Meu livro de viagens - Polônia - Show de Polca no palco


Há muito tempo nas águas de Miracema eu ouvia falar dos polacos e até acreditava que um
grande amigo do meu pai, que depois se tornou meu também, Jair Polaca, fosse um destes poloneses que vieram para o Brasil fugindo da Segunda Guerra. 

Coisa de criança, imagine o mulato Jair do Nascimento sendo considerado um polonês? Hitler viria ao Brasil para liquidá-lo pessoalmente, mas não é sobre o Polaca ou sobre Miracema que gostaria de falar por aqui e sim sobre a minha passagem por terras polonesas, Cracóvia, Varsóvia e outras cidades menores, já citadas em outros textos, que me encheram os olhos e alegraram o coração.

Cracóvia é uma cidade que superou os traumas do guerra e se recompôs rapidamente e hoje é um grande pólo turístico e cultural da Polônia. Sua história é rica e Praça do Mercado, uma das maiores da Europa, vale a pena ser visitada, principalmente em um dia em que os turistas asiáticos não estejam para te atrapalhar as compras e o lanche.

É impossível descrever minha passagem por Cracóvia sem falar na noite típica oferecida pela Abreu Tour, claro que pagamos para isto, em um local bem aconchegante, muito bom para um fim de noite, a comida não é uma boa indicação, porém, tem sempre um porém, a música e o vinho são bem recomendados.

Se na Escola de Samba do Chacrinha, do já citado Polaca, eu ensaiei uns passos de samba, o que é natural para um bazuca com bom gosto musical, em Cracavóvia eu me peguei pensando em outra personagem marcante na minha juventude, a professora de música Onidéia Moreira, que fazia na cidade um reboliço total quando apresentava seus recitais anuais com danças típicas de todo o mundo.

E não é que me chamaram, as polacas de Cracóvia, para dançar a polca e mostrar minhas qualidades de dançarino? Verdade. Não fiz feio, me saí muito bem ao lado das loiras polonesas, com a devida autorização de Marina, e lá na frente eu tive a companhia do Bandeira, cearense arretado e bom de ritmo, que também participou da brincadeira.

A noitada estava pegando no tranco e o vinho esquentando o peito e iluminando a mente e, de repente, não é que as moças, satisfeitas com minha participação anterior, retornam a minha mesa e me convidam para um outro tipo de dança, tradicional por lá e conhecida por mim desde os tempos de Dona Onidéia, e lá fui eu novamente e, claro, mais um show para os companheiros de viagem aplaudir e comentar durante todo o dia seguinte. 

Se a comida da noite foi ruim o negócio era fugir da comida polonesa no dia seguinte e nas paradas por Varsóvia, para onde seguimos com cara de ressaca e com o ânimo redobrado pela noitada legal da véspera, mas daí prá frente outra comida típica entrou no cardápio, a italiana, que por sinal foi a preferida em toda a viagem. 

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