo como bom no que conheço do catolicismo, protestantismo e espiritismo e passei a adotar como princípio de vida. Sou apenas um Cristão. E seja o que Deus quiser! Pois não adianta espernear e sim por em prática os ensinamentos passados por Jesus Cristo e seus Santos.

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  4. O Marinho foi talvez o melhor apoiador pelo lado esquerdo do campo que eu vi jogar. Num determinado período ele e o PCLima tanto no Flu como na seleção passaram da conta, jogaram muito mesmo. O Marinho chutava como poucos, Nelinho, Rivelino, Roberto Carlos e o nosso conterrâneo estariam no mesmo nível de força e efeito. O Mais triste disso, é o fato de estarmos tão próximo a uma copa aqui no território nosso e grandes nomes ligados diretamente ao futebol estão partindo sem poder realizar um sonho de todos nós, ver aqui uma copa do mundo . Maurício Torres tão jovem, um garoto ainda cumprindo com profissionalismo e sempre muito simpático na telinha. Uma pena. Todos dois devem ter deixado um legado ou pra história do jornalismo ou para o futebol.

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