SONHANDO COM JUCA


Ontem estava zapeando pelos sites na Internet em busca de distração, ver Fantástico, da Globo, não é mais está mais na minha programação de domingo. Enquanto rodada em busca de algo diferente deparo com a coluna de Juca Kfouri, que ia para a Folha de São Paulo, do dia seguinte. O tema era interessante e me prendi na leitura sobre o “Jogo dos Sonhos” do colunista paulista.

Juca sonha em ver uma final, em Tóquio, em dezembro, entre Santos, de Neymar, Elano e Ganso, e Barcelona, de Xavi, Iniesta e Messi, e, segundo ele, o jogo tem favorito e o bom do futebol é desbancar o favorito em um a decisão, no caso o “dono” do título aqui seria o time catalão.

Porém, tem sempre um porém (agora sou eu quem falo) o Santos já pensa em repatriar, de novo, o meia Zé Roberto, que está na Alemanha, justamente para suprir a possível venda de Ganso e Neymar. Sendo assim o Barcelona ficará ainda mais favorito? Pobre futebol brasileiro, que a cada final de temporada, lá fora, é preciso vender suas revelações para botar dinheiro nos cofres avermelhados por tanto avanço ou descontrole de seus dirigentes.

O colunista lembrou vários jogos do Peixe e, no domingo, aquele Flamengo que empatou em 3x3 com o Bahia, lá em Pituaçu, também me trouxe as recordações daquele timaço do Santos, com Pelé & Coutinho, fazendo estragos nas defesas adversárias, mas Calvin e Dalmo assustando, na defesa, seus parceiros de ataque. No final sempre dava Santos, mas sua defesa levava no mínimo uns três gols por partida.

O banco do Santos tinha Lula, que falava pouco, aparecia quase nada. Reza a lenda que o treinador peixeiro apenas distribuía as camisas, como Jair Polaca fazia lá na terrinha, e quem mandava era Zito ou Pepe. No Flamengo Luxemburgo fala demais, aparece demais e faz estragos no time quando resolve a querer ser a grande estrela.

Contra o Bahia, naquele empate já citado acima, tirou um lateral que apoiava bem e levava perigo pelo lado direito e colocou um zagueiro, para fechar o meio. Ia sacar Bottinelli, que estava fazendo ótima partida, mas Willians sentiu e lá foi o protegido Fernando para campo, e o Tricolor Baiano, mesmo com dez em campo, dominou o jogo e chegou ao empate justamente em falhas de marcação de Fernando e Jean, os substitutos enviados a campo pelo treinador. Sou mais o Lula.

E já que o técnico do lendário Santos é lembrado por aqui e Juca Kfouri fala do sonho em ver Barcelona x Santos na final do Mundial de Clubes deste ano, não custa nada dizer que temo pelo jogo do Santos no Paraguai, contra o Cerro Portenho, nesta quarta-feira, na semifinal da Libertadores.

O Peixe deixou de vencer em casa por um placar elástico, que lhe daria tranquilidade em Assumpção, justamente por que o treinador acha que o gol é um mero detalhe e joga fechado até no alçapão da Vila Belmiro. Prá sonhar é preciso passar pelo time paraguaio e depois por Peñarol ou Velez, que fazem a outra semi na quinta-feira.

Comentários

  1. Caro Adílson, futebol tem 90% de lógica e 10% de resultado ilógico, a tal da zebra. O São Paulo ganhou três mundias. Nos dois primeiros, equilibrados, prevaleceu a maior determinação, geralmente presentes nos times sul-americanos mais que nos europeus. Ganhou do Milan e do Barcelona. No último, em 95, contra o Liverpool, pode-se dizer que lá apareceu a zebra. O São Paulo venceu por 1 a 0 e poderia ter sido derrotado, sem pressa, por 3 a 1. Os ingleses, que não chegam constantemente a esse tipo de disputa, levaram na bagagem a mesma determinação dos sul-americanos. Fizeram três gols, todos bem e milagrosamente anulados por impedimento de centímetros. Num jogo Barcelona x Santos, dando a lógica (90%), nem terá graça...abrs

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