Meu livro de viagens - Europa - Espanha 2015

 


Uma oferta imperdível, apresentada pelo site da Abreu Tour, e um pedido da mana Maria Celeste, para leva-la na próxima viagem, fizeram com que fechássemos um novo giro pela Europa, em março de 2015, com dois destinos já conhecidos, Espanha e Portugal, mas com dez novas cidades a conhecer sendo que pelo menos cinco delas são daquelas top de linha do turismo europeu. 

Saímos do Brasil, Rio de janeiro, em um final de tarde do dia 13 de março de 2015 e chegamos a Barcelona, com uma troca de aeronave da TAP, em Lisboa, no início da tarde do dia seguinte. Treze horas de voo
que não impediram de que nós, eu, Marina e Maria Celeste, já iniciássemos nosso tour particular andando pela capital da Catalunha antes mesmo da apresentação oficial de nossa guia. 

Foi um belo início de tour e já no dia seguinte, pela manhã, o tradicional City Tour me proporcionou uma visita ao Estádio Camp Nou, do Barcelona, não guiada e apenas com tempo de conhecer o entorno e fazer as fotos para posteridade no portão principal do templo do futebol mundial. 


Nestes dois dias na Catalunha deu tempo suficiente para voltar as Ramblas, conhecer o Park Güel, mostrar a mana Celeste a Basílica da Sagrada Família, rever a Plaza da Catalunya e o Palau Nacional, que nos proporcionaram boas fotos e ótimas lembranças para serem recordadas em conversas ou nos álbuns de viagens. 

Naquela de "partiu Valência" nos despedimos de Barcelona e da Catalunha já com saudade do que vimos e revimos e a dança das meninas, Celeste e Marina, na Rambla, com os hare Krisna está em vídeo e sempre será revisto para aplaudir a performance da dupla corajosa e festeira.


E Valência estava a 330 km de distância e a previsão de chegada, saindo de Barcelona por volta das seis da manhã, era em três horas de viagem no nosso confortável ônibus da Abreu Tour. E, por volta das dez da manhã chegamos a nosso destino, que estava em fesra, a Fallas Valenciana, uma tradicional festa da cidade de Valência, que ocorre nos dias reservados ao festejo de São José, começando em 19 de março, e, para nós, da Familia Dutra, festeiros juramentados, era tudo de bom que poderia acontecer. 

Nas ruas os bonecos, como  nos carnavais antigos de Miracema, em papel machê ou de madeira, faziam as coreografias programadas por seus criadores, e nós, simples passantes, sentávamos nos quiosques de bebidas e comidas para saborear o vinho, a cerveja e a típica paella valenciana, que substitui o peixe pelo frango, por sinal muito melhor do que aquela cópia da nossa feijoada, ou seja, serve-se as cabeças do peixe para fazer um prato típico, como aqui serviam as partes do porco que não era comercial para que os escravos se fartassem e não roubarem as carnes nobres. 

E você sabia que o Santo Graal, aquele cálice sagrado que simboliza o sangue de Jesus, está em na Catedral de Valência? 


Na Espanha, um grupo de cientista garante que está


em Valência e outros dizem que está em Leon, outra cidade espanhola, mas na realidade, se é verdade ou não, estivemos no altar onde os valencianos exibem, com orgulho o Santo Graal como se fossem propriedades deles, e não contesto, afinal cada um sabe sua história e cada um acredita no que quer acreditar. 

Tenho fotos, aqui ao lado, que provam que pelo menos estive lá e vi o Santo Graal ao vivo e em cores, que duvidar que pegue o avião e vá até Valência provar o contrário, mas  Valência é muito mais do que isto, tem futebol, tem literatura e uma cidade das ciências que é exemplo em todo mundo. 


De Valência, no dia 16 de março de 2015, seguimos para a capital, Madrid, que seria visitada por nós pela terceira vez e esperava conhecer um lado que não havia visto nas vezes anteriores, 2005 e 2008, e um destes locais era a Plaza de Toros de Las Ventas, famosa em todo mundo e um dos chamados "templos das touradas", que hoje é apenas uma lembrança, está conservada e revitalizada, mas os espetáculos estão proibidos em toda a Espanha. 

Foi assim, do jeito que eu esperava, esta terceira passagem por Madrid. Visitamos lugares que pretendia, no chamado "voo solo" e em outros, com o grupo, conhecemos o Mercado São Miguel, um lugar chique, elegante e ao mesmo tempo popular e simples. Vale a pena conhecer esta lugar, nas proximidades da Plaza Mayor, a parte nobre de Madrid. 

