O que é que houve, Botafogo?

Na fila do pão, agora pela manhã, Carlinhos, um botafoguense que estava escondido e só apareceu neste período em que o Glorioso fez bonito e liderou 32 rodadas do Brasileirão, desabafou sobre a derrota de ontem, para o Grêmio, que provocou uma mudança radical no campeonato e deixou em aberto a disputa pelo título em total desolação a torcida Alvinegra do Rio. 

O amigo pintor me pergunta, como se eu tivesse a resposta correta para lhe dar: - Dutra, o que houve com o meu Botafogo. E aí, Claudinho, aquele vascaíno que só grita e vibra por lá quando o seu Vasco vence, soltou a pérola que arrancou uma gargalhada de todos que estavam no recinto, se referindo a frase solta pelo Pintor quando se referiu a tristeza de ser botafoguense. 

- Carlinhos, liga não, pergunte ao seu irmão o que é ser um torcedor triste, ele sabe, como eu, o que é decepção, afinal o meu Vasco está a cada ano me deixando de cabelos brancos. Somos iguais, amigos, o negócio é ser Fluminense, pois Flamengo não dá. E soltou uma daquelas gargalhadas manjadas que deixam todos irritados, ou rindo junto, como foi o caso de hoje bem cedinho.

Mas respondendo ao Carlinhos, eu devolvo a pergunta aos botafoguenses e a todos que adoram o futebol e queriam até que o Glorioso conquistasse o título desta temporada. E disse: - O que é que houve, Botafogo?

E, sobre o jogo, que vocês viram, leram, ouviram e viram na noite de ontem e hoje pela manhã, não dá para dizer nada que não seja o mesmo que escrevemos na virada do Palmeiras, na semana passada, em pleno Estádio Nilton Santos. Tem coisas que só acontecem ao Botafogo, seria a resposta certa.