Recordando as Copas - México 1970

Foi a primeira a ser mostrada
para o Brasil, via tevê, e a única em que tivemos uma organização séria e com
tempo hábil para se preparar uma equipe forte e saudável, tanto que Brito foi
considerado o melhor preparo físico da competição.
Nos bastidores trabalhavam
militares de confiança do Presidente Médici, em campo os jovens capitães
Parreira, Carlesso e Coutinho faziam parte da comissão técnica comandada por
Antonio do Passo, um cartola carioca acostumado ao poder do futebol.
Curiosamente
o primeiro comandante deste time era um comunista de carteirinha, João
Saldanha, que dizem ter sido deposto do cargo por não aceitar interferência em
sua convocação, apostavam que ele foi demitido por não ter convocado Dario, o
Peito de Aço, na época a grande sensação do Atlético Mineiro.
Os historiadores
contam que nada disto aconteceu e João Saldanha saiu por não comungar com o
regime ditatorial dos militares e por ter idéias comunistas.
A tevê foi
fundamental para que Brasil parasse em dias de jogos da seleção, acredito que
tenha sido em 70 o começo da infiltração dos “copeiros”, aqueles que discutem
futebol de quatro em quatro anos, e das meninas prodígios, aquelas que decoram
tudo sobre a Copa com a intenção de ganhar espaços nas conversas com os
namorados. A bola rolou, para o Brasil, em 3 de
junho, no estádio Jalisco, em Guadalajara, contra a Tchecoslováquia.
Logo aos 12 minutos, o tcheco Petras aproveitou uma indecisão da zaga brasileira e abriu o placar, e foi ali que começou a febre de agradecimento a Deus por uma jogada bem complementada, usada até hoje por Romário, sem se ajoelhar, e por boleiros de todo o planeta bola. O Brasil empataria ainda no primeiro tempo e Rivelino ganharia o apelido que carregou até o final de sua gloriosa carreira, Patada Atômica.
Logo aos 12 minutos, o tcheco Petras aproveitou uma indecisão da zaga brasileira e abriu o placar, e foi ali que começou a febre de agradecimento a Deus por uma jogada bem complementada, usada até hoje por Romário, sem se ajoelhar, e por boleiros de todo o planeta bola. O Brasil empataria ainda no primeiro tempo e Rivelino ganharia o apelido que carregou até o final de sua gloriosa carreira, Patada Atômica.
Nós,
já rapazes, lá na Santa Terrinha, tínhamos um time de torcedores aptos para
todos os tipos de comemorações. Saíamos pela Rua Direita com cornetas, caixas e
bumbos da Banda Marcial do Colégio Miracemense e fazíamos o que hoje chamam de
micareta ou coisa parecida. Se eu comentar sobre os lances de Pelé, Gerson ou
Jairzinho você vira a página, afinal muito já se falou sobre o assunto e neste
período pré-copa é comum às emissoras de tevê mostrarem todos estes belos
lances.
No
jogo contra o Peru, já na fase de mata-mata, estávamos na cidade de Mirai,
terra de Ataufo Alves, na Zona da Mata Mineira. Era um torneio de futebol de
salão e nosso time assistiu ao jogo em um ginásio junto a uma enorme torcida,
em uma tevê enorme, não me lembro a marca, mas com um sinal fraquinho e que só
dava para ouvir os gritos de Geraldo José de Almeida, aquele do olha lá... olha
lá.... no placar...
Ninguém estava preocupado com a vitória, que acreditávamos
ser conseqüência de um melhor futebol, mas com o que viria depois, ali estavam
as mais belas meninas da cidade e o carnaval seria um motivo para amassar um
pouco os vestidos das gurias.
Na
decisão, contra a Itália, a festa estava toda programada e a ornamentação já
estava pronta desde a véspera, quando o velho Jipe do seu Osmar, devidamente
paramentado, levava na traseira a Taça Jules Rimet e em toda sua lataria haviam
bandeiras, flâmulas e confetes nas cores da bandeira brasileira.
Guardamos o Jipe
em local estratégico, o Armando, hoje médico conceituado, o David, comerciante
de bebidas, Dodote, hoje petroleiro, e um punhado de amigos só esperavam o
apito final do árbitro para cair na folia e mostrar para toda a cidade nossa
alegria pela conquista do terceiro título mundial.
A magia
brasileira, que sumiu na Inglaterra, ressurgiu no México. Com um time repleto
de craques e muito bem preparado fisicamente para suportar a altitude e os
jogos sob forte calor, o Brasil fez uma campanha perfeita em 70, com seis
vitórias em seis partidas. Para muitos
analistas, o país conseguiu formar a melhor seleção de todos os tempos.
Adilson quer dizer que em 62 la no bar leader onde o DIZINHO PERTUBAVA A MOCADA COM SUAS INTERFERENCIAS GASOSAS e a preocupacao era com o 1x0 para a Espanha onde AMARILDO E GARRINCHA MUDARAM TUDO foi uma ilusao ... 62 bar leader BRASIL CAMPEAO COM GARRINCHA FAZENDO TUDO sera que nao vi??? MUNDINHO
ResponderExcluirAssisti a final em Miracema na casa do Tio Clovis pai do Fernando Antônio (Curió), estava incomodado por estar fora do meu habite natural, , Rua Antônio Basílio Tijuca Rio de Janeiro, de onde comemorávamos de uma forma infantil e sem nenhum perigo os jogos anteriores a final. Ao final do jogo me lembro de sair numa carreata na Rural verde do meu tio logicamente com o Coconha dirigindo e fomos até Pádua num cordão de luzes, foi a única vez que vi esta estrada "engarrafada". Foi uma grande vitória foi a primeira grande emoção no futebol em minha vida.
ResponderExcluirDescrição perfeita do Bola de Ouro sobre a Seleção Brasileira na Copa de 70 - México. Parabéns!
ResponderExcluirEita tempo bão, sô...
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