Estivemos novamente em Toledo, que faz parte de qualquer roteiro

turístico nesta região da Espanha. Toledo é encantadora e nesta viagem tivemos a paciência de esperar as explicações dos guias sobre as famosas fábricas de armas brancas, dizem ser as melhores facas, espadas e sabres do mundo, não conheci nas duas vezes em que estive por lá, mas desta vez fomos conhecer de perto. 

Subimos a colina, desta vez em ônibus especial, entramos na Catedral, uma das mais belas e tradicionais de toda a Europa, e caminhamos na orla do Rio Tejo. Um passeio diferente, felizmente, com guia local contando histórias de Miguel de Cervantes, o "pai" de Dom Quixote de La Mancha, o personagem mais famoso de Toledo. 

Voltamos a Madrid e no dia seguinte começamos

uma grande maratona, passando por três cidades, em um dia apenas, para chegar a Salamanca, penúltimo destino deste lado da Península Ibérica. Começamos por Escorial, uma antiga residência de verão dos Reis de Espanha e que hoje está entre os cartões postais mais procurados do país. 

Escorial, após longos anos como casa dos Reis, foi entregue a uma congregação religiosa e hoje é tem um mosteiro, no alto de uma colina, que é um conjunto de edifícios maravilhoso e muito bem cuidado, que em épocas passadas diziam se chamar assim devido ao depósito de escórias de uma ferraria instalada no local, mas outros, falando na linguagem critica, diziam que era devido a gente de baixo nível que frequentava a corte espanhola que por ali passava o verão, a escória do Rei. 

E seguimos em frente em direção a terra de
Santa Tereza, uma das cidades que faziam parte da defesa de Madrid, Ávila, murada e linda, situada em uma região chamada de "montanhas ondulantes",  e foi por lá que paramos, por um bom período, após conhecer o entorno das muralhas, no city tour em ônibus da Abreu. O cenário é cinematográfico e olhando por cima as muralhas ficam ainda mais destacadas. 

São oitenta torres e nove portões de entrada, e uma delas é, como são todas os portões principais das muralhas da Espanha, o Portão de Alcazar, e o visual é diferenciado de outras cidade amuralhadas, como Toledo, por exemplo, que além dos muros há o labirinto. 

Depois de horas passadas por Ávila tínhamos ainda um pit stop a fazer, antes da chegada a Salamanca, onde iríamos pernoitar e passear por um dia. Esta parada foi curta e rápida, um lanche, um giro pelo lugar e saída para o destino que nos aguardava ainda no final da tarde. Tempo suficiente, nesta parada em Lupo, para que Marina se divertisse em um parque infantil e relembrasse seus tempos de Santo Antônio de Pádua, e foi apenas isto que vimos neste lugarejo entre Ávila e Salamanca naquele que seria um repouso com diversão já que a viagem em ônibus sempre deixa o corpo fora de sintonia. Marina curtiu demais, basta ver o semblante alegre e o prazer de estar em um balanço à beira de um rio bonito e caudaloso que é chamado de Praia Fluvial de El Corgo, o nome do rio. 

E, como previsto, chegamos a Salamanca ao entardecer e tivemos a

chance de ver um belo pôr do sol, e começar o nosso tour já pela, segundo os moradores locais, a mais bela Plaza Mayor de toda a Espanha, tenho minhas dúvidas, mas é bonita e muito bem cuidada. Salamanca é a sede de uma mais importantes Universidades do mundo e por lá se formaram grandes mestres de todas as artes e sua história se confunde com a do país.


Finalmente o destino mais esperado, Santiago de Compostela, o ponto culminante do Caminho de Santiago, uma das mais tradicionais peregrinações de fieis católicos do planeta. Compostela é o local do sepultamento do Apóstolo Tiago, e os restos mortais dele estão na Catedral de São Tiago, consagrada em 1211 e é visitada por milhões de peregrinos durante todos os dias, meses e anos e suas portas são meticulosamente talhadas para que se abram em todas as direções. 

E, se cada foto temos uma história, aqui não foi diferente. Foi lá, em

Compostela, que encontramos dois famosos brasileiros, Ana Maria Braga, a apresentadora global, e o mago Paulo Coelho, que nos deram uma grande atenção e conversamos por um bom tempo ao lado da Catedral. Foram minutos de convivência, mas parecíamos ser amigos há longos anos o que justifica que brasileiros, quando se encontram em qualquer lugar do mundo, se sentem íntimos e amigos de infância. 

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