Bicudo bota o manto e desabafa
Bicudo me aparece esta manhã, aqui no prédio, sem o uniforme tradicional, que foi trocado por uma bonita camisa do CR do Flamengo, autografada pelo ídolo Zico e que o meu porteiro resolveu tirar do armário para passar o sábado festejando, segundo ele, mais uma classificação para final de um Campeonato Carioca.
Mesmo trajando o seu "manto'o favorito, ele é quem diz assim, Bicudo não está feliz, parece que falta algo no amigo. Tentei tirar dele o máximo possível, porém, tem sempre um porém, o moço não soltou o motivo da falta de uma gargalhada tradicional das manhãs no Itaparica.
O que teria acontecido? Fomos e voltamos a padaria e Bicudo calado. Arrumamos o de festas, onde haverá uma reunião de amigos logo mais, e nada, o moço calado e pensativo. Depois de muita conversa ele soltou o que estava lhe remoendo:
- Chefia, eu tô muito triste, esta manhã, ao pegar esta camisa para vestir logo mais, pensei comigo e falei com a patroa: Jamais terei um ídolo como Zico, e pensei no que você falou comigo, na quarta-feira, e estou desde então aporrinhado com este negócio de futebol.
- E o que foi que eu falei contigo? Perguntei.
- Chefia, você disse que quem tem Brocador como ídolo é porque não viu os grandes times do Flamengo jogar, Dida, Zico, Adílio, Leandro agora são esquecidos e o torcedor quer saber de Hernane, André Santos, e tem gente até que tem saudade do Elias. Maldade ou verdade, professor?
Ih! Rapaz, o cara me pegou, o que falar com ele? Se eu disser que é verdade estarei perdendo um amigo, mas se falar que não é nada disto estarei mentindo, então perguntei: E você, o que acha disto tudo?
E o amigo, humilde e sincero, foi logo encerrando o papo: - E você acha que tirei a dez do Zicão do armário, botei no corpo para vir trabalhar por que? Eu ainda sou Zico e sua turma, o resto é cabeça de bagre, e logo mais vamos golear a Cabofriense.
- Quem Bicudo?
- Para com isto, chefia, não estrague o meu sábado.
Mesmo trajando o seu "manto'o favorito, ele é quem diz assim, Bicudo não está feliz, parece que falta algo no amigo. Tentei tirar dele o máximo possível, porém, tem sempre um porém, o moço não soltou o motivo da falta de uma gargalhada tradicional das manhãs no Itaparica.
O que teria acontecido? Fomos e voltamos a padaria e Bicudo calado. Arrumamos o de festas, onde haverá uma reunião de amigos logo mais, e nada, o moço calado e pensativo. Depois de muita conversa ele soltou o que estava lhe remoendo:
- Chefia, eu tô muito triste, esta manhã, ao pegar esta camisa para vestir logo mais, pensei comigo e falei com a patroa: Jamais terei um ídolo como Zico, e pensei no que você falou comigo, na quarta-feira, e estou desde então aporrinhado com este negócio de futebol.
- E o que foi que eu falei contigo? Perguntei.
- Chefia, você disse que quem tem Brocador como ídolo é porque não viu os grandes times do Flamengo jogar, Dida, Zico, Adílio, Leandro agora são esquecidos e o torcedor quer saber de Hernane, André Santos, e tem gente até que tem saudade do Elias. Maldade ou verdade, professor?
Ih! Rapaz, o cara me pegou, o que falar com ele? Se eu disser que é verdade estarei perdendo um amigo, mas se falar que não é nada disto estarei mentindo, então perguntei: E você, o que acha disto tudo?
E o amigo, humilde e sincero, foi logo encerrando o papo: - E você acha que tirei a dez do Zicão do armário, botei no corpo para vir trabalhar por que? Eu ainda sou Zico e sua turma, o resto é cabeça de bagre, e logo mais vamos golear a Cabofriense.
- Quem Bicudo?
- Para com isto, chefia, não estrague o meu sábado.
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