Adeus Ronzê, o Artilheiro Bandeirante

Recebo, agora pela manhã, enviada pelo amigo Tadeu Miracema,  a triste notícia do falecimento de um dos grandes artilheiros da minha Miracema, Ronzê, aquele Camisa Nove autêntico, "matador" e até certo ponto com habilidade suficiente para dominar e arrematar. Um amigo dos bons tempos do futebol da "terrinha" e o cara que mais me deu alegria de gritar GOOOOLLL nas narrações da Rádio Princesinha nos anos 1980, creio que foi o maior artilheiro do Bandeirantes, cujo time ainda "machuca" o coração do torcedor miracemense com sua ausência dos gramados. 

Ronzê, em conversa comigo, sempre ouviu de mim elogios e nunca ensinamentos ou críticas, o que ensinar a um cara que sabe o que faz em campo? O que falar para um rapaz inteligente e sério sobre a vida? Gostava mesmo era de ouvir dele que era meu fã e que já tinha me visto jogar, mas o melhor para ele era ouvir as gravações de seus gols narrados por mim, e a minha alegria era saber que havia reciprocidade em nossas ideias, eu fã e ele fã. Bem bacana isso. 

E hoje fico triste com a perda do amigo, que muitas vezes comentei, na Kiskina, onde sempre batíamos longos papos, que se jogasse hoje teria vaga em qualquer time da Europa, seu jeito firme de jogar dentro da área, ganhando as divididas sem apelar para faltas ou deslealdade, eram sua marca registrada, e até poderíamos repetir a frase da torcida do São Paulo FC, para Calleri: "Toca no Ronzê que é gol". 

Tudo bem, com aquele time era mais fácil, dirão os amigos que viram aquele Bandeirantes jogar, certo, concordo. Mas Biluzinho, Carlos Feijão e Dequinha sabiam que poderiam jogar na área que lá estava o artilheiro Ronzê para colocar no fundo... no fundo.... no fundo das redes, como eu narrava, dos adversários. 

Lá se vai Ronzê, fará parte do time que tem Fernando Monteiro e Luiz Carlos, seus companheiros do Brasil (Bandeirantes) lá no céu.  Obrigado, Artilheiro, você fez muita gente feliz no Ferradurão.