Eu, meu vizinho e o Vasco da Gama

 Eu e meu vizinho, vascaíno, estamos com uma convivência bem legal, ontem foi prova cabal de que o futebol, mesmo a distância, pode agregar novas amizades e um fazer companhia ao outro apesar das paredes e da distância entre os dois. 

Vasco e Água Santa jogaram e nestas quase duas horas de jogo alguns diálogos tem a obrigação de estar aqui no blog, foi das chamadas conversas surreais e um misto de celular e gritos para nos fazer entender. 

Gol do Vasco, logo aos quatro minutos de jogo e escrevi no meu Facebook: - Hoje tem goleada em São Januário. E meu vizinho, ao invés de responder pela página, gritou lá debaixo de seu apartamento: - Boa, Dutra. Gostei, tem goleada sim senhor. 

E aí foi uma noite, ainda bem que o jogo começou ás oito da noite, incrível para todos aqui no prédio. Eu escrevia e ele respondia gritando, ninguém reclamou, a proximidade de nossas casas permitia quase que uma conversa bem próxima. E, resumindo, quando o Água Branca empatou o vizinho pediu a cabeça de todo mundo, aplaudiu a "briga" da torcida e desandou a ofender todos os jogadores e comissão técnica. 

A virada do Água Santa provocou confusão em São Januário e xingamentos na vizinhança, claro que a irritação tinha sentido, mas durou pouco. Escrevi novamente, no Facebook: - O jogo só acaba quando termina. Ele não concordou: - Já era, agora mais forte ainda. Porém... tem sempre um porém, quando empatou ele gritou: Casaca, Casaca o Vasco é o time da virada. Vascôooooo!

E foi assim, acredito que ele não tenha assistido a cobrança de pênalti, o silêncio foi sepulcral e apenas na última cobrança ele gritou novamente: Vascôoooooooooo 

E foi assim que vi Vasco 3x3 Água Santa e a conquista da vaga do Cruzmaltino nas cobranças de penalidades máximas. Gostei, mas espero que não se repita, afinal um dia os vizinhos reclamarão.