Meu livro de viagens - América do Sul - - Chile 2010

 Nossa primeira viagem pela América do Sul foi no Chile, em setembro de 2010, um ano e meio após minha cirurgia no coração, colocação de quatro pontos de safenas para corrigir um problema coronário pós infarto, em março de 2009.  E a viagem foi programada com as manas Eliane e Maria Teresa, que nos incentivaram a fazer este roteiro, incluindo a Argentina, já que era sonho da mana mais velha, a Eliane. 

Saímos do Rio de Janeiro, Aeroporto Tom Jobim, em 15 de setembro de


2010, via LanChile, para uma viagem de oito dias dividida em quatro dias em cada país e no Chile foi uma correria louca para cumprir todo o programa, por nós traçados e por nós desenvolvidos no país andino e a CVC apenas agendou as viagens para os lugares que pretendíamos visitar nestes quatro dias de passeio. 

Começamos por um tour pela cidade, metrô e ônibus e muitos lugares caminhando, o primeiro dia foi um feriado nacional, 200 anos de Independência do Chile e a capital, Santiago, estava vazia e por isto tivemos um tempo inteiro e ruas vazias para olhar com atenção toda a beleza arquitetônica do lugar. 

À tarde, já com um guia local, contratado no hotel, o primeiro passeio


guiado e narrado. Subir a Cordilheira dos Andes e olhar Santiago lá do alto e conhecer um pouco da cultura chilena, saborear um bom bife, andar pelo mercado com jeito de turista e deixar acontecer o improviso previsto pelo Maurício, nosso guia chileno.

Um bom vinho, acompanhado por queijos da Cordilheira, presente do hotel na primeira noite por lá, e pela manhã o destino seria a Vinícola Concha Y Toro, uma das mais conhecidas em todo o mundo e por lá conheci um médico paulista, com seu grupo de infartados e coronarianos, que estavam na vinícola para conhecer o lançamento da empresa, o vinho da uva Carmenere, que para ele é uma das uvas que mais trazem benefício para nós, os cardíacos. Aprendi a lição e uso constantemente os ensinamentos do doutor. 

No retorno, já anoitecendo, tempo para conhecer os bares e a noite de
Santiago do Chile, porém, tem sempre um porém, nos foi recomendado, na portaria do hotel, para não irmos longe e não sairmos do entorno do hotel, a cidade estava vazia e o perigo era dobrado. Cumprimos a risca e fizemos um breve passeio por perto, visitando a Palácio La Moneda, a sede do governo, e o jornal La Nacion, um dos mais combativos jornais da América do Sul, e um passeio pela Praça da Constituição, sem guia, mas com uma professora de história, a mana Eliane, contando o que sabia sobre a revolução chilena. 

Terceiro dia foi reservado para conhecer dois lugares banhados pelo Oceano Pacífico, Viña Del Mar, uma das sedes da Copa do Mundo de 1962 e aonde o Brasil jogou a primeira fase do campeonato. Um belo lugar, um excelente passeio, a pé, pela orla e pela avenida que corta a cidade, um almoço, eles peixes e eu um bom pedaço de carne, daqueles bifes famosos no país. 

Viña del Mar me encantou e fomos conhecer o famoso relógio das flores, presente da Suíça durante a Copa do Mundo de 1962, e que está preservado e ainda em excelente estado. A casa de Pablo Neruda era o objetivo de Marina, mas estava no roteiro e por lá ficamos algum tempo para que ela conhecesse melhor a obra do


poeta chileno. 

O Palácio Vergara e o Anfiteatro, do mesmo nome, foram visitas obrigatórias e andando pela praia dá para observar as casas elevadas, que cortam os morros e fazem um cenário bonito e colorido. No Museu de Arqueologia encontramos os famosos bonecos de Moai, em esculturas, trazidos da Ilha de Páscoa, que foram um conjunto bonito e interessante para o turista fotografar e curtir a cultura do país vizinho. 

Demoramos um pouco mais, muitos, eu entre eles, queriam dar um passeio pela praia, conhecer as águas geladas do Pacífico, tocar na areia e nas pedras que fazem a praia ficar "machucante" e só não deu para um mergulho no mar, claro, frio, água gelada e sem roupas próprias para tal situação, mas valeu, foi bem legal a visita a Viña Del Mar e dali o destino seria Valparaíso, cidade industrial e o maior porto do Chile. 

Por ter sido mais longa a passagem por Viña Del Mar, é claro que


Valparaíso teve o tempo de passagem reduzido em duas horas, mas foi bacana subir as íngremes colinas da cidade, olhar do alto o porto e seus navios ancorados e admirar a Casa de Neruda, que agora é museu,   e, finalmente, chegar a Plaza Sottomayor e observar as elegantes construções, com arquitetura estilo europeu, que deixaram por ali no Século XIV marcas indeléveis da cultura do Velho Continente. 

Voltamos a Santiago por volta das oito da noite e com tempo de um banho e sentar à mesa de um bar, nas proximidades do hotel, para um comes e bebes daqueles indicados pelo garçom brasileiro do hotel que ficamos hospedados. 

E o gran finale foi subir as Cordilheiras dos Andes, 3.100 metros de altitude, em um veículo especial, também contratado na portaria do hotel, e o motorista/guia, torcedor do Flamengo e profundo conhecedor do futebol, ficou meu "chapa" e foi um sonho de viagem subir até o Vale Nevado, uma das mais conhecidas estações de Ski de toda América do Sul. 

Uma parada, de mil em mil metros,
é obrigatória para que o turista possa se aclimatar a altitude e não sofrer as consequências lá no ponto mais alto, e assim foi feito, cada parada uma história do lugar e das montanhas que formam as cordilheiras. Interessante e ilustrativo o papo do nosso Fierro, o primo do ex-jogador Maldonado, segundo ele, certo?

Descemos antes do tempo, eu e Eliano, ambos safenados, não queríamos ficar por muito tempo expostos à altitude e aproveitando que o motorista/guia também sentiu um mal estar, preferimos descer antes do pico maior de trânsito e, felizmente, pegamos uma descida legal, com poupo trânsito e tivemos tempo de descer para fotografar bastante para os nossos álbuns de viagens. 

E, no dia seguinte, viagem para Argentina e descida no Aeroporto Aeroparque, o segundo maior de Buenos Aires. 


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