Dia do Repórter - Eu vivi bons momentos

Ontem, já chegando ao final do dia, me vem a novidade lá no Armazém: - Parabéns, Dutra, hoje é o dia do repórter, a cerva é por minha conta, diz Fernandinho, meu iluminado amigo "ouro 18" me chamando para uma gelada em plena quinta-feira. 

E, como é pré-carnaval aceitei de bom grado e me sentei bem ao lado do amigo e à mesa estavam Renatinho, um vascaíno enjoado (no bom sentido), e Richard, tricolor muito chato porque não entende nada de futebol e gosta de lembrar a única coisa que sabe "Rivelino jogou muito no Fluminense". 

Pois é... Prá que me sentei ali, a armadilha estava pronta para eu tomar uma, duas ou mais das minhas preferidas e contar histórias de repórter, que vivi intensamente nestes quarenta anos de microfone e máquinas de escrever onde convivi com craques de todos os lados, da bola, do jornalismo e da vida. 

Uma das que mais gosto de contar, do meu tempo de repórter, já teve um capítulo especial aqui neste blog, foi com Paulinho Criciúma, um grande atacante do Botafogo e um espetacular cidadão, humilde e carinhoso com seus fás. Resumindo, rapidamente, digo que em um domingo, dia de Americano x Botafogo, no Godofredo Cruz, uma família veio de Vitória só para ver o Glorioso e tirar uma foto, se possível, com Paulinho. 

Na portaria do Hotel Palace eu fazia a tal espera da grande jornada e esta turma chegou querendo esta foto e este papo com os jogadores do Botafogo. Impossível, disse o segurança. E eu, ao ver a menina na cadeiras de rodas, pedindo para ve Paulinho Criciúma, chamei Emil Pinheiro, presidente do Glorioso, e contei o que ocorria e se ele poderia fazer alguma coisa. 

Seu Emil conversou com a menina e ordenou que chamasse o atacante pelo telefone interno, naquele tempo não havia celular, e ao descer ao saguão o jogador se emocionou com o grito da garota: "Meu ídolo, tire im retrato comigo".  Eu, perto dele, expliquei a situação e o cara, imediatamente, chamou a menina, tirou a foto e, o e melhor, a convidou, junto com a mãe, para que fossem almoçar com os jogadores no restaurante. 

Foi um final feliz que todos nós nos emocionamos, e, Seu Emil, um cara bem humano, aprovou e, melhor ainda, me convidou para fazer parte da mesa especial que foi formada para a família da menina. 

Tem dias que ser repórter é bem legal. 

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