É como batom na cueca. Uma goleada inexplicável

 Ontem, conversando com José Maria de Aquino e Vander Luiz, no programa Linha Aberta, do Studio Giromix, de São Roque/SP, falávamos sobre como se comentar o futebol nos dias atuais e fizemos comparações de como se faz hoje nas tevês e nos jornais, e o Mestre dizia: "em que usar o coração e a criatividade para uma crônica ser perfeita, ou quase isto." 

E agora pela manhã, logo ao acordar, pensei comigo mesmo: Como falar de um jogo, com goleada histórica, onde só um time esteve "vivo" em campo e apenas um dos contendores jogou e esteve em campo? Teremos muitas desculpas durante o dia e muitas "análises" dos especialistas das resenhas esportivas. Culparão o treinador, dirão que Wilian Arão não marcou como devia, que Everton Ribeiro não armou e que Gabigol não fez os gols nas chances criadas, poucas., pelo time cariioca. 

Ah! A altitude, 2.850 metros acima do mar, pode também entrar no rol das desculpas, e esta, que me parece mais sensata, pode ser a explicação de tudo que aconteceu na noite de ontem em Quito, no Equador, onde o Independente Del Valle largou um "chocolate" prá cima do Flamengo, 5x0 foi pouco, e quem viu o jogo, sem nenhuma bronca contra Domenec, Wilian Arão, Everton ou qualquer outro jogador, terá que dizer que não pode ser normal a atuação ridícula do time brasileiro. 

Ouvi e li: Domenec escalou mal. Certo, pode ser, mas qual seria o time para começar o jogo? Todos queriam o time de Jorge Jesus e lá estava ele, exceto Bruno Henrique, que voltava de contusão, e Diego Alves, muito bem substituído por César, o melhor em campo. Domenec mexeu errado. Certo, mas quem entraria? Os que ele colocou em campo não renderam nos outros jogos e ontem a apatia se repetiu. 

E como culpar um treinador quando o time não responde em campo? Tudo bem, a altitude é inimiga e agora, dez horas após a partida, me lembrei de uma goleada história, da Seleção da Argentina, em La Paz, 8x0 para a Bolívia, que até hoje os analistas hermanos estão procurando uma justificativa diferente para a derrota humilhante que não seja a altura de 3.250 metros. 

E o jogo? Não falaremos sobre o jogo? Em jogo de um time só só devemos enaltecer o vencedor e dizer que realmente é um grande time e que mereceu o resultado, mas no nível do mar terá esta facilidade? 

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