Evolução do material esportivo - II

Hoje, assistindo ao documentário da Adidas e vendo os atletas se vestirem como reis e desfilando qualidade ISSO 9000, fico aqui murmurando e reclamando, comigo mesmo: Ah! Se no meu tempo tivesse este material a minha disposição, será que ele me levaria seleção brasileira? Para com isto, sonhador, material ruim e boleiros refinados no meu tempo, material de primeira e boleiros de má qualidade nos tempos modernos.


Me lembro do primeiro chute em uma bola de verdade, uma bola DRIBLE, zerinho, levada pelo time do Arsenal de Marinha, adversário do Tupã em um amistoso lá na terrinha, chutei a primeira e gostei, mas antes, no pré-jogo, o Alvinho Gonçalves, que já tinha jogado com uma daquelas no Flamengo, me ensinou direitinho como pegar na pelota e não fiz vexame, apenas uns dois ou três chutes, a La Polaca, que foram parar lá no Prudente de Moraes, depois me acostumei e foi show de bola.

E ainda me chamavam de mascarado por levar o calção, feito pela minha mãe, minha chuteira, confeccionada pelo Deoclides, meiões, comprados pelo Vovô Vicente, na Casa Marcelino, tudo isto para não vestir o material infestado, e me perdoe se estou sendo cruel, fedorento usado naquele tempo, a camisa, bem, a camisa não dava mesmo para comprar e assim tinha a obrigação de sentir aquele suor antigo e “cheiroso” durante noventa minutos.



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