Clássico sem favorito no Maracanã
Certa vez, ainda redator na Folha da Manhã, na minha coluna Papo de Bola, escrevi em dia do clássico, que hoje se repete, no Maracanã, que o Botafogo era favorito sem contestação. Naquele tempo não havia redes sociais e os comentários eram feitos nas mesas dos bares, no Sindicato dos Bancários ou até mesmo na fila do meu caixa, no Banerj.
E você pensa que será diferente de hoje? Que nada. É tal e qual, a diferença é apenas no recado frente a frente, ou face a face como queiram, na bucha, como dizia meu avô Vicente Dutra. Hoje se eu disser que. o Flamengo seja o favorito absoluto, talvez não tenha tanta agressividade como naquele dia que declarei o alvinegro como provável vencedor do clássico, não tenho certeza de quem foi o vencedor naquele já distante ano de 1992 como também não tenho a certeza de que dá Flamengo logo mais, no Maracanã.
Não será um jogo fácil, o Botafogo vem mordido, resultados ruins levam o torcedor a ficar desconfiado, mas com motivação da estreia de Luiz Henrique, recém chegado e com a sobrecarga de ser a maior, em valores em reais, contratação do futebol brasileiro de todos os tempos. Alguém soprou no meu ouvido que Luiz Henrique pode repetir Vitinho, que não suportou a responsabilidade de ser o maior salário e a maior contratação do Flamengo há alguns anos.
O Flamengo, que não anda bem e não conseguiu jogar o jogo que Tite, e o torcedor, querem, é favorito apenas por ter um time mais entrosado, mais ajustado e com a tal pressão psicológica e mental melhor do que o adversário, mas, sinceramente, como no clássico de domingo, contra o Vasco, terá dificuldades no caminho e sofrerá a mesma forte e severa marcação no meio campo e no ataque.
A vantagem do Botafogo é ter um ataque veloz e isto pode ser um ponto enorme a seu favor, mas se optar por atacar pode desguarnecer a defesa e deixar o jogo mais aberto.
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