Manhã de "saia justa" no Armazém

Meus amigos, fiquei numa verdadeira "saia justa" agora pela manhã, na porta do Armazém do Lenílson, por onde passo todas as manhãs para o tradicional bom dia. O companheiro de confraria, Zanon, o italiano, me pergunta: "O Brasil vai ser campeão do mundo?" e pensei... pensei... e pensei um pouco mais antes de responder, honestamente, ao companheiro das jornadas etílicas das sextas-feiras,

Quando ameacei responder uma senhora, vizinha simpática e vestida de verde e amarelo, para e espera para ouvir a resposta, segundo ela, do seu jornalista favorito. O que dizer no momento? Eu acredito que o time de Felipão possa conquistar a Copa 2014, tem chances reais, porém, tem sempre um porém, minha fé no time não vai além da minha sala e este é um assunto proibido para mim, falar de seleção em Copas do Mundo eu não gosto e até me deixa constrangido.

Então, para não perder a credibilidade diante da vizinha, minha fã, eu fiz a análise profunda, que já fiz por aqui, citando todos os favoritos e analisando grupo a grupo, abri a tabela no celular e fui explicando tim tim por tim tim aos dois atentos ouvintes.

Falei que a Bélgica pode ser a grande surpresa, que a Alemanha é fortíssima candidata e que até a Itália, com seu futebol pragmático, poderia chegar a final e a Argentina, no meu ponto de vista, tem tudo para fazer a final contra o Brasil e entra em campo botando pressão nos nossos patrícios.

E a vizinha pergunta: "Você vai torcer para quem? Na copa passada você disse que daria Espanha e Holanda na final e acertou, você disse que não torceria para o Brasil porque não gostava do Ricardo Teixeira, e agora? 

Aí eu mudei o rumo da prosa e tentei explicar que eu não torço contra, apenas não comemoro, mas a senhorinha sai batendo o pé me chamando de anti patriota e que não mais leria minhas colunas no jornal e não abriria mais o meu blog. 

Será que perdi a leitora e fã por causa da CBF do José Maria Marim? Se perdi vai ser mais um motivo para não vibrar com os gols de Fred e Neymar. 

Comentários

  1. Quando o assunto é séria A do campeonato brasileiro eu praticamente nada tenho a comentar, pois sou série Bi. Mas, quando o assunto é Copa do Mundo e seleção brasileira, aí sim, fico a vontade para emitir minha opinião. Escrevo aqui como se tivesse algum compromisso com os leitores do Adilson, ao contrário, não tenho a menor preocupação com isso e nem poderia ter, pois sou apenas um leitor do blog, igual às outras centenas de leitores que gostam do que o "Bola de Ouro - Adilson Dutra" escreve. Fica ainda melhor quando ele escreve coisas que não concordo plenamente, pois aí, entro em um contraditório imaginário com ele, digo imaginário, pois ele não gosta de contraditório, aliás, nunca gostou, é diferente do ZMA que não deixa sem resposta o seu blogueiro. Mesmo não gostando, eu imagino o que ele responderia e continuo o contraditório.
    Gosto também das polêmicas com o Yussef, aí é bom demais, se bem que da última vez ele perdeu a esportiva, daí minha pergunta sobre o Celacanto.
    Estou colocando isso porque em breve, muito provavelmente, teremos polêmica como esta do Dutra com sua leitora.
    A COPA e a Seleção ainda não emplacaram, talvez por ser realizada no Brasil ainda não pegou, caso fosse na Argentina certamente teríamos muito mais falatório.
    Li no Globo de domingo que a Argentina está toda enfeitada para a Copa do Mundo. No Chile um amigo meu voltou de lá semana passada afirmando que os chilenos estão destacando a Copa e o Brasil, segundo ele, até parece que o nosso país é outro, pois eles têm mostrados na TV coisas tão bonitas da Copa e do Brasil, que ficou até espantado com tanta beleza e elogios.
    Já na Alemanha e em outros países europeus a coisa é bem diferente, eles estão mostrando exatamente o que nós, através de toda mídia estamos destacando. Porém, tenho a impressão que breve tudo se transformará em uma grande festa. O futebol ocupará seu espaço e com isso afastará ou relegará a um segundo plano todos os fatos ruins do nosso cotidiano midiático.

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    Respostas
    1. Amigaço Categoria, não aceito, de forma alguma você dizer que eu perdi a esportiva. Nunca. Talvez eu tenha colocado uma vírgula a mais ou a menos ou mesmo fora do lugar, coisas de um vendedor de carro. Mas não perderia nunca a esportiva com um Notável. Talvez lá no Blog com o título "Comoção nacional: Fla demite Jayme de Almeida" minha ira estivesse direcionada a direção do clube, nunca ao meu principal debatedor. Você sabe é tudo e nada tem de inocente. Não estou rasgando seda. E como já disse, achei muito bom lembrar de "Celacanto provoca maremoto". Esse prazer só aqui no Blog.

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  2. Li em algum lugar ou ouvi não me recordo agora, o motivo que estaria levando as pessoas a não enfeitarem as ruas é o medo de uma manifestação contrária ou mesmo agressiva. É bem possível que dentre tantos,também seja um motivo.

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  3. Passei as copas de 2006 e 2010 em Copacabana. Todas as ruas estavam embandeiradas.

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  4. Curiosidade: em 1970 uns dias antes do início da copa, nós os meninos da Rua Antônio Basílio, na Tijuca, Rio de Janeiro, começamos a colocar as bandeiras de nossos times nas janelas de nossos apartamentos e isso também foi feito nas ruas Dona Delfina e Maria Amália, quando do terceiro jogo contra a Romênia, essas ruas estavam todas enfeitadas e os jogos eram assistidos na rua da portaria dos prédios. Lembro-me muito do Sr José o "Bicudo" lá da Tijuca, pulando na comemoração do 1º gol do Tostão contra o Peru, e estava de serviço. Esta foi a primeira copa com TV ao vivo para o Brasil. Empolgou a gurizada. A cada vitória mais empolgação, já contra o Uruguai os adultos tomaram conta das ruas, eram já naquela época "um bando de loucos" e bêbados. Muitos fogos, passeatas, carreatas e nenhuma depredação de patrimônio público e nem privado, nada de mal, tudo de muito bom.

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  5. Esse é o grande Yussef! Sabia que não havia entendido. Tá tudo certo e vamos em frente, pois teremos muita coisa para conversar até o início da Copa.
    Em 1970, estava em Angra dos Reis, completamente sem grana, pois recém admitido no antigo Estado do Rio de Janeiro só fui receber três meses depois de admitido, por sorte, tinha um vigia do CE Lopes Trovão que sempre me convidava para ver os jogos do Brasil em sua casa, uma distinta família.
    Naquela época eu era evangélico e não tomava nenhuma bebida alcoólica, portanto, a comemoração pelas vitórias do Brasil era um puro cafezinho.
    Menino, como gostei!
    Abrs.

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  6. Vou republicar as crônicas de todas as copas que vivi desde 1958, a partir de hoje poderão le-las aqui no blog.

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