Clássico do Rio: Pouca coisa a comentar

Um dia de cão no Estádio Nilton Santos, que deve ter ficado muito triste no lugar onde estivesse no momento do jogo. Brigas de torcidas, prisões de marginais infiltrados nas organizadas, mais uma lamentável atuação de Luis Antonio Silva Santos, o Índio, reinventado este ano pela Ferj, outra atuação decepcionante do Fluminense e o que restou foi a força física e a determinação do Vasco, que mereceu a vitória e, para fechar o parágrafo, a fraca presença do público, que determina o desinteresse geral deste campeonato ridículo promovido pela entidade maior do nosso futebol.

Claro que tentei ver o clássico, mas o nível do jogo está tão medíocre que se houver opções eu troco e ontem, pelo menos por grande parte da partida do Engenhão, pude assistir ao jogo do Real Madrid, pelo Espanhol, e me fartar de prazer com as jogadas dos craques Merengues e olhar um pouco do Italiano, onde também falta qualidade mas não falta a motivação do público, que aliás está escasso aqui pelo Rio de Janeiro.

Aqui próximo de mim, em Macaé, o alvianil praiano venceu o fraco Boavista, 1x0, e na Região dos Lagos a Cabofriense bateu p Friburguense por 3x0 e foge da zona de rebaixamento, enquanto lá na parte de cima o Volta Redonda perdeu a grande chance de se firmar ao empatar, no sábado, com o Bangu, jogando em casa, por 1x1, mas o empate com o Flamengo levou o Madureira, bem organizado por Toninho Andrade, a também sonhar com uma vaga nas semifinais, e o Fluminense que se cuide. 

Comentários

  1. Escolhi o dia errado para assistir os dois primeiros jogos do carioca. As partidas do Flamengo e o chamado "clássico" foram dignas com tudo que está em volta com a organização do torneio. Um dos campeonatos regionais mais charmosos do Brasil está no fundo do poço, agonizando e sem forças pra reagir, pois aqueles que deveriam socorrê-lo, são os primeiros a denegrir a própria competição. Refiro-me a alguns dirigentes que não estão nem aí pro campeonato, só pensam em tirar proveito e vantagens pessoais, deixando os torcedores, que também são parte do espetáculo, à mercê de suas decisões sem o mínimo de bom senso. Dentro de campo, a penúria técnica é mais do que alarmante, pois a maioria dos jogadores não tem a mínima condição de ser um atleta profissional, mas ao contrário, fazem parte do elenco dos quatro grandes e em algumas oportunidades, são até chamados de "craques", ou seria "crak"? Os árbitros continuam cometendo erros absurdos e os poucos torcedores, digo que podemos chamar de marginais, esses que saem de casa com o único objetivo de brigar e até matar, em nome de uma causa que esses malucos dizem ser o "futebol". O futebol que aprendi a gostar é o de estádios cheios, com as lindas bandeiras tremulando, os gritos de incentivo ao seu time, craques aos montes dentro de campo, ídolos que se respeitavam e jogos e decisões de se tirar o fôlego. Eu reconheço que nem tudo era perfeito, cometiam-se erros também, mas era muito mais gostoso em todos os sentidos de curtir e torcer pelo seu time. O futebol era tão mais bonito e saudável, que reverenciávamos até o ídolo adversário, não importando a camisa que vestia. A rivalidade é sadia e importante pra qualquer esporte, pois sem ela tudo seria muito sem graça, mas falo da rivalidade dentro de campo, pois o que está ocorrendo fora dos gramados é algo inadmissível para um torcedor que se diz do "bem". A IMPUNIDADE assola a nossa sociedade e causa prejuízo a todos.

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    Respostas
    1. Muito bom. Muito bom mesmo.
      Esses caras que saem de casa pra brigar, já saem com local e hora marcada para o confronto, eles não brigam por paixão ao clube e sim por paixão a torcida de nome A contra a torcida de nome B (exemplo: FLABABACA contra VASMACHÃO, FLUMATANÇA contra FOGÃOASSASSINO e por aí vai, eles nem entram nos estádios, apesar de receberem ingressos e um Fuscão no juízo final.

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  2. Excelentes comentários. Apenas repito o que venho dizendo há anos: o campeonato do Rio foi charmoso até o final do século passado, a bem da verdade até os anos 90, daí em diante virou campeonato estilo canavial (não me canso de repetir isso). Flamengo, Fluminense e Vasco, excluo o Botafogo, fizeram de tudo para ganhar campeonatos no peito e na raça, sendo apoiados pela mídia, com seus fanáticos torcedores travestidos de jornalistas esportivos. Coloquei o Vasco na jogada embora tivesse uma participação muito menor dos que a famosa dupla da bagunça do futebol carioca, mas como não existe meio virgem, é ou não é, por isso, coloquei o Vasco no mesmo balaio.
    Essa dupla da zona sul da cidade do Rio, passa uma imagem de correta, boazinha, certinha e tal, porém, é muito safadinha, gosta de maracutaias por debaixo dos panos, coisa de gente fina, não é como o quebra-barraco da zona norte.
    Hoje, a bem da verdade, o campeonato do Rio de Janeiro é tão charmoso como a própria cidade, tiros de manhã, à tarde e à noite com armas de diversos calibres. É bonito isso?

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  3. Naquele tempo até os pênaltis marcados nos jogos do Vasco em São Januário eram charmosos, pois diz à lenda que eram pênaltis imaginários, embora, todos tivessem existido, portanto bem marcados pelos árbitros. O que acontecia era o seguinte: a TV filmava tudo com uma única câmera, não é como hoje onde nas transmissões esportivas dezenas de câmeras são usadas, então, parecia que os pênaltis não eram pênaltis, pura ilusão de ótica devido ao ângulo da câmera, e para consolidar esta lenda, tinha a Rádio Globo com seus comentaristas, narradores e repórteres, todos: flamenguistas, tricolores e botafoguenses. Agora, o que os vascaínos não podem negar é que, aqueles pênaltis ajudaram bastante ao Vasco da Gama chegar a final para disputar títulos com Flamengo, Fluminense e Botafogo. Nunca o Vasco ganhou uma disputa de título com ajuda dos auxiliares e do árbitro, nunca, não temos registros, ao contrário da dupla da zona sul carioca onde a maioria de seus títulos foi conquistado com ajuda inestimável de seus colaboradores do gramado e fora dele também.

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  4. "Se" o Vasco tem a segunda maior torcida do Rio de janeiro,teríamos que ter aproximadamente 20% de jornalistas e comentaristas esportivos torcedores do time da colina, por onde andam os outros Aureos Amenos ficaram nas triagem ou o Eurico não tem força e nem direito a umas vaguinhas

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  5. Talvez o nosso Tadeu possa nos responder.

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