Dois encontros, duas histórias e dois grandes momentos

   Ontem, quinta-feira, dia do tradicional #TBT nas redes sociais, me vi impedido de publicar fotos, não as tenho, de dois encontros que foram regados a bons vinhos e excelentes companhias, impossíveis de acontecer comigo se não tivesse José Maria de Aquino como um grande amigo e conterrâneo. 

E hoje eu digo, com uma ponta de orgulho, por ter amigo como este,  e uma insatisfação por não ter em mãos, nestes tempos não existia, um celular com possibilidade de fotos ou uma câmera fotográfica em mãos. Perdi a chance de registrar os encontros, porém, tem sempre um porém, minha memória ainda é de ótima qualidade e tenho testemunhas presenciais destes encontros que não me deixam aumentar o fato nem sequer contar um pouco mais do que aconteceu. 

Cena Um - Americano x Corinthians, Estádio Godofredo Cruz, em 2002, quando o Timão goleou o Cano por 6x2 e seguiu em frente na Copa do Brasil. Antes da partida Galvão Bueno pediu para falar comigo, que agilizei algumas partes da conexão Campos x São Paulo, Estádio x Globo, junto a Telerj, a pedido do José Maria de Aquino, e ele, Galvão Bueno, convidou-me para se juntar a eles, a turma da Globo, logo após a partida em um restaurante, que eu indicaria, na cidade. 

Levei comigo os dois filhos, Ralph e Leandro, e meu parceiro do jornal e das jornadas, Tião Freitas, e tivemos um final de noite de muito papo, muitas histórias com jornalistas paulistas, Roberto Tomé e Nivaldo Prieto, então no SBT, dois ex-árbitros, Write e Oscar Godói, e meu amigo particular, José Roberto Lux, o Zé Boquinha, naquele ano o treinador do basquete do Automóvel Clube Fluminense. 

Escolhi um lugar à mesa em frente a Galvão Bueno, para poder ouvir suas histórias, ele adora contar seus causos, e também não perder o contato com Paulo Calçade, que estava a meu lado. - Vai cerveja ou vinho? Perguntou Galvão. - A escolha é sua, o que vier será bem degustado. 

E veio o vinho, o melhor da casa, e outras garrafas e muita conversa que durou até às três da madrugada. Quem pagou a conta: Ufa... não sobrou nada para mim, foi integralmente por conta da Globo, segundo o narrador Global. 

Cena Dois - E a segunda oportunidade que tive para dividir um espaço em uma mesa, com grandes personagens do jornalismo nacional, foi em São Paulo, em um restaurante famoso na região dos Jardins, levado por José Maria de Aquino após um dos programas da tarde no Sportv, comandado por Cléber Machado. Foi neste dia que tive o prazer de me sentar ao lado do grande Armando Nogueira, mestre dos mestres do jornalismo brasileiro e que me fez o convite para um vinho. 

Olhei para o Zé Maria, como pedisse para ele aprovar ou não minha atitude, ele acenou positivamente com a cabeça e eu, claro, aceitei o convite do Seu Armando e só recusei a escolha do vinho, não conhecia nada sobre o assunto e deixei com ele, enólogo dos bons e grande degustador de boas marcas mundiais. 

Eles, os globais, conversaram sobre os assuntos que estavam na pauta da reunião e eu, calado estava calado fiquei, até que Armando Nogueira se dirigiu a mim e perguntou: - Você é amigo do Eduardo Viana? Eu disse que não, e não era mesmo, era um dirigente a mais nas minhas pautas de entrevistas. Ele então vamos brindar a nova amizade, tinto ou branco? Aí eu dei uma de entendido, por sorte estava certo. - Com este tipo de carne é melhor um tinto, certo Seu Armando? 

Levei uma bronca, não pela escolha do vinho e sim pelo "Seu" Armando. Ele, educadamente, me disse que estávamos entre amigos e seria simplesmente Armando dali prá frente.  E a conversa foi longa, após o vinho então, fiquei mais falante, ouvi, falei, ri e no final quem pagou a conta, novamente, foi a Globo. 

Fotos? Só tenho esta que ilustra o texto, registrada momentos antes da saída do Godofredo Cruz, pelo fotógrafo Jocelino Chek. 

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