Flamengo vence e Joel ganha sobrevida

Pobre Flamengo! Pobre torcedor rubro-negro! O que estas seis mil pessoas, que foram ao Engenhão, e os milhões, que ficaram diante da televisão, para ver Flamengo x Atlético Goianiense, pelo Brasileirão, neste domingo, devem estar se perguntando até agora: "Isto é um time de futebol?"


Eu confesso que há muito não vejo um time tão ruim, talvez aquele de 1971, dirigido pelo mineiro Yustrich, que tinha como grande estrela o famoso Fio Maravilha e como destaque o zagueiro Onça, recém chegado da Bahia, e que tinha como companheiro de zaga o terrível Tinho, na quarta zaga, e o lateral Tinteiro, folclórico e ruim como os seus companheiros.


Hoje, ao lado do meu filho mais velho, Ralph, vi a partida com olhos críticos e pensando em tecer algum comentário a respeito do treinador Joel Santana, queimado pela diretoria e que de culpado da atual situação não tem nada, afinal não foi ele quem escolheu o elenco e não foi ele que contratou Welinton Silva, Magal, Amaral e outros, que vieram para as vagas de Galhardo, Júnior César e Deivid Braz, que também não foram dispensados por ele.


Dá pena olhar para o banco e ver as opções de Joel. Dá pena olhar para a escalação de Joel e ver quem ele tem a disposição. Dá pena ver o torcedor do Flamengo sair as ruas, após vitória contra o "grande" Atlético Goianiense, apertado e com uma grande atuação do goleiro Paulo Vitor, que impediu o empate do time de Goiás. Dá pena de ver uma camisa respeitada e centenária ser vilipendiada da forma que os dirigentes, liderados por Patrícia Amorim, de forma cruel e insana.


Os três pontos não são suficientes para chegar a liderança, mas ao vencer um adversário direto pela luta contra o rebaixamento, o Flamengo passou a respirar melhor, porém, tem sempre um porém, o adversário do próximo domingo será o Fluminense e aí a história muda de tom. 

Comentários

  1. Adilson, ontem o "senhor futebol", já centenário e cansado de tudo de ruim que andam praticando com o seu nome, teve um suspiro de alegria e esperança com a vitória e a consequente conquista da Euro pela Espanha, que mostra ao mundo, e que o Barcelona também o faz, que o "senhor futebol" ainda sobrevive com toques envolventes, com poucas faltas e erros de passes, e que a essência do referido esporte, que é o gol, é muito mais fácil de se chegar com um conjunto de talento do que um monte de cabeçudos protegendo a sua defesa. Não é o caso da Itália, que até tem bons jogadores, mas especificamente o que se passa atualmente com o futebol brasileiro. Técnicos ultrapassados, com esquemas ridículos e com um grande medo de perder, que acaba tirando a vontade de ganhar. A culpa não é só dos técnicos, que tem uma parcela maior por ser o comandante, mas os atuais jogadores estão se achando o "cara", só pensando individualmente, deixando o coletivo à deriva. Alguns jogos do brasileirão estão pior do que os jogos da segundona da Inglaterra, que a Espn mostrou na última temporada. Isso sem falar nas condições dos gramados, que não chegam nem perto do gramado reformado do estádio municipal aqui de Miracema. Aí eu pergunto: se aqui eles conseguem manter o gramado em condições dignas com jogos da terceirona carioca e algumas peladas, o porque de um time profissional de um país com tantas glórias no futebol desprezar e maltratar tanto a sua casa? Coisas do pobre e ultrapassado futebol brasileiro, outrora rico em craques e hoje decadente desde a parte administrativa até as divisões de base. Aí está a grande diferença do futebol espanhol para o brasileiro, principalmente nas categorias juvenis, onde o atleta é preparado para o jogo coletivo.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Eis a minha seleção

Brasileirão volta amanhã

Derrotas e DERROTAS