DONA LILI, MINHA MÃE, UMA BAITA SAUDADE

Hoje seria um dia especial para este blogueiro. Eu disse seria? É pode ser. Seria mesmo especial se pudesse dar um abraço apertado e um beijo na face de Dona Lili, que nos deixou em 1992, e até hoje faz uma falta danada prá todos nós da família Picanço Dutra.

Tudo bem, não jogo mais peladas e não tenho mais aqueles calções imundos ou enlameados para deixar no tanque para serem lavados e aprontados para o "batente" do dia seguinte lá no campo esburacado do Ginásio. Tudo bem, não vou mais ao colégio e minhas meias ou calças compridas não serão mais costuradas ou arrumadas para a noite seguinte.

Eu hoje sou bem crescidinho, já sou até avô, mas cá prá nós, bem baixinho, que ninguém nos ouça, faz uma falta danada chegar à casa e não ter mais aquela comidinha guardada ou aquele mingalzinho, das dez da noite, para enganar o estômago vazio e atrapalhar Dona Lili na hora da novela Beto Rockfeller ou Direito de Nascer.

Hoje vejo meus filhos fazendo festa para Marina, a mãe deles, me volta aquela lembrança de minha mãe, com o sorriso aberto contando suas histórias do Belo Monte, do Buraco Fundo ou da sua Laje do Muriaé.

Brincar com os filhos era sempre uma terapia para aquela mulher batalhadora e que carregou o Zebinho, meu também saudoso pai, que se foi exatamente dez anos depois dele, e o fez entender que o bar era nosso sustento e o amor a única coisa que nos unia.

Que saudade!

Comentários

  1. SAUDADES. Ela nos ensinou a viver intensamente cada momento,nos fez crescer, e fez que cada um de nós herdássemos um pouquinho dela, mas a maior herança da Dona Lili foi nos ensinar a fazer o bem, somos 5 filhos e todos com o coração dela.
    Nos ensinou a respeitar e ser respeitado!
    Nos ensinou a ter honra e ser honrado!
    E a mim que das 4 mulheres sou mãe. Ensinou-me a sublime arte de ser Mãe!
    Beijos meu irmão te amo muito
    Maria Celeste Picanço Dutra Monteiro

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