O GALO QUE FEZ HISTÓRIA NO BOXE


Vejo as homenagens a Eder Jofre, o primeiro ídolo não "boleiro" aqui neste país do futebol, e fico imaginando como seria se o maior pugilista, categoria Galo, de todos os tempos, tivesse nascido nos Estados Unidos, onde o boxe é uma paixão nacional.

Não sou fã do boxe, muito pelo contrário, seria até um ativista a favor do fim do chamado esporte dos nobres, porém, tem sempre um porém, Eder Jofre foi um campeão autêntico e com uma categoria reconhecida em todo o mundo esportivo nos anos 60.

Parece que foi ontem, mas foi a cinquenta anos atrás, abria a Manchete Esportiva, que meu avô Vicente Dutra nunca deixou faltar na minha cabeceira, eu via estampada a foto do mexicano Eloy Sanches, seu rival na luta final de seu primeiro título mundial, com a cara ensanguentada após a surra do garoto brasileiro.

Me lembro de ter ido, no dia seguinte ao evento, até a barbearia do Gérson (Gerson Alvim Coimbra), na Rua Direita, em Miracema, para zoar o meu barbeiro, Eloí Ávila, e chama-lo insistentemente de Eloy Sanches, e o pobre do moço da Água Solu não entendia nada do que eu estava falando e só concordava debaixo de sua humildade e educação.

Depois vieram outros, que foram devidamente nocauteados pelo Galo de Ouro do Brasil, mas aí a história já estava sendo contada por todos os jornais e até a televisão já mostrava suas magníficas lutas até a derrota contra o japonês Harada, em decisão equivocada dos jurados.

O grande Eder Jofre ainda tentou de novo. Decepcionado, Eder voltou aos treinos e pediu uma revanche, Novamente, no Japão, dessa vez em Tóquio. A história da luta, porém, foi a mesma. No dia 1º de junho de 1966, Eder lutou um combate parelho, mas foi melhor que o japonês. Isso não foi suficiente para os juízes, que novamente apelaram à patriotada e deram vitória a Harada.

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